Nova York (EUA) – Cabeça de chave número 26, a espanhola Paula Badosa precisou lutar bastante para eliminar a romena Elena Ruse. Em jogo válido pela terceira rodada do US Open nesta sexta-feira, a ex-top 2 foi exigida por 2h32 e marcou uma virada por 6/4, 1/6 e 7/6 (10-8).
O ímpeto agressivo de Ruse, que marcou 29 winners, mas também cometeu 41 erros não forçados, fez Badosa comparar a jogadora de 26 anos contra outra tenista da Romênia, a ex-número 1 do mundo e dona de dois títulos de Grand Slam, Simona Halep. Segundo a espanhola, sua oponente beirou a perfeição em quadra, principalmente no primeiro set.
“Estava perguntando ao meu treinador o que eu tinha que fazer em quadra, já que minha adversária estava jogando muito bem. Ele me disse foi que eu não podia pensar muito nesse assunto e a única coisa que eu poderia fazer era ficar alerta, lutar até o fim e ser mais agressiva do que ela desde a primeira bola. E se ela fechar o jogo com esse nível de perfeição, aí apertamos a mão dela e vamos para casa. Felizmente consegui mostrar o meu verdadeiro jogo, ser muito mais agressiva e melhorar a partir do segundo set. No momento pensei que estava jogando contra Simona Halep, ela estava sendo muito dura, mas fico feliz que tudo deu certo. Dou todo o crédito ao meu treinador”, comentou na entrevista coletiva.
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A espanhola continuou fazendo elogios a Ruse e acredita que a romena, atual 122ª colocada na WTA, possa figurar em uma posição de mais destaque no circuito. “Ela mostrou um nível espetacular desde o início. Isso me deixou um pouco confusa, não esperava. No final foi um jogo de grande qualidade, dou-lhe os parabéns pelo desempenho e, se mantiver este nível, com certeza poderá subir muito mais no ranking”, opinou.
Badosa também fez questão de agradecer o apoio do público quando teve um match-point contra no nono game do terceiro set, ressaltando que sem isso não teria conseguido reagir. “Naquele momento, admito que mentalmente estava totalmente destruída. Ainda bem que a torcida começou a gritar meu nome e a torcer por mim, porque foram eles que me deram energia para continuar lutando e virar o placar. Foi um momento incrível para mim”, disse.
Espanhola joga “em casa”
Embora defenda a bandeira da Espanha, terra natal de seus pais, Paula Badosa nasceu em Nova York e se sente verdadeiramente em casa na cidade. Ela também destaca que seus principais êxitos na carreira foram em território norte-americano, como o título de Indian Wells em 2021.
“Já mencionei isso algumas vezes, mas os melhores resultados da minha carreira profissional sempre vieram nos Estados Unidos. Não tenho dúvidas de que o melhor público esteja neste país, sempre senti uma ligação especial com eles, desde o momento em que comecei a competir aqui. Sempre digo à minha equipe que não pode ser uma simples coincidência que as coisas estejam indo tão bem para mim aqui, que os melhores resultados sempre ocorrem aqui. Eu me sinto muito seguro sempre que venho aos EUA e apoiada pelas pessoas nas arquibancadas, esse sentimento não tem preço”, frisou.
Eliminação nas mistas
Poucas horas depois de avançar às oitavas de final na chave de simples, Badosa voltou à quadra para a disputa da duplas mistas ao lado do namorado Stefanos Tsitsipas. No entanto, a espanhol e o grego não passaram da estreia, caindo para a parceria mexicana de Giuliana Olmos e Santiago González por 7/6 (7-3) e 6/4.
Antes mesmo da partida, Paula já havia alertado que chegaria cansada para o duelo após a batalha contra Ruse. “Não sei como vamos fazer isso, mas estou saindo agora de uma partida muito longa e exigente. Estou começando a pensar no que as pessoas vão dizer quando me virem jogar as mistas, porque a realidade é que vou chegar um pouco cansada, então vou tentar fazer com que o Stefanos faça todo o trabalho dessa vez”, disse aos risos, já prevendo um esgotamento físico.
Cansada para jogar as duplas ???quantos anos ela tem?