Djokovic destaca o equilíbrio e o profissionalismo de Fonseca

Foto: Peter Staples/ATP Tour

Indian Wells (EUA) – Campeão pela primeira vez no circuito da ATP aos 19 anos, o sérvio Novak Djokovic sabe bem como é ser um talento jovem e depois ter que manter o nível para alcançar o topo. Por isso, quando fala do momento do carioca João Fonseca, de apenas 18 anos, ele tem uma visão bem particular do assunto, descrevendo o panorama de quem já passou por tal situação e triunfou.

“É realmente ótimo, quando você é tão jovem e joga em alto nível, não há muito a perder e muito a ganhar. É claro que a atenção das pessoas e o apoio se acumulam. Tudo isso contribui para uma grande evolução do jogador e a personalidade eventualmente chegará ao ponto em que se converterá em pressão e expectativas dele mesmo, dos outros e assim por diante”, disse o sérvio.

“Parece estar lidando com tudo muito bem, não o conheço pessoalmente tão bem. Pelo que vi na quadra, não apenas a maneira como ele joga, mas a maneira como se comporta e as pessoas ao redor dele, parece que há um nível muito bom de equilíbrio, profissionalismo e devoção, como o que vimos nos últimos dois anos com (Carlos) Alcaraz”, acrescentou o ex-número 1 do mundo.

Extensão da parceria com Murray

Acompanhando Djokovic nos Masters 1000 de Indian Wells e Miami estará seu treinador Andy Murray , que retorna ao box do sérvio pela primeira vez desde o Australian Open, estendendo a parceria que funcionou bem em Melbourne. “Queria continuar no mesmo dia em que terminamos o torneio, então disse isso a ele. Mas ele tomou um tempo para refletir sobre, falar com seu pessoal, sua família”, contou.

Ele ponderou o quanto iria se envolver, viajar comigo e trabalhar em termos de cronograma. Então fiquei muito feliz quando decidiu continuar em Indian Wells, Miami e a maior parte da temporada de saibro. Vamos falar depois de Miami, obviamente, mas acho que o plano é ir até o fim de Roland Garros , e espero que Wimbledon também”, complementou o tenista de Belgrado.

Ansioso pelo ‘Sunshine Double’

Depois de muitos anos, o sérvio voltará a competir em Indian Wells e Miami na sequência. “Estou me sentindo bem. Vou jogar o Sunshine Double pela primeira vez depois de seis anos. Então, estou ansioso por isso”, disse Djokovic, que completou a dobradinha, ao vencer ambos os eventos no mesmo ano, num recorde de quatro vezes (2011, 2014, 2015 e 2016).

“Não tenho me saído muito bem em Indian Wells e Miami desde 2016 ou 2017. Lutei para encontrar meu melhor jogo aqui. Não vou ficar mais jovem, eu sei disso. Mas definitivamente procuro ir fundo no torneio. Acho que fiz as coisas certas na preparação, tenho jogado um bom tênis ultimamente. Então, vamos ver até onde posso ir”, finalizou.

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Sérgio Ribeiro
Sérgio Ribeiro
2 dias atrás

Não dá pra entender dois MASTERS 1000, nas duras , em sequência, próximo aos 38 anos ( maio ) . Depois de Indian Wells , pensar no melhor para o Saibro, onde está o que interessa . A possibilidade do SLAM 25 em RG .Ps : Esqueceu de citar SInner não é mesmo? rs…Abs !

rbclima
rbclima
2 dias atrás
Responder para  Sérgio Ribeiro

Acho q a maior chance dele é Wimbledon.

Joselito
Joselito
2 dias atrás
Responder para  rbclima

RG é mais propício para ele por ser mais lento. Ele já se mostra lento para enfrentar adversários rápidos e que batem forte nas quadras mais rápidas.

Romerio
Romerio
2 dias atrás
Responder para  Sérgio Ribeiro

Ele é quem sabe o que é melhor pra ele e carreira, fii

João Silva
João Silva
2 dias atrás
Responder para  Sérgio Ribeiro

Já não fez sentido jogar logo após a lesão do AO em Doha.

E se o foco é GS, mira no saibro depois grama e ai sim volta para a dura.

Cassio
Cassio
2 dias atrás
Responder para  João Silva

Mas entrar na chave com melhor posic}ao é importante tb. Senão pega muito jogador bom de entrada.

José Afonso
José Afonso
1 dia atrás
Responder para  Sérgio Ribeiro

Parece mesmo uma decisão insensata e arriscada. Mas se tem alguém que sabe definir calendário, é ele. Como fã de longa data, acredito que os motivos sejam quatro:
– mostrar ao circuito que não está decadente como pensavam;
– conquistar logo o 100º título ATP e, quem sabe, pavimentar o caminho para ultrapassar Federer e Connors nessa estatística;
– subir no ranking, o que traz melhor chave nos Slams;
– o homem realmente ama jogar esse esporte e competir.

rodrigo
rodrigo
2 dias atrás

Estamos falando do maior jogador de todos os tempos. O Djokovic é gênio e fora da curva. Para ele tudo é possível. Não duvidem que consiga jogar bem os dois masters (Indian Wells e Miami) e chegar bem para disputar os masters no Saibro, Roland Garros e Wimbledon. O cara é de outro mundo.

José Afonso
José Afonso
1 dia atrás
Responder para  rodrigo

Exatamente

Carlos Alberto Ribeiro da Silv
Carlos Alberto Ribeiro da Silv
1 dia atrás

O próprio Djokovic comentou que agora fez as coisas certas na preparação. Então, ninguém melhor do que ele e sua equipe pra saber qual a melhor escolha, lembrando que não existe resultado garantido em nenhuma situação, toda decisão tem seu risco. Antes do 25º grand slam, acho que ele busca o 100º título, de preferência num torneio importante.

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