Nova York (EUA) – A melhor campanha da carreira de Taylor Fritz em um Grand Slam terminou com o vice-campeonato do US Open. Neste domingo, o norte-americano foi superado por 3 sets a 0 pelo italiano Jannik Sinner e viu escapar a chance de faturar o seu maior título. Para um jogador que nunca tinha passado das quartas de final de um torneio desse porte, o resultado pode até uma grande conquista, mas por enquanto Fritz segue frustrado com a derrota.
“Foi uma partida muito difícil para mim. Eu tinha um plano do que queria fazer, algumas partes eu fiz bem, mas outras eu definitivamente não consegui. Não bati na bola tão bem quanto eu esperava e isso é algo muito importante se eu quisesse vencer, porque ele [Sinner] é um batedor incrível. Os fãs americanos queriam um campeão masculino, algo que há muito tempo não acontece, então estou muito chateado com a forma como joguei. Eu sinto que decepcionei muita gente hoje”, lamentou o vice-campeão.
Por outro lado, Fritz entende que terá muitas lições para tirar dessa campanha e que no momento certo irá absorver o lado positivo de tudo o que viveu nas últimas duas semanas. “Obviamente, há muitos pontos positivos, e quando eu tiver algum tempo para me acalmar ficarei feliz com o fato de ter chegado à final. Mas agora estou bem decepcionado com a forma como eu joguei e bati certos golpes. É uma droga. E não estou dizendo que necessariamente isso teria feito diferença, mas eu gostaria de ter jogado melhor e me dado uma chance melhor”, complementou.
Campanha sólida e espaço para evolução
Ao olhar para o todo e ver o quão longe chegou no seu Grand Slam caseiro, o norte-americano concorda que fez um grande trabalho, mas ao mesmo tempo reconhece que não teve um desempenho fora da curva, aproveitando as oportunidades de um torneio que logo cedo perdeu dois de seus principais favoritos, abrindo os dois lados da chave.
“Obviamente Carlos [Alcaraz] e Novak [Djokovic] e alguns outros perderam no começo, então isso realmente abriu muito a chave. Isso foi muito positivo para mim, porque não sinto que em nenhum momento específico dessas duas semanas joguei um tênis incrível. Sinto que joguei de uma forma bem sólida, mas nada especial. Não acertei meu backhand tão bem quanto gostaria, não saquei tão bem quanto gostaria. Felizmente, ainda consegui me safar e segurar na competição”, explicou.
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Ele também entende que para ganhar torneios deste nível é preciso fazer algo mais, principalmente diante dos melhores tenistas do mundo. “Eu acho que dá para chegar em fases mais avançadas, nas quartas de final e coisas do tipo, apenas jogando um tênis sólido, mas para vencer os caras do topo você precisa trazer o seu melhor jogo”, frisou.
Por outro lado, Fritz entende que se conseguiu chegar à decisão jogando no seu nível padrão poderá sonhar com algo maior se conseguir evoluir. “Acho que é extremamente reconfortante para mim que eu tenha conseguido chegar a esse ponto apenas jogando um tênis sólido. Sei que ainda há muito espaço para melhorar. E uma que eu disse durante toda a minha carreira é que quando faço algo uma vez, me sinto muito mais confiante para fazê-lo novamente. Algumas vezes, levei um tempo para chegar a uma certa conquista, mas sempre senti que, uma vez que fiz algo, ganhei muita confiança para repeti-lo.”
Emoção por disputar a primeira final de Slam
Em outro trecho da coletiva, Taylor Fritz falou sobre os sentimentos de jogar pela primeira vez uma decisão de Grand Slam e destacou a emoção de entrar no Arthur Ashe Stadium lotado e com a torcida toda a seu favor. “Ao entrar na quadra e ouvir a multidão enlouquecendo eu quis apenas aproveitar o momento. Estava indo para a Ashe jogar a final do US Open, é o que eu sonhei a vida inteira. Quase me emocionei, mas eu estava muito feliz e pronto para aproveitar o momento. Como eu disse, não me senti muito nervoso, me senti muito bem, só esperava realmente sair e jogar melhor desde o começo”, descreveu.
Tem muito futuro, mas hoje não deu para o “solid snake”. Sinner entrou em quadra e se aproveitou muito bem da casca que criou na pele.
Jogou como nunca!
Perdeu…
Final horrível. Foi amassado.
Pior final de Slam do ano. A sensação era de que bastava o Sinner apertar um pouco que o Fritz entregava a rapadura sem reclamar.
É para a ATP e os fans de tênis ficarem preocupados: como um jogador como o Fritz chega numa final de US Open?