Diego Diegues
De Melbourne, especial para TenisBrasil
O goiano Guto Miguel segue vivo na chave de duplas do Australian Open juvenil. Nesta terça-feira, o brasileiro e o alemão Tom Sickenberge venceram os italianos Pierluigi Basile e Jacopo Vasami em dois tiebreaks, 7/6 (7-4) e 7/6 (7-5) e avançaram às quartas de final em Melbourne, para enfrentar o sérvio Ognjen Milic e o russo Egor Pleshivtsev. Após a partida, ele falou a TenisBrasil com exclusividade sobre as metas estabelecidas para 2025 e as principais dificuldades na transição juvenil para o profissional.
“Escolhemos jogar torneios mais difíceis. Eu preciso pegar casca e saber lidar com esse tipo de jogo”, disse Guto, que completa 16 anos em fevereiro e espera conquistar seus primeiros pontos na ATP para terminar a temporada entre os 800 no ranking mundial.
Há pouco mais de dois anos, Guto decidiu se mudar para Brasília, onde treina com o técnico, Santos Dumont. “E um garoto muito talentoso, bastante tranquilo que evoluiu bastante num espaço curto de tempo”, definiu o treinador. O jovem tenista, que começou a praticar tênis com apenas cinco anos, define seu estilo de como agressivo e tem Carlos Alcaraz como grande inspiração. “Jogo com o coração e tento deixar tudo dentro de quadra”, disse a nova promessa do tênis brasileiro.
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Guto, que tem como hobby jogar “truco”, já disputou Roland Garros e US Open em 2024. Ele avançou uma rodada em Paris, entrando como convidado após vencer o Junior Series em São Paulo. E no Slam nova-iorquino, passou pelas duas fases do quali e ainda venceu mais um jogo na chave principal. Ele também jogou o torneio de Wimbledon na categoria 14 anos em 2023.
Para Dumont, o fato do jovem tenista já ter estado em todos os Grand Slam com apenas 15 anos já mostra um possível potencial a ser lapidado, porém o treinador se mostra paciente com o processo de formação. “Vamos procurar trabalhar cada vez mais na busca por um jogo consistente”, afirmou.
Segundo o treinador, o próximo passo para Guto é jogar torneios challenger e futures fora e dentro do Brasil, elevando assim o seu nível de jogo, mas também aproveitar a baixa idade e participar de fortes competições juvenis. “Vamos buscar os torneios de mais alto nível possível. Faz parte do processo de desenvolvimento e de ganhar mais experiência”, disse Dummont.
Só espero que não venham a compará-lo com o JF. Não seria nada justo!