Fonseca acredita na virada: “Não tem nada acabado ainda”

Orléans (França) – O Brasil terminou o primeiro dia do duelo contra a França com duas derrotas em dois jogos. Agora, se quiser avançar às oitavas de final da Copa Davis precisará vencer as três partidas de domingo, começando pelas duplas e depois outros dois confrontos de simples. Apesar do cenário complicado, o carioca João Fonseca continua confiante numa virada brasileira fora de casa.

“Acredito que não acabou ainda. A gente não sabe o que vai acontecer, mas é seguir torcendo para a dupla e depois para o Thiago [Wild]. Vamos ver como é que vai ser, mas não tem nada acabado ainda, e a gente pode acreditar. Pode, sim, acontecer”, disse o atual 99º colocado do ranking em entrevista coletiva no Palais des Sports, em Orléans.

Em caso de vitórias do time brasileiro nas duplas, com Rafael Matos e Marcelo Melo, e nas simples, com Wild, caberá ao próprio Fonseca a missão de disputar o quinto e decisivo ponto. Inicialmente, o tenista de 18 anos está escalado para enfrentar Arthur, número 19 do mundo, contra quem tem um retrospecto positivo de 2 a 0. Nos encontros anteriores, João levou a melhor em sets diretos na primeira rodada do Rio Open no ano passado e superou o francês em cinco sets na fase de grupos do Next Gen ATP Finals, também em 2024.

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Na conversa com os jornalistas neste sábado, Fonseca também falou sobre a partida contra Ugo Humbert. Apesar do revés por 2 a 0, o brasileiro levou o francês ao limite no primeiro set, perdendo por 7/5. Já na segunda parcial, o anfitrião se impôs um pouco mais e teve menos dificuldade para fechar o jogo. Mesmo assim, o brasileiro entende que fez um bom e valorizou o fato de ter vencido games de zero do francês em mais de uma ocasião, mostrando a força do seu saque no piso duro e coberto.

“Contra esses caras é difícil fazer um game de zero, então são games que dão mais confiança. Eu acredito que saquei bem, e nos dois games que fui quebrado, ele devolveu super bem. Eu não tive tantas oportunidades nesses games, fiz bons saques, mas ele conseguiu devolver bem. O mérito é dele. Agora é seguir trabalhando para cada vez mais estar preparado para essas circunstâncias”, frisou.

Sobre esses momentos mais complicados da partida, João avalia que lidou bem emocionalmente e que esse controle mental tem a ver com os treinamentos de yoga que ele vem adotando em suas rotinas como atleta profissional.

“Desde que eu era pequeno, meu pai fazia yoga, mas nunca me interessei muito. Conforme fui evoluindo no tênis e tendo jogos mais difíceis, nos quais sentia um pouco mais de pressão, eu passei a praticar mais, fazer mais aulas, e fui criando uma rotina de meditação, respirações. Atualmente, antes de todos os jogos, eu tento fazer respirações para me manter mais calmo e depois faço meditações. Hoje fiz a mesma coisa e não acho que fiquei nervoso. Houve momentos difíceis, em break-points obviamente você vai ficar tenso. Mas acho que eu me controlei muito bem hoje. Esse tipo de meditação tem me ajudado muito ultimamente”, explicou.