Especialista em doping diz que Sinner tem parcela de culpa na contaminação

Foto: Darren Carroll/USTA

Munique (Alemanha) – O farmacologista e especialista em doping Fritz Sörgel defende a suspensão do italiano Jannik Sinner, que foi inocentado por um tribunal independente da Agência Internacional de Integridade do Tênis (ITIA), mas agora será julgado pela Corte Arbitral do Esporte (CAS) depois que a Wada recorreu pedindo punição para o número 1 do mundo.

Em entrevista ao Münchner Merkur, Sörgel não aceita a explicação de Sinner de que o esteróide Clostebol entrou em seu corpo pelas mãos de seu fisioterapeuta: “A responsabilidade não pode ser repassada. Ele tem que cuidar de sua equipe”, afirmou o especialista.

No entanto, ele tem poucas esperanças de um veredito justo. “O CAS é hoje um dos coveiros do esporte decente porque aceita muitas desculpas. Além disso, a punição não é uniforme”, comentou Sörgel, que também comentou sobre o caso envolvendo a polonesa Iga Swiatek.

O especialista disse achar plausível a defesa usada pela atual vice-líder da WTA. “Os produtores (de (remédios) não limpam adequadamente a caldeira. Depois, ainda há restos da substância A, do dia anterior, presos à substância B. Gostaria de ver todos os documentos porque tenho a certeza que na Polônia estão fazendo tudo o que podem para proteger sua superatleta”.

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João Sawao ando
João Sawao ando
1 dia atrás

Depois desse comentário desse faramcologista o sinner tem que ser suspenso

Evandro
Evandro
12 horas atrás
Responder para  João Sawao ando

Não tenho motivos para defender Sinner, mas o que disse o tal farmacologista também não deveria ser aceito por ninguém. A responsabilidade é pessoal. Ok. Só isso?
E por que corre a defender a Polônia, sem nem conhecer o teor das provas contra Iga?

Sérgio Senaga
Sérgio Senaga
1 dia atrás

Se esse senhor é especialista em doping deveria saber que doping é a utilização de substâncias ou métodos proibidos para obter vantagens esportivas. Ora foi uma contaminação involuntária e a quantidade ínfima não trouxe vantagens esportivas, pelo contrário, só trouxe prejuízo na sua vida pessoal, familiar e esportiva. Apesar de tudo conseguiu ser o número 1 do mundo. A insistência da WADA em tentar suspendê-lo do circuito não seria um doping judicial para favorecer outros tenistas? Não seria uma apunhalada nas costas do Sinner, como aconteceu com a Monica Seles há 30 anos, quando era a número 1 do mundo com 19 anos e que com certeza mudou a história do tênis feminino?

Paulo
Paulo
1 dia atrás

Passou uma pomada que por “coincidência” tem esteroide… Ahan Claudia…

SANDRO
SANDRO
16 horas atrás

Eu confio no SINNER ! Parem com essa perseguição ridícula !

JClaudio
JClaudio
15 horas atrás

Continuamos dando importância a quantidade da substância, o que é um erro.
Pegamos por exemplo a furosemida, um diurético bastante conhecido no Brasil, é uma substância que está na relação de proibidas, não tem ganho físico, porém, mascara outras substancias, principalmente esteroides, aumenta volume urinário, “limpando” substâncias dopantes (aqui no Brasil muito usada para problemas de pressão e coração).
Outras drogas são usadas como “pré treino”, meses antes dos eventos, são usadas para aumentar o ganho físico (muito usada no ciclismo), desaparecendo durante a competição, com o atleta “anabolizado” do treino.
Pouca substância encontrada no corpo de um atleta de ponta é um péssimo sinal, comprova que existe um caminho novo em relação ao doping, algo que as agências fiscalizadores ainda não chegaram (talvez nunca chegue).
Não existe inocente no esporte de ponta.

André Aguiar
André Aguiar
13 horas atrás
Responder para  JClaudio

Tenistas, bem como ciclistas e atletas profissionais de outros esportes são submetidos frequentemente a testes antidoping, não apenas em época de competição. Logo, é muito provável que serão pegos se utililizarem drogas “pré-treino”. Sugiro ouvir a recente entrevista da Bia Haddad no podcast “new balls please”, na qual ela relata a rigorosa rotina dos testes antidoping e os cuidados que ela toma na ingestão de qualquer coisa, inclusive água.

JClaudio
JClaudio
11 horas atrás
Responder para  André Aguiar

Existe um documentário muito famoso sobre o assunto doping (Ícaro), nele tem um personagem muito “didático”, o cientista russo Grigory Rodchenkov.
Ele foi o responsável pelo programa de doping do governo russo, um crime estatal, que envolvia a KGB e o presidente Putin.
Durou décadas a “fabricação” de campeões olímpicos e mundiais russos.
Uma das bases do projeto, era preparar o atleta antes das competições, com isso o corpo aguentava uma carga de treinos fora da curva, os testes de urina eram trocados (alguns casos de forma simplória).
Foi um escândalo, os russos foram punidos, o cientista russo, chefe do esquema fugiu para o Estados Unidos, hoje vive como testemunha protegida.
Com todo respeito pelo depoimento da Bia, ela não foi tão cuidadosa.
Inclusive, no tênis braseiro, o doping é uma epidemia (aqui chamamos de contaminação cruzada), tanto na masculino como no feminino, Bia (a melhor dos últimos 20 anos), quando Bellucci (o melhor dos últimos 20 anos) foram pegos no doping.
Abs

Realista
Realista
12 horas atrás
Responder para  JClaudio

Penso de maneira similar nessa parte final do comentário. Tenistas de pontas e multi milionários como o Nadal e Djokovic tem privilégios em obter conhecimento da alta performance e estarão sempre à frente do controle antidoping. Assim como a Sharapova, que usava o Meldonium e seu staff não prestou atenção que entrou no controle antidoping e foi pega.

JClaudio
JClaudio
10 horas atrás
Responder para  Realista

O tênis tem uma particularidade em relação ao doping.
Como é um jogo de sintonia fina, a repetição é algo fundamental.
Muitas vezes o jogador de tênis se dopa para aguentar a repetição. (em busca da perfeição do golpe), geralmente em treinos ou pré temporadas, alguns “somem” por contusão algum tempo, outros abandonam o esporte e “voltam” depois, muitas vezes, os testes antidoping não conseguem detectar( muitas vezes se encontra uma quantidade pequena) outras vezes são burlados de formas inacreditáveis.
Mesmo o passaporte biológico não é uma garantia de nada.
Num esporte onde em um único torneio é pago mais de 7 milhões de dólares, o doping estará presente.

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