Jeddah (Arábia Saudita) – Naturalmente, João Fonseca surge como esperança de grandes conquistas para o tênis brasileiro. Depois de encantar o mundo em fevereiro, dando o seu cartão de visitas no Rio Open, o carioca de 18 anos encerra a temporada com o primeiro troféu de challenger da carreira e agora o título invicto do Next Gent ATP Finals, novamente chocando a todos com o seu talento.
O próprio jovem tenista não esconde que sonha grande e suas principais metas são ousadas, mas ao mesmo tempo prefere adotar um tom mais comedido e colocar os pés no chão. Com maturidade ímpar para alguém de sua idade, ele prega cautela e pensa apenas em viver o presente, dando um passo de cada vez rumo a objetivos maiores.
Logo após a conquista deste domingo, Fonseca falou sobre sua evolução como jogador e revelou o seu grande sonho. “É incrível como melhorei física e mentalmente. Tenho sido muito forte mentalmente, vencendo partidas contra jogadores do top 50, top 20. Estou orgulhoso de mim mesmo, mas é claro que quero mais. Meu sonho é me tornar o número 1. Claro, agora, depois de vencer o Next Gen, quero aproveitar esta semana, relaxar e comemorar com minha família. Quero aproveitar o momento e estou muito satisfeito e grato por este ano”, afirmou em entrevista à ATP.
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Vale lembrar que o brasileiro começou a temporada no 730º lugar do ranking e termina o ano ocupando a 145ª posição. Algumas exibições, derrotando tenistas gabaritados ou até mesmo anotando sua primeira vitória em Masters 1000, em Madri, rapidamente trouxeram comparações com outros jogadores, como Carlos Alcaraz e principalmente Jannik Sinner. Isso, no entanto, não intimida João, que espera em breve atingir o mesmo nível do espanhol e do italiano.
“Isso traz um pouco de pressão, mas é uma pressão boa. Obviamente, eu quero fazer o que eles estão fazendo, atingindo o número 1 do mundo, ganhando Grand Slam, tendo uma rivalidade inacreditável. Espero que, em alguns anos, e eu vou trabalhar muito para isso, eu esteja ali nesse meio e possa disputar finais com jogadores tão grandes como eles”, destacou em coletiva com a imprensa brasileira neste domingo.
Por enquanto, a realidade é outra, e Fonseca tem um longo caminho pela frente. Até por isso, ele tenta tomar cuidado com o excesso de expectativas e prefere deixar o oba-oba para a torcida. “Acho que isso é um pouco da nossa tradição. Quando vemos um jovem brasileiro atingido coisas relativamente grandes, as pessoas já querem colocá-lo como promessa, botar expectativas. E eu quero ser eu, quero ser o João. Obviamente, é bom ter o apoio de todos, ser comparado com mitos do esporte, mas eu quero fazer minha história. Eu só quero ser o João e jogar meu tênis”, frisou.
“Quero viver o presente, não pensar muito no futuro, no que eu vou ser, no que eu vou conseguir alcançar ou se eu não vou conseguir. Quero seguir trabalhando na minha rotina junto com pessoas que me ajudam e querem meu bem, querem me ver alcançar coisas grandes e não ficar pensando muito nessas coisas de prodígio. Não tenho que pensar nisso, apenas viver o presente mesmo”, acrescentou.
Conquista especial e conversas com Nadal
Último jogador a se classificar para o Next Gen deste ano, Fonseca acredita que chegou como uma espécie de azarão em Jeddah e reforça que só o fato de ter conseguido disputar o torneio já foi muito importante. “Eu fui meio que o “underdog“, mas joguei partida por partida e agora consegui o título. Só de ter me qualificado já é muito importante para mim, como pessoa e como jogador. Você está disputando contra jogadores muito tops, sendo que os sete eram melhores do que eu, então não queria perder para nenhum deles. É muito especial só de estar participando disso e tem um significado muito importante. Esse título me dá mais confiança para começar o ano que vem”, afirmou.
Além da experiência de jogar o torneio pela primeira vez, Fonseca teve a oportunidade de compartilhar alguns momentos com o espanhol Rafael Nadal, a quem considera uma de suas principais referências no tênis. O brasileiro citou conversas que teve com o canhoto de Mallorca e admitiu que ficou nervoso ao jogar na frente do ídolo.
“Ter o Nadal aqui é sensacional. Eu e mais dois jogadores que estavam aqui tivemos uma pequena conversa com ele, fizemos algumas perguntas e, assim, é sensacional a aura que ele transmite, é coisa uma coisa surreal. Sem câmera também conversamos, ele me desejou boa sorte e depois do jogo nos encontramos novamente, e ele falou coisas super legais para mim. Obviamente tem um pouco de nervosismo de jogar na frente dele, mas eu consegui me sair bem. No primeiro set mais ou menos, mas depois eu conseguir me sair bem”, completou.
E 2025?
Já pensando na próxima temporada, João Fonseca sabe que os desafios serão ainda maiores. Além de ser um jogador mais conhecido, ele disputará eventos de primeira linha e, consequentemente, adversários mais gabaritados. No entanto, ele se diz pronto para encarar tudo de frente e revelou sua principal meta para 2025.
“Vai ser um ano desafiador para mim porque vai ser meu segundo ano como profissional e tenho que defender pontos. Mas vai ser um ano interessante, no qual já vou estar mais acostumado com o circuito, mais maduro. Começando o ano bem, é seguir mais confiante. Uma das minhas metas é jogar as chaves principais de Grand Slam e disputar cada vez mais os torneios grandes. É onde eu quero estar”, finalizou.
Não sabemos se ele realmente vai chegar lá, mas pelo menos podemos voltar a sonhar!
Após decepções sucessivas com Bellucci e Monteiro, enfim temos um tenista que dá muita esperança do tenis brasileiro reviver!
Conta mais sobre essas decepções. Você achava que eles seriam tenistas de que faixa do ranking? Não foi mais ou menos dentro do esperado?
O Thomaz poderia ter sido mais consistente no Top 30 e o Thiago alcançado o Top 60?
Pra ser justo, o Monteiro não foi tão decepção… Na verdade ele chegou mais longe do que seu nível precedia. A decepção foi mais por ser o principal tenista brasileiro por alguns anos e não chegar perto de vencer um Atp. E por perder muitas partidas para adversário teoricamente bem inferiores. Até hoje em dia ele sofre contra um top 500…
O Bellucci fez um único belo atp de Madri em 2011 em que se posicionou junto a alguns peixes grandes, mas depois nunca mais repetiu esse feito e passou seus últimos 5 anos sem sequer voltar ao top 100 e caindo cada vez mais até um ponto de perder para tenista top 2000.
Não perderei meu tempo com essa discussão, esses dois aí são amarelões, nenhum dos dois tem preparo psicológico, se o jogo passasse ao vivo na TV eles entregavam rapidamente, não suportavam a pressão!
Bellucci era ótimo jogador, mas de repente dava aqueles apagões.
O Realista foi apenas… Realista.
Brasileiro não gosta de esporte, gosta de ganhar. Se não for #1 e campeão (e de preferência todo torneio, toda corrida, toda luta), é “decepção”.
Fico só imaginando/contabilizando aqui na minha cabeça, o tanto de alma sebosa que estaria postando algo na linha do “ganhou todas e perdeu a final, amarelou” que estaríamos lendo aqui e por aí, caso ele tivesse perdido hoje.
Decepções com Bellucci e Monteiro???? Que tipo?
Claro que Bellucci e Monteiro poderiam e mereciam ter consquistado mais, mas tiveram boas carreiras, principalmente o Bellucci. Acho que o Bellucci poderia ter sido TOP20, tinha bola pra isso pois pra mim era melhor que Pella, Paire, Cechinato, Tabilo e Florian Mayer, que foram TOP20, e ter tido mais bons resultados em Master 1000 e Grand Slam, mas deu azar em cruzar com Rafael Nadal em RG nas oitavas e ter feitos várias oitavas de Master contra o Djokovic. Monteiro poderia ter feito uma final de ATP e ter sido TOP50, já que pra mim não é pior que Pedro Cachin, Londero e Carballes Baena, por exemplo. Mas Bellucci ficou 45 semanas no TOP30, fechou 5 vezes o ano no TOP50 e fez 8 finais de ATP. Monteiro foi um TOP100 consistente. Falta reconhecimento a eles.
Esse rapaz é um troll de marca fina. Nunca torceu pelo Monteiro em nada: sempre criticou o cara até quando ele vence…e agora vem dizer que o Monteiro é “decepção”.
Daqui a pouco, quando o Fonseca perder algum jogo, ele vai dizer que o rapaz é uma “decepção” também…
Tá sonhando bem alto mas é inegável o potencial do garoto. Aos 18 anos já tem todos os golpes e certamente vai evoluir muito.
Quero ver esse garoto formando o novo Big 3 depois que o Djoko enfim parar, mas é um caminho longo até acontecer. Agora é impressionante o que esse garoto já joga com esse idade, sendo com razão comparado a fenômenos como Sinner e Alcaraz, que faça as melhores escolhas na carreira pra brigar lá no topo do ranking.
Nada ainda de convite do Australian Open???
Infelizmente, e como mestre Dalcim pontuou anteriormente, as chances do nosso João Fonseca receber um convite para entrar na chave principal do Australian Open são pequenas . Vamos torcer para que ele chegue logo entre top 50 e 40, pois aí, creio, ele sempre poderá participar de ATPs 250, 500 e 1000, e dos 04 GS.
Por enquanto, tome qualies…
Corrijam-me, se eu estiver equivocado.
Qual o próximo torneio do Fonseca?
A lista dos 8 WC da chave principal do AO já foi confirmada até a última sexta-feira: Lucas Pouille, Nishesh Basavareddy, Stan Wawrinka, Tristan Schoolkate, Li Tu, Omar Jasika, James McCabe, Kasidit Samrej.
Fonseca vai ficar com sua vaga garantida do qualy mesmo.
Alguém poderia dizer se Fonseca é bom jogador no saibro?
No piso rápido já mostrou que é fera!
Ele ganhou dois jogos de ATP 500 no saibro, um de Masters 1000, fez final de challenger e quartas de ATP 250, Hugo, somente neste ano.