Miami (EUA) – Depois de arrasar em sua estreia no WTA 1000 de Miami, batendo a compatriota Sofia Kenin sem perder um game sequer, a norte-americana Coco Gauff não falou apenas da partida definida em apenas 47 minutos, mas também do assunto do momento no tênis, que é o processo movido pela PTPA (Associação de Jogadores Profissionais de Tênis) contra os órgãos dirigentes do esporte.
“Não tenho muita informação sobre essa coisa toda, para ser honesta com vocês. Descobri quando todo mundo descobriu. Não tenho informação alguma sobre isso que eu possa compartilhar, mas sou totalmente a favor de tornar o esporte melhor. Não sei os detalhes disso, apenas vi no Instagram há dois dias e realmente não pesquisei”, afirmou a jovem norte-americana.
“Acho que a maior coisa não seria a equidade, mas mais uma porcentagem da receita e do prêmio em dinheiro. Obviamente, para o lado feminino das coisas, buscar ao máximo igualar os homens quando se trata de termos de prêmio em dinheiro”, acrescentou Gauff, destacando a diferença na premiação nos circuitos masculino e feminino.
Embora acredite que tenha o que melhorar, a norte-americana pondera que a situação não é tão ruim assim. “Também não posso sentar aqui e só reclamar. Sou um atleta profissional e sou muito bem paga para fazer o que eu amo. Mas a quantidade de trabalho é definitivamente menor do que o prêmio, ou a quantidade de trabalho não é igual à recompensa”.
Gauff destaca ótimo dia em quadra
Questionada sobre a facilidade para superar Kenin, a número 3 do mundo tentou fazer uma avaliação sem exageros da partida. “Estamos apenas em março e nossa temporada termina em novembro, há muito tempo para melhorar. Hoje eu não estava preocupada em fazer tudo certo. Simplesmente aconteceu de ser um ótimo dia para mim”, comentou Gauff.
“Não acho que ela estivesse doente ou algo assim, não que eu tenha notado. Definitivamente, eu estava jogando bem hoje e talvez ela não estivesse jogando seu melhor tênis. Não acho que alguém que esteja jogando seu melhor tênis teria perdido por esse placar de hoje”, acrescentou a tenista de 21 anos.
“Então não vou sentar aqui e dizer que ela jogou seu melhor tênis. Acho que foi uma combinação de eu jogar muito bem e talvez dela não jogar tão bem”, finalizou a norte-americana, que terá agora pela frente a grega Maria Sakkari, contra quem tem um retrospecto negativo, somando cinco derrotas e apenas quatro vitórias.