Melbourne (Austrália) – Atual número 3 do ranking e um dos nomes mais badalados do tênis mundial na atualidade, o espanhol Carlos Alcaraz começa 2025 com metas claras e ambiciosas. Em sua primeira entrevista coletiva em Melbourne, às vésperas da estreia no Australian Open, o jovem de 21 anos foi claro ao traçar seus objetivos para a temporada que se inicia: vencer os principais torneios do calendário.
“Meus objetivos são vencer os Grand Slam e os Masters 1000. Para mim, esses são os torneios mais importantes do ano”, afirmou. Ainda segundo ele, a busca por grandes conquistas também é um meio para subir no ranking, embora ele destaque que essa não é a prioridade. “Subir no ranking é minha intenção, mas isso é consequência de vitórias em partidas e torneios, seja para diminuir a distância de Jannik [Sinner] ou superar [Alexander] Zverev. No momento, a meta principal é vencer o maior número possível de Slam, esse é o meu objetivo”, reforçou.
Entre outros desafios para 2025, a rivalidade com Sinner deve ser um dos pontos altos da temporada. Ciente de que o italiano é hoje o seu principal concorrente e que ambos representam uma renovação pós Big 3, ele reconheceu a importância dos confrontos contra o atual líder do ranking e como exigem o seu máximo em quadra.
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“Quando jogo contra o Jannik sinto que são jogos diferentes dos demais. Um dia ruim contra ele significa que vou perder 99%, não há outra opção”, explicou. Por outro lado, essa disputa particular também serve como estímulo para o espanhol. “Vê-lo ganhar tantos títulos me faz treinar ainda mais, buscar as coisas que preciso melhorar”, disse, demonstrando como a competição entre os dois tem elevado não apenas seu nível de jogo, mas também o aspecto mental.
Adaptações para manter a competitividade
Diante de um circuito cada vez mais dinâmico e exigente, Alcaraz investiu em mudanças técnicas e estratégicas durante sua pré-temporada. Um dos pontos mais comentados foi a alteração no peso de sua raquete, que passou a ser cinco gramas mais pesada. “Agora a bola sai mais, o que é bom em certos lances como a devolução ou o saque. O mais importante é que consegui movimentar a raquete tão bem como a anterior. Estou ansioso para colocar isso em prática nos jogos”, disse.
Além disso, o espanhol também implementou ajustes no movimento do saque, tornando-o mais fluido e relaxado no punho. Segundo ele, essa modificação visa não apenas melhorar a eficácia do golpe, mas também reduzir a tensão física e mental durante as partidas. “Você nunca pode ficar preso ao que tem. Para estar no mais alto nível, precisa se adaptar ao que é exigido para ser melhor e mais competitivo a cada dia”, enfatizou.
Phhhhhhhhew! @carlosalcaraz survives a marathon 14-minute service game to hold off Alexei Popyrin in their RLA exhibition match.
The Spaniard leads the Aussie 6-3 5-4#AO2025 pic.twitter.com/ssMGytJS7J
— #AusOpen (@AustralianOpen) January 10, 2025
Outra estratégia de Carlitos é uma gestão mais cuidadosa de seu calendário. O tenista demonstrou preocupação em evitar sobrecarga física e mental, especialmente após relatar dificuldades para manter o nível competitivo após o US Open. “O que não quero é voltar a jogar um torneio quando estiver mentalmente cansado. Quero ir aos torneios bem, gostar de jogar tênis. Se isso não acontecer, tomarei uma decisão este ano”, afirmou.
Essa abordagem também envolve a escolha criteriosa de torneios e exibições, priorizando competições onde possa estar em sua melhor forma. “Provavelmente vou riscar algumas exibições e tenho certeza que vou pular alguns torneios também. Isso dependerá de como estão as coisas, de como estou jogando, se estou bem fisicamente ou se preciso parar.”
A inclusão de Samuel López como treinador auxiliar também reflete a busca por equilíbrio, permitindo que ele e Juan Carlos Ferrero alternem responsabilidades ao longo da temporada. “Juan Carlos está comigo há seis anos, ele me conhece muito bem, sabe o que eu preciso durante os jogos, como me dizer as coisas nos jogos. Para mim ele é uma figura muito importante, adoro tê-lo comigo nos torneios, mas este ano viajarei com o Samuel por algumas semanas e tenho total confiança nele. Aqui em Melbourne estarei com o Juan Carlos, então ele poderá me ajudar em todas as situações. É ótimo tê-lo por perto”, explicou.
Preparação para o AO
Apesar de mais uma vez optar por começar o ano no Australian Open, Carlos Alcaraz revelou não ter tido uma pré-temporada muito longa, deixando para focar em alguns elementos já em Melbourne. Campeão do US Open (2022), Wimbledon (2023 e 2024) e Roland Garros (2024), ele tentará agora fechar o Grand Slam de carreira antes de completar 22 anos de idade.
“Foi uma ótima semana de preparação, decidimos não jogar nenhum torneio antes do Aberto da Austrália para nos concentrarmos neste evento e colocarmos tudo nele. Não tive muito tempo na pré-temporada, por isso temos procurado trabalhar ao máximo nestes dias para melhorar alguns aspectos. A cada dia percebo que estou um pouco melhor”, finalizou.
Um dos 03 atuais GOAT, junto com Sinner e Djokovic.
GOAT é meu amigo tenista daqui de Campinas-SP.
Ele está com 90 anos e ainda joga.
Começou com 10 anos.
Tem “apenas” 80 anos de tênis.
Jogou a maioria dos torneios locais, federados (SP) e brasileiro.
Tem mais de 2.000 troféus.
Esse sim é GOAT !!!
Este ano a fatia de títulos deve ficar menor para o Carlitos, afinal de contas, nosso São João também participara das festa grandes…
Devagar com o andor. João vai seu primeiro jogo em melhor de cinco sets.
Vamos conferir se ele deu o reset! Terminou a temporada passada muito aquém de sua capacidade!
Caramba!
O Alcaraz começa o ano com a maior vontade de ganhar tudo.
Em palavras parece fácil, mas no jogo é bem difícil…
Pelo menos, ele está com pensamentos e metas bem positivas.
Vamos Alcaraz, faça acontecer!