Melbourne (Austrália) – Paula Badosa está de volta aos torneios, depois de meses se recuperando da fratura na coluna, na vértebra L4, em Roma, há oito meses. Ela perdeu em três sets para a qualifier Bernarda Perra em Adelaide, mas se declarou pronta para competir no Aberto da Austrália onde estreará contra a americana Taylor Townsend, nesta segunda-feira.
“Tenho consultado tantos médicos, fisioterapeutas, foi um processo muito longo. Você não pode controlar (a dor); ela tem que se curar. Mais horas de tratamento, mais horas de tudo”, disse a espanhola ao WTAtennis.com na semana passada. “Mas no final é paciência, paciência.” Há apenas 20 meses, Badosa ocupava o segundo lugar do ranking feminino.
Além de Badosa, estão retornando à ação após apertar uma pausa: a quatro vezes campeã de Grand Slam Naomi Osaka, a alemã Angelique Kerber,com três títulos de Slam, a britânica Emma Raducanu, campeã do US Open de 2021, Elina Svitolina, Caroline Wozniacki, Karolina Pliskova e Amanda Anisimova.
“O tênis feminino, na verdade, é como qualquer outro local de trabalho”, disse Pam Shriver, membro do Hall da Fama. “A realidade é que – seja qual for o motivo – há momentos em que você precisa se afastar. Você tira um período sabático.”
Para Badosa, o intervalo foi uma espécie de bênção. Ela passou muito tempo com a família e viajou pelo mundo com o namorado Stefanos Tsitsipas, jogador Top 10 do ATP Tour.
“Não vou mentir para você – sempre estive com um fisioterapeuta ao meu lado quando viajava para algum lugar”, disse Badosa. “Agora que a temporada começou para nós dois, teremos menos tempo para ficarmos juntos, então acho que foi bom nos conhecermos melhor. Estar lá um para o outro”, explicou. “Tive uma vida normal, curtindo aquele estilo de vida diferente, aquela Paula diferente também. Desde os 7 anos sou tenista. Tem sido divertido.”
Ela começou a treinar em outubro, apenas 20 minutos por vez, e a dor persistiu até o início de dezembro. Seus objetivos para a temporada: manter-se saudável primeiro e estar nas últimas rodadas dos torneios. Ela sabe que sua forma retornará quando ela começar a ter mais partidas contra jogadoras de ponta.
“Um dia você está na Austrália, no dia seguinte você está na Califórnia, então é extremamente intenso”, disse. “Mas entendo que alguns de nós precisamos parar mentalmente. No meu caso, foi uma lesão. “Vendo todos esses retornos, tenho fé que também posso fazer isso”, afirmou.