Fritz: “Sinto que posso vencer o Sinner no domingo”

Nova York (EUA) – Disputando sua primeira final de Grand Slam, o norte-americano Taylor Fritz será o representante da casa na decisão do US Open neste domingo diante do italiano Jannik Sinner. Ele tentará ser o primeiro anfitrião a vencer o torneio desde Andy Roddick em 2003. O próprio ex-número 1 do mundo foi o último jogador do país a disputar o título, perdendo para o suíço Roger Federer em 2006.

Para chegar à decisão, Fritz precisou ganhar um duelo doméstico de cinco sets contra Frances Tiafoe, na noite da última sexta-feira, com duração de mais de três horas de partida. Depois de estar em desvantagem no placar por duas vezes, o atual 12º do ranking buscou a virada e terá a chance de buscar o maior título da sua carreira, algo que ele mesmo demorou para acreditar.

“Ainda não assimilei totalmente. Quando o público me aplaudiu de pé e fui apresentado como finalista do torneio, senti uma emoção impressionante, porque esta é a realização de um sonho. Tenho trabalhado muito para conseguir algo assim. Sempre repeti para mim mesmo que tinha que continuar lutando até alcançar meus objetivos e que nunca deveria me arrepender quando terminar minha carreira por não ter dado o meu melhor”, comentou na entrevista coletiva.

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Apesar de toda incredulidade pela classificação, Fritz tem em mente que pode ser competitivo contra Sinner e diz estar confiante de que sairá do Arthur Ashe Stadium com o troféu de campeão em mãos. “Tenho a sensação de que no domingo irei lá, jogarei muito bem e vencerei. Quando jogo meu melhor tênis, me considero bom o suficiente para ser um campeão de Grand Slam”, declarou.

O jogador de 26 anos também afirma que deverá entrar até mais solto do que na semifinal, principalmente pelo fato de ser o italiano o favorito desta vez. “Não creio que terei sentimentos mais estressantes do que os que vivi contra o Tiafoe. Enfrentar um compatriota e chegar com o papel de favorito, devido ao confronto direto muito favorável, foi muito difícil. Sei que enfrentar o número 1 nunca é fácil, mas sempre me senti bem quando nos enfrentamos, é como se o ritmo com a bola dele me favorecesse. Geralmente jogo bem contra ele”, explicou Fritz, que tem uma vitória e  uma derrota contra Sinner, ambas no piso duro de Indian Wells, em 2021 e 2022, respectivamente.

Partida maluca contra Tiafoe

Um dos assuntos da coletiva de Taylor Fritz foi o duelo contra Frances Tiafoe, na qual ele esteve duas vezes abaixo no placar, mas a partir do quarto set se aproveitou da oscilação do compatriota para fechar o jogo de forma até tranquila na última parcial, com um 6/1. Para o finalista do US Open, foi preciso ter muita resiliência e paciência para esperar o momento certo de se impor em quadra.

“Foi uma partida maluca. Acho que muito desse jogo foi sobre como lidar com o momento e a pressão. Ele estava jogando em um nível muito alto e eu precisava apenas permanecer ali, suportando toda a pressão ele estava colocando em mim da linha de base. Tentei resistir o máximo que eu pude, continuei segurando o saque e esperando que em algum momento ele errasse um pouco mais e eu tivesse chances de atacar. Chegamos a esse ponto no final, e eu finalmente comecei a ser presenteado com os erros dele e passei a ser um pouco mais agressivo”, analisou.

Fritz também admitiu a tensão que tomou conta dois jogadores antes e durante boa parte da partida. “Acho que nós dois entramos bem tensos, talvez Frances um pouco mais tenso do que eu, mas ele se acalmou mais rápido do que eu. Para mim foi muito difícil mentalmente aceitar que eu estava com uma quebra à frente e, com meus erros, permiti ele vencer o primeiro set. Eu estava nervoso. Quando ele começou a cometer aqueles erros no final do quarto set, isso provavelmente me motivou um pouco mais, porque eu estava esperando que isso acontecesse desde o terceiro set”, reconheceu.