Londres (Inglaterra) – A carreira de Jack Draper decolou desde a última vez que disputou Wimbledon. Títulos em Viena e Indian Wells, uma semifinal no US Open e outras boas campanhas o levaram do top 30 ao quarto lugar no ranking. A principal esperança da torcida da casa na chave masculina de simples, porém, ainda tem 23 anos e acredita que pode se tornar um tenista muito melhor do que já é.
“Definitivamente, eu me sinto um jogador muito diferente. Pessoalmente, acredito que cresci muito desde o ano passado, é um atestado do trabalho que tenho feito, das pessoas que tenho ao meu redor e que estiveram comigo nos altos e baixos da minha carreira até agora. Tenho muito mais confiança em mim mesmo fisicamente, também como tenista, mentalmente. Sinto que sou muito diferente em todos os aspectos. Ainda sinto que posso melhorar muito. Não estou nem próximo de onde quero chegar como jogador. Sempre tento melhorar”, afirmou.
O seu retrospecto em Wimbledon ainda é modesto. Cinco vezes na chave principal, ganhou apenas duas partidas e nunca passou da segunda rodada. Ano passado, antes de começar a galgar posições no ranking, foi derrotado pelo compatriota Cameron Norrie. Agora, diante de expectativas mais altas em sua cidade natal, sabe da importância de se desconectar um pouco do tênis.
“Eu volto para casa e vejo um pouco de Netflix, tento dormir e me recuperar o melhor que posso. Quando estou aqui ou treinando, estou completamente concentrado no que tento fazer, mas, quando me afasto, tento me separar de tudo para ter o máximo de energia possível para render novamente no dia seguinte porque assim é o tênis. É como um esporte de recuperação. Temos que ser capazes de dar o nosso melhor todos os dias”, disse.
Tentando maximizar todos os detalhes possíveis, ele contratou uma técnica de respiração e está satisfeito com o seu bem-estar dentro de quadra. “Foi importante para mim no tênis, onde há margens tão pequenas, porcentagens tão pequenas. Comecei a trabalhar com uma senhora chamada Ann Coxhead, que tem uma longa carreira na respiração, experiência em diferentes esportes. Ela me disse que achava que poderia me ajudar em quadra. O trabalho que tenho feito com ela tem sido inestimável, muito valioso para o meu tênis”, completou.
Draper vem de uma boa campanha na grama, com a semifinal do ATP 500 de Queen’s. Estreará na chave masculina de Wimbledon nesta terça-feira, contra o argentino Sebastián Báez, 38º do ranking, no último jogo da Quadra 1.