Paris (França) – Eliminado por Jannik Sinner no ano passado em Roland Garros, o veterano Richard Gasquet foi novamente derrotado pelo italiano e se despediu de Roland Garros em definitivo. Após vencer o francês por sets diretos, com parciais de 6/2, 6/0 e 6/4, o italiano teve a oportunidade de discursar em quadra, ao fim da partida e prestou homenagem ao tenista da casa. O número 1 do mundo teceu elogios à grandiosidade ao rival, a quem descreveu como um “jogador muito talentoso”, demonstrando grande respeito por ele.
“Foi um grande momento. Eu pude conhecê-lo um pouco fora das quadras. Ele é uma ótima pessoa e teve uma carreira incrível. Mesmo diante da maior geração do tênis, ele alcançou resultados fantásticos. É incrível dividir esse momento com Richard e desejo a ele somente o melhor nesse novo capítulo”, declarou o italiano.
Ao comparar as condições de jogo em sua primeira e segunda partidas, Sinner disse tirar proveito das variações climáticas, que, segundo ele, o preparam para situações adversas: “Sim, foram muito diferentes (as partidas). Durante a tarde, a bola quica mais baixo. Isso permite que você seja mais agressivo e jogue nas bolas curtas, porque a bola não pula como ela pulou hoje, por exemplo. Também acredito que dependa se o dia está ensolarado ou nublado. As condições são diferentes e variam muito rápido”.
Perguntado sobre suas adaptações em saibro, o italiano mencionou que busca sempre manter seu estilo de jogo, mas não deixa de se reinventar. “Eu tento não deixar de ser o jogador que sou, tento ser agressivo como sou no piso duro. Mas no saibro, coloco mais efeito na bola. Aqui costuma ventar bastante. Você tem que transitar de um lado a outro e adaptar seu jogo. Para mim, é sobre o movimento. A movimentação é completamente diferente na grama e no saibro”, comentou.
No sábado, o atual número 1 do mundo disputa uma vaga na quarta fase diante de Jiri Lehecka. O italiano e o tcheco somam três confrontos em torneios oficiais, todos vencidos por Sinner em sets diretos.
As cenouras em meio à plateia
Em seus jogos, Sinner normalmente conta com uma legião de fãs vestidos de cenoura. A tendência surgiu após o tenista ser flagrado comendo cenoura durante os intervalos. Carismático, o italiano demonstrou carinho pelos torcedores, apesar de não percebê-los durante as partidas devido ao foco na quadra: “É legal, mas em quadra não olho aos arredores, pois tento manter o foco. Não paro para contar quantos fãs eu tenho ali. É algo que as pessoas gostam, porque sempre sabem para quem estão torcendo. É legal ter uma torcida”.
Comportamento dos torcedores franceses
Após enfrentar dois franceses nas rodadas iniciais de Roland Garros, Sinner compartilhou sua experiência com a torcida da casa e disse que considera normal alguns excessos ao apoiarem os tenistas conterrâneos.
“Honestamente, joguei duas partidas contra jogadores franceses e achei a torcida bem respeitosa. É claro que a atmosfera aqui é diferente quando se joga contra um francês. O mesmo acontece quando jogo na Itália. As pessoas tendem a gritar um pouco, mas isso é normal. É óbvio que os franceses terão mais apoio aqui porque estamos em Paris. Mas eu gosto disso”, disse.
Lazer em Paris
Perguntado sobre como aproveita o tempo fora das quadras, Jannik contou que se sente mais confortável em caminhar por Paris: “As pessoas me reconhecem menos aqui”.
“Tento me manter relaxado durante um Grand Slam e sinto que a recuperação é muito importante nesses torneios. Mas gosto de caminhar pela cidade. Tem alguns restaurantes aonde gosto de ir. É uma cidade que eu realmente gosto e de onde tenho boas memórias”, compartilhou.