Circuito da WTA tem planos para triplicar sua renda até 2029

Foto: Jimmie48/WTA

São Petersburgo (EUA) – Presidente-executiva da WTA Ventures, Marina Storti acredita que pode comandar uma nova era comercial do tênis feminino. Após um ano no cargo, a italiana contou em entrevista à SportsPro como a organização já está trazendo novas receitas para o circuito que impulsionarão o crescimento futuro.

Em março do ano passado, a WTA anunciou terça-feira uma parceria estratégica com a CVC (CVC Capital Partners), que tem 25 anos de experiência investindo em esportes, como Moto GP, Rugby, Liga de Futebol Francesa, La Liga e IPL Cricket. Os dados de 2024 são positivos e mostram que os lucros do circuito aumentaram 24% ao longo do ano.

“O que é realmente bom nesse crescimento de 24% é que está alinhado com a nossa ambição. Queremos triplicar os lucros do circuito entre 2023 e 2029, por isso estamos no meio de um período de transformação. Cumprir e superar nossas expectativas em um ano é encorajador e um indicador do potencial que a WTA tem para se tornar um verdadeiro pilar a nível comercial”, disse Storti.

A aproximação da WTA com a Arábia Saudita, que neste ano recebeu o Finals pela primeira vez, tem se mostrado importante neste panorama. “Já vimos que a Federação Saudita é capaz de organizar e nos oferecer um evento de alto nível. Além disso, queríamos apoiar o crescimento econômico das jogadoras, ofertando-lhes a oportunidade de ganharem mais prêmios em dinheiro”.

Mais do que receber o WTA Finals, os sauditas entraram com tudo no tênis feminino através do Fundo Soberano Saudita (PIF), que patrocina o ranking. “Trabalhar com a Federação Saudita de Ténis é bom para o futuro do nosso esporte, porque uma nova onda de fãs está a crescer. Já não dependemos apenas dos mercados existentes, mas estamos tentando criar novos mercados”, comentou Storti.

Possível fusão com a ATP

Um dos assuntos mais comentados nos últimos tempos, a possível fusão da ATP e da WTA, unindo o circuito do tênis em uma coisa só, também foi abordado pela presidente executiva da WTA Ventures, que afirma não existir grandes novidades a este respeito.

“Vejo oportunidades para nossos membros e fãs receberem uma experiência mais simples. Para que isso aconteça, devemos nos alinhar: todos no tênis veem isso, e todos querem que o façamos, mas ao mesmo tempo os fãs estão mais interessados, as visitas estão crescendo, os lucros estão aumentando”, comentou a dirigente.

“É algo que vemos nas redes sociais com um futuro brilhante e com muito mais crescimento, principalmente para o circuito feminino em particular: a WTA pode se tornar uma instituição de extrema importância”, complementou a italiana.

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JClaudio
JClaudio
2 horas atrás

A CVC Capital Partners é a mesma que vendeu a F1 para Liberty Média, por cerca de 4 bilhões, hoje a F1 vale 20 bilhões (oferta recusada ano passado, alguns analistas dizem que vale mais).
Esses fundos de investimentos subverte o esporte como conhecemos, a busca é por mercados, dinheiro “novo”.
Aquela coisa de manter o “espírito esportivo”, acaba e a “tradição”, muda, até geograficamente (Arabia).
A fusão da ATP e WTA é quase nula, se vc pode ter dois bolos, porque ficar apenas com um?

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