Felipe Priante
Especial de Paris
O espanhol Carlos Alcaraz segue imbatível em Roland Garros neste ano. Depois de conquistar seu primeiro título no Grand Slam francês, ele voltou ao saibro parisiense para a disputa dos Jogos Olímpicos e está nas semifinais. Contudo, para superar as quartas de final diante do norte-americano Tommy Paul, o cabeça de chave 2 na competição não teve moleza a precisou reverter 0/3 no segundo set para vencer por 2 a 0
“No segundo set tive um momento de dúvidas e de baixa, mas a verdade é que tentei ficar no jogo, lutando por cada ponto mesmo com os dois break-points contra. Consegui subir a intensidade, estou jogando pela Espanha, representando nossa bandeira, e isso ajuda a deixar um pouco mais, a correr, lutar e não se entregar”, comentou o espanhol, que por pouco não viu Paul abrir 4/0 e saque na segunda parcial.
Fazendo jornada dupla até um dia antes, quando foi eliminado da chave de duplas com Rafael Nadal, ele voltou a mostrar descontentamento com o horário do jogo. “Joguei simples e duplas, aqui não tem um dia de descanso entre as rodadas, mas é uma coisa que acontece a cada quatro anos e temos que aceitar e dar tudo o que temos a cada partida, fazendo tudo perfeito fora de quadra para se recuperar”, observou Alcaraz.
A busca por uma medalha inédita passará pelo canadense Félix Auger-Aliassime ou pelo norueguês Casper Ruud na próxima rodada. “Vamos tentar jogar um bom tênis amanhã nas semifinais. Chegar na final seria uma bonita história, conquistar uma medalha, mas não quero ficar pensando muito nisso, vamos partida a partida e amanhã será bem duro”, analisou o jovem espanhol, que também falou sobre a parceria com Nadal e a derrota nas quartas.
“Foi muito emocionante e difícil pela derrota, porque queríamos seguir jogando juntos dando chances a nós e a Espanha. foi difícil aceitar. Também acabamos tarde e foi duro baixar a adrenalina. Depois temos que ir para a vila olímpica, nos tratar e jantar e não deu para dormir tão cedo. E jogar às 14h tampouco ajuda na recuperação”
“Seguimos vias separadas, ele ficou aqui com a imprensa e eu, como jogava no dia seguinte, tive que ir embora logo para a vila. Não descansei o que gostaria, mas estamos acostumados com esse tipo de situação”, falou o atual número 3 do mundo.
Alcaraz finalizou agradecendo o enorme apoio que tem recebido das arquibancadas, que ele garante estar ajudando, principalmente nos momentos difíceis. “O carinho que estou recebendo aqui é brutal e só posso ter palavras de agradecimento pelo apoio e carinho. Nos momentos de baixa o público me ajuda muito para que eu me recupere”.
Garoto bom de marketing.