Francês coloca Fonseca como potencial rival de Sinner e Alcaraz pelo nº 1

Foto: Mutua Madrid Open

Madri (Espanha) – Em uma semana em que muito se discutiu o maior equilíbrio no circuito atual, com Alexander Zverev e Alexander Bublik destacando que hoje está mais difícil vencer do que poucos anos atrás. O ex-tenista profissional francês Nicolas Escudé, consultor da Eurosport, comentou o assunto do momento e colocou o carioca João Fonseca como potencial rival de Jannik Sinner e Carlos Alcaraz.

Escudé acredita que esse equilíbrio sem nomes dominantes pode não durar muito, sendo causado por um momento de transição. “É basicamente uma espécie de nivelamento. E pode ser apenas temporário, já que estamos no meio de uma mudança geracional após anos marcados pelo domínio de lendas do tênis”, afirmou o ex-top 20, que venceu quatro títulos de ATP.

“Vivi isso na minha época. Quando cheguei ao topo, havia (Pete) Sampras e (Andre) Agassi. Sabíamos que, no final, seria praticamente um ou outro. Então houve essa rotatividade no início dos anos 2000, com a posição de número 1 do mundo mudando regularmente com Juan Carlos Ferrero, Marat Safin e Lleyton Hewitt”, exemplificou o francês, relembrando seus tempos de circuito.

Para ele, nesse momento de transição muitos jogadores ficam mais confiantes e acreditando que podem vencer. “É o que está acontecendo hoje. E em um ou dois anos, haverá uma supremacia que será estabelecida com Sinner, Alcaraz ou possivelmente a chegada Fonseca. Então as coisas se estabelecerão por um certo número de anos”, comentou Escudé.

Fim da “Era Big 3” e mudanças no circuito

O francês acredita que o fim do domínio do Big 3, com a aposentadoria de Roger Federer e Rafael Nadal, além da baixa de rendimento de Novak Djokovic por causa da idade, é apenas um fator. Outra coisa importante são os Masters 1000 de duas semanas, que amplia o número de jogadores e os deixa com o gosto de poderem conquistar algo mais.

“Hoje, há menos medos sobre o topo do ranking do que havia alguns anos atrás. Antes, os jogadores que enfrentavam Djokovic já perdiam a partida antes mesmo de entrar em quadra. Agora, eles acreditam nisso. Assim como contra o Alcaraz, que se estiver no nível normal não corre risco, mas em um dia ruim todos acreditam que podem vencer”, afirmou Escudé.

“Então, eles têm motivos para acreditar nisso um pouco mais do que nos tempos de Roger, Rafa ou Djoko, e até mesmo Murray em seu auge. Isso abre perspectivas. E hoje, todo mundo está morrendo de fome. Todo mundo quer isso e está ansioso um pouco mais”, complementou o francês.

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Realista
Realista
12 horas atrás

Sei não. Precisa evoluir muito.
Um bom saque e forehand é ótimo, mas pouco para o topo.

Rodrigues
Rodrigues
9 horas atrás
Responder para  Realista

Temos sempre os “freio de mão puxados” por aqui . Realista nada ! É só negativismo puro mesmo .
Sujeito não considera que , na mesma idade , pouquíssimos chegaram e fizeram o que JF fez . E praticamente todos os tenistas seguem evoluindo forte dos 19 para os 20 anos .
Mas , para alguns , só o João não irá evoluir mais nada . Chegou no seu limite . Coitado .

Realista
Realista
7 horas atrás
Responder para  Rodrigues

Tá bom, Paulo Lara. Vou chamá-lo então de pequeno Guga, o próximo goat brasileiro

Marcos Ribeiro
Marcos Ribeiro
11 horas atrás

Pode acontecer ou não, vai depender de continuar melhorando, porque ainda está longe.

Deficiências mais visíveis para mim: movimento para a esquerda e, principalmente, pouca consistência.

André Aguiar
André Aguiar
8 horas atrás
Responder para  Marcos Ribeiro

Consistência aos 18 anos?

Sergio
Sergio
11 horas atrás

Concordo com as colocações do francês. Penso que o nosso Fonseca é um forte nome para brigar pelo topo e pelos principais títulos daqui para a frente. Aí nós veremos (como bem colocou o Escudé) como ficará o circuito em termos de ranking. Mas penso que Alcaraz e principalmente Sinner e Fonseca, além do tcheco Mensik, do britânico Drapper, do italiano Musetti, entre outros nomes estarão brigando pelos principais títulos.

Paulo Sérgio
Paulo Sérgio
10 horas atrás

JF não tem um momento de paz.

Fernando Romero
Fernando Romero
5 horas atrás
Responder para  Paulo Sérgio

É isso aí! Isso bota mais pressão nele!

Fernando
Fernando
10 horas atrás

Faltou mencionar o Guga…

rafael luis
rafael luis
10 horas atrás

isso que nao pode. Muita calma nessa hora. Muito oba oba esta atrapalhando o desenvolvimento do atleta.

Aridelson
Aridelson
10 horas atrás

Muita calma…

Lara
Lara
8 horas atrás

Alcaraz e Sinner estão em um nível elevadíssimo. Teria que evoluir demais pra chegar nesse nível.

NFdS
NFdS
7 horas atrás

Parem com isso, pelamor!…
Deixem o moleque em paz, precisa ainda evoluir muita coisa. Estão forçando a barra, parece que querem queimar o rapaz…
Acabou de perder para um recém chegado ao top 100, que em seguida perdeu para um LL, o qual, por sua vez, depois caiu num duplo 6-1…
Tem muito chão ainda, e não vemos muita diferença entre ele e outros nextgens.
Ele precisa ter calma para crescer sem pressão.

Ricardo
Ricardo
7 horas atrás

Estamos falando de um jogador e há pouco mais de um ano estava no Juvenil …. Juvenil… Mas, vocês não estão preparados para essa conversa! Esse tipo de comparação não acrescenta nada para o JF! Mas, a imprensa tem que fazer esse tipo de comparação para aumentar o engajamento !!! JF acabou de sair do Juvenil gente… o cara nem começou a carreira e querem compara-lo com Nadal, Alcaraz, Sinner ? Perai…

Tom França
Tom França
6 horas atrás

Tudo onque o francês falou, tá bem retratado no Master 1000 de Madrid e no chalenger de Estoril. É só observar a “dança das cadeiras”, em ambos os torneios.

Danilo BR
Danilo BR
5 horas atrás

Muito tóxicas essas colocações para a mente do João! Vale mencionar que o Learner Tien, atual vice do Next Gen, também não tem conseguido bons resultados, além do campeão de 2024 (o sérvio Medjedovic) ter alcançado como melhor ranking até hoje o modesto ranking 61. Só o tempo mostrará qual será o papel do João no tênis mundial, pois ter vencido o Next Gen não assegura nada.

Henrique
Henrique
4 horas atrás

Se ele começar a acreditar mais na mídia e na badalação que estão começando a fazer em torno dele, e às vezes, infelizmente, ele dá sinais disso, como por exemplo, a entrevista que ele deu em quadra depois que ele ganhou o ATP 250 de Buenos Aires. Com todo respeito aos senhores, não vai virar muita coisa não. Tênis é confiança, resiliência, mental, físico, fora o desespero, até agora, na vida profissional dele, vi pouco disso até agora. Vamos segurar a emoção e torcer pra ele entrar pra história do esporte. Mas tudo no seu tempo. Até mesmo porque boa parte dos que só jogam flores hoje pra ele, serão os primeiros a voltar aqui para falar mal. P.H.U.I

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