PLACAR

Fonseca destaca lado mental e quer seguir evoluindo

Foto: Pete Staples/USTA

Nova York (EUA) – Com apenas 17 anos, o carioca João Fonseca ampliou a lista de brasileiros campeões de Grand Slam no juvenil, conquistando o título do US Open no último sábado com uma grande vitória de virada sobre o tenista da casa Learner Tien, que também lhe rendeu a liderança do ranking da ITF. O jovem tenista agradeceu o apoio massivo da torcida e não se conteve na comemoração.

“Primeiro de tudo queria cumprimentar Tien, que é um cara incrível, um grande jogador e foi muito bem na semana. A torcida me fez sentir como no Brasil. Obrigado galera e família, obrigado por tudo. É só gratidão por tudo que conquistei. Quero trabalhar para muitas mais. Aqui é Brasil, porra!”, disparou Fonseca no discurso do campeão dentro de quadra.

Um pouco depois, o carioca deu uma entrevista para a ESPN, na qual falou mais profundamente sobre a partida, destacou seus pontos fortes na caminhada rumo ao título em Nova York e sobre seus próximos passos no tênis, cada vez mais focado no profissional. Ele também comentou suas sensações no momento. “Ainda não consegui acreditar direito, daqui a pouco vai bater a real”, disse Fonseca.

“Estou muito feliz, tenho muita gratidão por todo o trabalho dentro e fora de quadra, além do lado mental nessa semana. Um dos meus problemas no tênis era ficar até o final, perdia a maioria dos jogos que ia para o terceiro set, por isso estou muito feliz que consegui fazer isso”, acrescentou o carioca, que bateu Tien de virada, com placar final de 4/6, 6/4 e 6/3, depois de 1h57 de batalha.

Questionado sobre a semana dura, com adiamentos por questões climáticas, ele falou não saber qual o segredo para não perder o foco. “Acho que foi tentar me manter calmo. Desde a semana de Wimbledon estou fazendo meditação de manhã e isso me mantém mais calmo. Fico no meu mundo no fone de ouvido, só me concentrando. Acho que foi mais me manter focado”, opinou o brasleiro.

Exigente, o carioca revelou que poderia ter feito mais no torneio. “Em nenhuma partida eu sai satisfeito, queria sempre mais e acho que isso me levou à vitória”, observou Fonseca, que destacou a torcida na final. “Aprendi a jogar com a torcida muito cedo, antes eu ficava muito nervoso, mas agora consigo chamar a torcida nos momentos difíceis. Lutei com o coração e a torcida me ajudou a me levantar no segundo set, com um set e um break abaixo. Estou muito feliz”.

Sobre os próximos passos, o atual 650 do mundo vai focar mais na transição para o profissional. “Com meu ranking já consigo jogar qualis de challenger, chave de future e a transição está mais natural. Agora quero jogar mais torneios profissionais, sem grande pressão e exigência de ganhar. Vou manter minha rotina e manter o meu trabalho. Acho que não devo fazer nada diferente, apenas vou jogar com tenistas melhores e mais experientes. O negócio é trabalhar mais, para ficar mais maduro”, comentou João.

PUBLICIDADE

VÍDEOS

Wimbledon seleciona os melhores backhands de 1 mão

Os históricos duelos entre Serena e Venus em Wimbledon

PUBLICIDADE