Por Rodrigo Mendonça
De São Paulo/SP
Laura Pigossi é muito mais do que uma atleta de tênis; é um exemplo de paixão, resiliência e amor ao Brasil. Sua trajetória no circuito vai além de vitórias ou medalhas, mas reflete o impacto que ela gera ao mostrar o que é possível alcançar com dedicação e um vínculo inabalável com suas raízes. Embora tenha passado grande parte da vida fora do Brasil, residindo na Espanha, é ao vestir as cores brasileiras que Laura se transforma em uma força imbatível.
Sua paixão pelo que faz transparece em cada jogo, mas é ao atuar em solo brasileiro ou em competições internacionais com a bandeira verde e amarela que ela revela sua verdadeira essência. A conexão com a torcida e o significado de competir pelo Brasil ficam ainda mais evidentes nesses momentos, quando Laura parece transcender os limites da quadra, guiada por um senso de pertencimento e dever, quase se tornando uma só com o público.
Quando entra em quadra, seja em casa ou representando seu país mundo afora, Pigossi invoca a torcida e exala uma energia de formas únicas, fazendo com que um aproveite o melhor do outro. Para ela, a quadra é um espaço onde se expressa como atleta e, ao mesmo tempo, como brasileira, conectando-se com suas raízes de uma maneira única.
A medalha de bronze conquistada nas Olimpíadas de Tóquio de 2020, ao lado de Luísa Stefani, é um marco de sua carreira, não apenas pelo feito inédito, mas por simbolizar o quanto Laura se eleva ao representar o Brasil em grandes palcos, mesmo em momentos como esse, quando jogou para arquibancadas vazias.
Esse traço de resiliência aparece em atletas como Laura, que valorizam a oportunidade de representar seu país de origem, mesmo com suas vidas tendo se desenrolado em outras partes do mundo.
Em um esporte no qual, por via de regra, o atleta passa a maior parte do tempo sozinho e representando a si mesmo, com poucos momentos para representar seu país e sua origem, Pigossi se torna necessária, pois mostra que a noção e a valorização de onde viemos, onde chegamos e o reconhecimento de quem fez parte dessa jornada, às vezes, são mais importantes do que nosso próprio sucesso pessoal.
O sentimento de transformação ao jogar pelo Brasil foi novamente evidente durante os Jogos Pan-americanos de 2023, quando Laura conquistou o ouro em simples e em duplas. Como a primeira brasileira a alcançar tal feito em décadas, Laura demonstrou que seu desempenho atinge um novo patamar ao vestir as cores do Brasil. Ao carregar a bandeira com orgulho, ela enfatizou que aquela não era apenas sua: tratava-se de uma vitória coletiva para o país que tanto ama e que a apoia em todos os momentos.
Laura exemplificou isso de maneira ainda mais marcante dias atrás, quando, aos 30 anos de idade, venceu o ITF W75 de São Paulo, no clube Paineiras. Esse triunfo foi especialmente significativo, pois foi naquele mesmo clube que, em 2006, Laura conquistou um título juvenil. Dezoito anos depois, retornar ao Paineiras e vencer o segundo maior título de sua carreira profissional foi mais do que uma simples vitória: foi a realização de um ciclo completo. Ao conquistar o título, Laura emocionou-se ao recordar a importância daquele clube em sua formação como atleta, ressaltando que foi um dos locais onde sua jornada no tênis começou. Agora, como uma atleta mais experiente, ela pôde homenagear suas raízes e o apoio recebido ao longo do caminho.
A história de Laura vai além das quadras, conectando-se com uma paixão por um propósito maior do que si mesma. Competir pelo Brasil é uma honra inigualável, posicionando-se como representante de uma geração de atletas que vê o esporte como uma plataforma para unir pessoas e inspirar jovens tenistas. Mais do que apenas colecionar títulos, Laura quer deixar um legado de dedicação, amor ao esporte e orgulho nacional. Ao entrar em quadra, ela carrega não apenas a esperança de vitória, mas a responsabilidade de inspirar milhões que a assistem.
Realmente a Laura pigossi é uma guerreira, lutadora é um exemplo para o Brasil de uma tenista que merece o ranking que está que acho que é top130.ainda e nova e tem muita lenha para queimar. Vamos Laurinha
Belo texto. Lindas palavras para descrever uma jogadora que mesmo enfrentando adversárias melhores física e tecnicamente, se mantém resiliente, batalhando em cada ponto, sem desistir. Uma guerreira sem dúvidas
Acho sempre ruim textos que exploram o “nacionalismo” no esporte.
Penso que uma coisa não tem nada a ver com a outra.
O esportista não “cresce” porque é Brasil (outras circunstâncias acontecem).
Vi algumas entrevistas da Laura, acho alguém de personalidade e com opiniões interessantes.
Como tenista, mostra vontade, mesmo não conseguindo atingir um bom nível.
(Muitas vezes, elogiamos uma atleta (Laura) pela vontade e “brasilidade” e criticamos outra (Bia) pela “fragilidade emocional”, mesmo assim, está entre as melhores).
Se acreditar e com boa sorte pode subir no ranking. Por exemplo, a mexicana Renata Zarazua, com o mesmo porte físico depois de muito insistir entrou no top 100 e hoje ocupa a posição 71.
Eu só não entendo como que ela tá tão baixa no ranking da race, ela tá no 180 com 105 pontos, sendo que ela nem tem tanto ponto pra defender tirando o 125