Montréal (Canadá) – Depois de um longo período afastado das quadras devido a uma lesão no cotovelo, precisando passar por cirurgia, o espanhol Pablo Carreño Busta vai aos poucos retornando aos principais palcos do tênis. Nesta semana, em Montréal, ele disputará seu primeiro torneio de nível Masters 1000 desde novembro de 2022, quando caiu nas oitavas de final em Paris-Bercy.
De lá para cá, o ex-top 10 jogou apenas 13 partidas, cinco delas já em 2024, conseguindo uma única vitória no challenger de Poznan, no saibro polonês, em junho. Diante de tantas dores e dificuldades, Carreño admite que chegou a cogitar a aposentadoria, temendo não encontrar as condições certas para voltar ao circuito.
“Às vezes eu pensava sobre isso. Eu não queria fazê-lo, mas quando você para por um ano e meio, é normal que você pense em muitas coisas. Eu não sabia como minha vida continuaria depois de me aposentar. Olhe para Novak, por exemplo. Ele tem 37 anos e continua jogando neste nível. Então, espero estar aqui no circuito pelos próximos anos”, explicou o espanhol de 33 anos.
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A lesão no cotovelo o obrigou a ficar oito meses parado em 2023 e, em outubro, ele tentou jogar dois challengers, mas as dores ficaram insustentáveis e ele passou por uma cirurgia. Por mais difícil que tenha sido passar tanto tempo longe do esporte, isso lhe deu uma nova perspectiva.
“Tentei trabalhar muito para voltar. Fiz tratamentos com os fisioterapeutas, com os médicos, fiz muita academia, tentei jogar tênis. Houve momentos difíceis, mas é verdade que, em um ano e meio, tive muito tempo para aproveitar com minha família também, para fazer coisas que normalmente não conseguiria fazer. Por exemplo, no verão passado eu peguei férias. Normalmente, no verão, estou nos Estados Unidos ou no Canadá jogando esses torneios, então foi diferente. Mas acho que neste momento prefiro estar aqui jogando tênis”, comentou.
Memórias afetivas em Montréal
O palco para seu retorno em um Masters 1000 não poderia ser outro senão justamente o mesmo onde conquistou o maior título de sua carreira, em 2022. “É muito especial, claro, porque ganhei aqui há dois anos, mas também porque no último ano e meio fiquei fora do circuito machucado. Estar aqui novamente é muito importante para mim, pois eu não sabia se seria possível continuar jogando tênis ou não.”
“Aquela foi provavelmente a melhor semana da minha vida. Gostaria apenas de aproveitar esses momentos, ganhar confiança extra para estar aqui e tentar fazer uma boa semana. Sei que provavelmente meu nível não é o mesmo de dois anos atrás. Sei que não estou 100% neste momento, mas veremos o que acontece. Acho que o mais importante é que estou saudável”, completou.
33 anos ainda da para jogar mais uns 3 anos