Riad (Arábia Saudita) – Atual campeã do WTA Finals, Iga Swiatek está de volta ao circuito e inicia a defesa do título no próximo domingo, quando enfrenta a tcheca Barbora Krejcikova, a partir do meio-dia (de Brasília). A atual número 2 do mundo disputa seu primeiro torneio desde o US Open. E nesse intervalo também trocou de treinador, com a saída de Tomasz Wiktorowski e a chegada de Wim Fissette. Mesmo sem ter jogado nas últimas semanas, a polonesa destaca o bom nível dos treinos e acredita que fez uma boa preparação para o Finals.
“Cheguei bem cedo. Estou feliz por ter tido tempo de me acostumar com as condições. Não acho que esse tempo sem competir vai ser um problema. Não me sinto enferrujada. Também fiz bons treinos aqui com Aryna [Sabalenka] e Qinwen [Zheng]. Tenho praticado dessa forma. Não sinto que perdi muito”, disse Swiatek na coletiva de imprensa desta sexta-feira em Riad, na Arábia Saudita.
“Honestamente, não foi uma pausa muito longa ainda. Foi só um pouco mais longa do que uma pré-temporada normal. Passei esse tempo ainda jogando tênis e me concentrando em encontrar um novo treinador, fazendo essa transição. É sempre complicado. Para mim, é uma decisão que espero ter impacto em muitos anos, porque penso na minha carreira a longo prazo”, acrescentou a jogadora de 23 anos.
Disputa pelo número 1 com Sabalenka
Swiatek tem a chance de voltar à liderança do ranking durante o WTA Finals. Para isso, ela precisa ser campeã e torcer para que Sabalenka não chegue à final e também não termine invicta a fase de grupos. Se a bielorrussa vencer seus três jogos na primeira fase, já garante a permanência no número 1 até o fim da temporada. O foco da polonesa, entretanto, é tentar o bicampeonato, independentemente de como estará o ranking após o torneio.
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Foi muito bom treinar com a Aryna porque não fazíamos isso há um tempo, provavelmente desde 2022. Já faz muito tempo. Não tenho certeza do porquê (sorrindo). Foi um treino muito bom. Ela é uma ótima jogadora e também meio que merece ser a número 1 do mundo. Com certeza vou lutar para estar nessa posição de novo. Obviamente, nós duas estamos disputando a liderança nos últimos anos. Mas o foco é o torneio. Quero jogar meu melhor tênis aqui e conquistar o título. Vou me concentrar apenas na minha primeira partida e fazer tudo passo a passo.
Chegada do novo treinador à equipe
Vencedora de cinco títulos de Grand Slam, Swiatek segue disposta a melhorar seu nível de tênis e trazer mais recursos para o seu jogo. E esse foi um dos motivos para a mudança na equipe e a chegada do experiente Fissette, que já treinou nomes como Victoria Azarenka, Angelique Kerber, Naomi Osaka, Simona Halep e Kim Clijsters.
“Com certeza quero melhorar meu saque, como tenho feito nos últimos anos. E sinto que ainda preciso continuar assim. Ainda não sou uma jogadora completa. Acho que taticamente há muitas maneiras de ter mais variedade na quadra e o Wim tem algumas boas ideias. Honestamente, por enquanto, estamos apenas nos preparando para este torneio e nos conhecendo. As mudanças reais, vamos falar sobre elas durante a pré-temporada porque é o momento certo para isso”.
Obrigatoriedade dos torneios e exemplo de Djokovic
Durante esse período de inatividade no circuito, Swiatek perdeu a liderança do ranking para Sabalenka. E troca de posições entre as números 1 e 2 do mundo veio um pouco mais cedo que o esperado porque elas sofreram uma dedução de pontos no ranking da WTA, já que não atingiram o requisito mínimo de disputar seis torneios de nível 500 na temporada.
“Sinceramente, não me importo. Sabia que iria perder a liderança há duas semanas. Este foi o primeiro ano com todas essas obrigações nos torneios. Talvez no final da temporada seja um bom momento para dar algum feedback e falar sobre isso internamente com a WTA. Às vezes é difícil tomar uma decisão. Mas quando faço isso, geralmente não me arrependo. Se eu tomar uma decisão, tenho certeza de que será boa. Então, basicamente, confio em mim mesma”, ponderou a polonesa, que vêm em Novak Djokovic um exemplo de boa administração do calendário para jogar melhor nos torneios grandes.
“Provavelmente no futuro também terei que tomar algumas decisões. Você pode ver os jogadores mais experientes no circuito, que são um pouco mais velhos, pulam alguns torneios, mas são capazes de jogar melhor nos Grand Slams e nos maiores eventos com os quais eles realmente se importam. Acho que Novak é um ótimo exemplo disso. Podemos aprender com pessoas assim”.