Eduardo Faria
Especial para TenisBrasil
Um dos aspectos mais importantes negligenciados por grande parte dos tenistas amadores é a importância de recuperar o corpo após os jogos e treinos. Recuperar o corpo após os esforços é fundamental para o tenista amador por várias razões que envolvem desempenho, prevenção de lesões e qualidade de vida. Mesmo não sendo um atleta profissional, o amador está sujeito a altas demandas físicas, repetição de movimentos intensos e impactos articulares, exigindo estratégias eficazes de recuperação.
No universo competitivo do tênis, é comum que os holofotes estejam voltados para o treinamento técnico, físico e tático. No entanto, há um fator silencioso, muitas vezes subestimado, que pode ser o divisor de águas entre a evolução constante e a estagnação (ou até lesões): a recuperação.
Para o tenista amador, que muitas vezes concilia o esporte com trabalho, estudos e outras responsabilidades, compreender e aplicar estratégias de recuperação é essencial para manter a performance, evitar lesões e aproveitar o melhor do jogo
Por que a recuperação é tão importante no tenista amador?
O tênis é uma das modalidades mais exigentes do ponto de vista físico e mental. Envolve acelerações, desacelerações, mudanças bruscas de direção, impactos repetitivos e longas durações em partidas. Com isso, o corpo entra em estado de estresse fisiológico, o que exige mecanismos eficientes de recuperação para restaurar a energia, reparar os tecidos e manter o sistema imunológico funcionando adequadamente.
Benefícios da recuperação
1. Prevenção de lesões por sobrecarga
Após os treinos e jogos, os músculos, tendões e articulações precisam de tempo para se regenerar. Ignorar esse tempo aumenta drasticamente o risco de lesões.
2. Melhora do rendimento técnico e físico
Um corpo cansado compromete o tempo de reação, a precisão dos golpes e a tomada de decisão — pilares essenciais no tênis.
3. Regulação hormonal e emocional
Dormir bem, se alimentar corretamente e realizar estratégias de recuperação ativa reduz os níveis de cortisol (hormônio do estresse), melhora o humor e favorece a consistência nos treinos.
4. Manutenção do prazer e longevidade no esporte
Um corpo constantemente fadigado leva à frustração e desmotivação. A boa recuperação permite continuar evoluindo e jogando por mais tempo, com menos dor e mais prazer.
5. Sustentação do progresso
A recuperação bem planejada garante que o corpo assimile os estímulos do treino e continue evoluindo.
Outro ponto importante é que quando associada ao mapeamento genético, essa recuperação pode ser ainda mais personalizada e eficaz. Quando somamos a isso os avanços da genética aplicada ao esporte, abre-se uma nova era de personalização nos treinos e cuidados com o corpo.
O tenista amador que valoriza sua saúde e desempenho não pode negligenciar o processo de recuperação. Esse processo deve ser uma parte ativa da rotina, e não apenas um descanso passivo. Quando aliamos esse cuidado aos dados revelados pelo mapeamento genético, conseguimos montar um plano de ação altamente individualizado, prevenindo lesões, aumentando a eficiência dos treinos e promovendo uma evolução sustentável no esporte.
No programa TFI (Treinamento Físico Inteligente) da 5º SET, o mapeamento genético é a base que orienta todas as nossas decisões. A partir de uma análise minuciosa dos resultados, identificamos com precisão tanto os pontos fortes quanto as áreas que exigem maior cuidado. Com essas informações, ajustamos as estratégias de treino às características genéticas individuais de cada atleta, tornando a prescrição mais assertiva e, acima de tudo, potencializando a capacidade de recuperação por meio de abordagens personalizadas e eficazes.
Alguns benefícios do Mapeamento Genético Esportivo para a recuperação de tenistas amadores
1. Descobrir como seu corpo se recupera após treinos e jogos
O teste genético mostra se você tem maior ou menor capacidade natural de regenerar músculos, tendões e articulações. Isso ajuda a evitar treinos em excesso e a entender por que você pode sentir mais dores ou fadiga do que outros jogadores.
2. Evitar lesões por sobrecarga
Alguns tenistas têm baixa expressão de genes que regeneram o colágeno ou combatem inflamações, o que aumenta o risco de tendinites, dores crônicas no ombro, joelho ou quadril. Com o mapeamento, é possível adotar estratégias preventivas como mais dias de recuperação ativa, foco na flexibilidade e liberação miofascial e ajuste no volume dos treinos.
3. Ajustar a intensidade dos treinos físicos
Tenistas com menor capacidade de regeneração muscular devem evitar treinos de força ou corrida em dias seguidos. Já quem tem perfil genético mais resistente pode treinar com maior frequência e intensidade sem prejuízos.
4. Aumentar a longevidade esportiva
Ao respeitar os limites genéticos do corpo e adaptar os estímulos, o tenista consegue jogar por mais anos com qualidade, reduzir dores crônicas e manter alto rendimento com o passar da idade.
5. Planejar melhor a sequência de treinos e jogos
6. Personalizar os cuidados pós-treino
7. Ganhar consciência corporal e motivação
Principais estratégias de recuperação que o tenista amador deve adotar
Bons treinos!!!
Licenciado em Educação Física, pós-graduado em treinamento esportivo e com diversas formações na área do treinamento físico e qualidade de vida, Eduardo Faria trabalha com tenistas desde 1986, ao lado de Fernando Meligeni, Flávio Saretta, Alexandre Simoni, Vanessa Menga e Thiago Alves, entre outros. Integrou a equipe da Copa Davis desde do final dos anos 90 até os dias atuais, atuando com nomes como Andre Sá , Bruno Soares, Marcelo Melo, Gustavo Kuerten e Marcos Daniel. É fundador da empresa ‘5º Set’, contendo o programa TFI (Treinamento Físico Inteligente), que combina testes físicos, mapeamento genético e avaliação nutricional para melhorar a performance de tenistas, do amador ao profissional: confira detalhes em quintoset.com.br.
