Badosa acaba com invencibilidade de Gauff e faz semi inédita na Austrália

Melbourne (Austrália) – Disputando pela terceira vez as quartas de um Grand Slam, algo que havia feito em Roland Garros (2021) e no US Open (2024), a espanhola Paula Badosa enfim conseguiu superar essa barreira. Abrindo a rodada de terça-feira na Rod Laver Arena, ela derrotou a norte-americana Coco Gauff em sets diretos, com parciais de 7/5 e 6/4 para alcançar uma semifinal inédita.

Após passar 1h43 em quadra para acabar com a invencibilidade de Gauff, que não perdia há 13 partidas, desde a primeira rodada na fase de grupos do WTA Finals do ano passado, a espanhola terá pela frente a vencedora do duelo entre a bielorrussa Aryna Sabalenka, número 1 do mundo e atual bicampeã no Melbourne Park, e a russa Anastasia Pavlyuchenkova.

Badosa leva vantagem no retrospecto com Pavlyuchenkova, vencendo a russa nos dois embates anteriores. Ela também tem duas vitórias contra Sabalenka, nos dois primeiros encontros, mas seu histórico contra a bielorrussa é negativo, já que perdeu os cinco seguintes, inclusive os três que tiveram na temporada passada.

Em sua sexta participação no Australian Open, a espanhola nunca havia passado das oitavas de final, fazendo sua melhor campanha até então em 2022. Seu desempenho neste ano no primeiro Slam da temporada vai lhe garantir a volta ao top 10, subindo da atual 12ª colocação para a nona por enquanto, podendo chegar até o sétimo lugar se for campeã.

Dia errático custou caro para Gauff

A partida ficou marcada pela firmeza de Badosa em contraste com o dia totalmente errático de Gauff, que cometeu 41 erros não forçados, quase o dobro dos 23 da adversária. A norte-americana até tentou compensar com suas 31 bolas vencedoras, frente 15 da espanhola, mas não foi o suficiente e acabou se despedindo da competição nas quartas.

Gauff também não sacou tão bem, venceu 63% dos pontos e encarou 10 break-points no decorrer do jogo, os dois primeiros logo no terceiro game, salvando ambos. Porém, ela voltou a ser ameaçada no 11º e desta vez não evitou a quebra. Firme com o saque, sem ter cedido uma chance de quebra sequer em toda a parcial, Badosa confirmou mais uma vez e largou na frente no placar.

Controle espanhol e susto para fechar

A espanhola manteve o embalo no começo do segundo set, obteve uma quebra logo de cara, vendendo um longo primeiro game depois de quatro break-points perdidos, e marcou 2/0 sobre Gauff, que tentou reagir e buscou a igualdade em 2/2. Só que Badosa estava muito mais afiada, anotou duas quebras consecutivas e abriu confortável vantagem de 5/2.

Na primeira vez que foi sacar, Badosa vacilou e perdeu um dos breaks de diferença. Porém, na segunda oportunidade ela não deu brechas e garantiu sua primeira vitória sobre uma top 10 em Grand Slam, depois de ter perdido os três duelos anteriores. Ela também se torna a primeira espanhola semifinalista em um dos quatro principais torneios desde 20020, quando Gabiñe Muguruza foi vice na Austrália.