Krejcikova derruba Rybakina e volta a uma final de Slam após 3 anos

Foto: Edward Whitaker/AELTC

Londres (Inglaterra) – Três anos depois de conquistar seu primeiro título de Grand Slam, em Roland Garros, Barbora Krejcikova está de volta à final de um grande torneio, desta vez em Wimbledon. A experiente tcheca de 28 anos e 32ª do ranking eliminou nesta sexta-feira a cazaque Elena Rybakina, número 4 do mundo e campeã em 2022, com parciais de 3/6, 6/3 e 6/4 em 2h07 de partida. Foi a terceira vitória de Krejcikova contra Rybakina no circuito e ela segue sem perder da cazaque.

Ex-número 2 do mundo em simples e campeã dos quatro Grand Slam nas duplas, Krejcikova sofreu uma lesão nas costas no início da temporada e chegou a ficar quatro meses sem vencer entre fevereiro e junho. A recuperação veio na grama, com uma boa campanha até as quartas em Eastbourne. E agora em Wimbledon, acumula seis vitórias seguidas, o que a ajuda a voltar ao grupo das 20 melhores do mundo.

A adversária de Krejcikova na final de sábado às 10h (de Brasília) será a italiana Jasmine Paolini, sétima do ranking, que conseguiu uma grande virada sobre a croata Donna Vekic com parciais de 2/6, 6/4 7/6 (10-8). O único duelo anterior entre elas aconteceu no quali do Australian Open de 2018, com vitória da tcheca.

Superada na semifinal desta quinta-feira, Elena Rybakina vinha com grande favoritismo no torneio e tentava chegar à sua terceira final de Slam. Além da conquista em Wimbledon há duas temporadas, a cazaque de 25 anos também foi finalista do Australian Open em janeiro do ano passado.

Rybakina começou vencendo por 4/0

O início da semifinal desta quinta-feira foi arrasador para Rybakina, que conseguia se impor graças a seu ótimo saque e potência nos golpes para dominar os ralis de fundo. A cazaque conseguiu duas quebras seguidas e saiu vencendo por 4/0. Krejcikova devolveu uma das quebras e ainda salvou dois set-points em seu serviço, mas a vantagem construída pela cazaque foi confortável para vencer a parcial. Muito mais agressiva em quadra, Rybakina fez 19 a 3 nos winners e cometeu 15 erros contra 7.

Mudança tática da tcheca e muitos erros da cazaque

Krejcikova começou o segundo set salvando break-points em dois games distintos, contou com um erro da cazaque na abertura da parcial e salvou o outro com boa aproximação à rede. Jogando de forma mais agressiva, a tcheca começou a mexer mais a rival do fundo de quadra. Ela também fez bom uso dos slices, inclusive de forehand, forçando Rybakina a bater em algumas bolas agachada ou desequilibrada. A tcheca conseguiu uma quebra e abriu 5/2. Sacando para o set, passou por algumas oscilações e fez três duplas faltas no game, mas conseguiu manter o serviço e igualar a partida.

A estratégia adotada por Krejcikova em combinar um jogo de mais potência com variações de golpes e alturas de bola seguia funcionando no terceiro set, enquanto Rybakina estava cada vez mais perdida em erros. E desta vez, a tcheca passou a confirmar seus games de serviço de forma muito mais segura, sem dar chance para a cazaque ser tão efetiva nas devoluções. Com apenas uma quebra, a tcheca abriu 4/3 e soube administrar a vantagem para consolidar a virada.

Rybakina liderou a estatística de aces por 7 a 4 e a de winners por 37 a 24, mas cometeu 36 erros contra 26 da tcheca. A cazaque conseugiu três quebras na partida em nove break-points, mas perdeu quatro games de saque.

16 Comentários
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Rodrigo
Rodrigo
4 meses atrás

Que tragédia!! Rybakina deu mole, as vezes acho que ela é muito apressada, ela erra e já vai p próxima, não vai na toalha etc. Mais que pena

DENNIS SILVA
DENNIS SILVA
4 meses atrás

Rumo ao título. A desanimada Ribakina perdeu. E muitos achavam que já estaria na final. 3 x 0 no head to head.

Flávio
Flávio
4 meses atrás
Responder para  DENNIS SILVA

Falei isso aí em cima, se fosse a iga, sua adversária, a Ribakina tinha ganho porque tem retrospecto melhor e isso faz diferença.

Carlos Alberto Ribeiro da Silv
Carlos Alberto Ribeiro da Silv
4 meses atrás

As duas finalistas com idades bem próximas, A Krejcikova nasceu em 18/12/1995 e a Paolini em 04/01/1996. 17 dias de diferença entre as duas.

Flávio
Flávio
4 meses atrás

Carlos é bom ver a Krejikova da escola tcheca voltando porque tem qualidade técnica superior da número 1 atual, que tem pouca, o que precisa é melhorar o saque e a forma física, agora a chave que tinha Ostapenko, Svitolina, Ribakina e Krejikova era uma chave difícil e a Krejikova sobreviveu e acho que chega com moral pra ganhar,se vai ganhar eu não sei pois este Winbledon está imprevisível mas acho que ela tem uma grande chance contra a mediana Paoline que também fez bonito chegando à final.

Eduardo
Eduardo
4 meses atrás

A tcheca do tênis versátil superou a ótima casaque na grama. Se juntar Krejcikova e a compatriota Muchova sai um recital belíssimo de tênis. Muita variação pra superar o tênis força.

Flávio
Flávio
4 meses atrás
Responder para  Eduardo

Eduardo onde é que eu assino? Pois é cara essas 2 citadas têm ótimas qualidade técnica que a número 1 atual ainda não tem.

Flávio
Flávio
4 meses atrás

Não vi a primeira semifinal e dizem que foi um bom jogo, essa eu vi que foi um jogo legal, aliás, Winbledon apresentou alguns bons jogos das moças, mesmo estando limitado, que não teve em RG, pois RG só teve 1 que foi Osaka x Iga que valeu apenas por causa entrega delas e só, agora analisando este jogo vi que a Ribakina estava em momento melhor, mas depois que sofreu a quebra no segundo set ficou apreensiva e sentiu o retrospecto ruim contra a Krejikova que nunca perdeu pra Ribakina acho que isso fez diferença fazendo com que ela cometesse mais erros, pois se fosse outra com a vantagem de 1 set acho que teria ganho. Então como a Krejikova sobreviveu à chave difícil deve chegar com mais força pra final pra tentar ganhar o segundo Slam se vai ganhar eu não sei devido à imprevisibilidade delas, mas acho que tem um percentual mais do que a Paoline porque ganhou da Ostapenko e Ribakina que são adversárias mais difíceis do que a Paoline enfrentou.

Profeta do Kaos
Profeta do Kaos
4 meses atrás

Adoro!

Vicentina
Vicentina
4 meses atrás

Queridos a Ribakina e sua instabilidade emocional deve está p. da vida por ter perdido, ela tinha bom retrospecto na grama e um favoritismo só que ela não soube lidar com isso e até saiu na frente,não consegue ganhar da Krejikova nem na grama. Realmente ambas que chegaram foi imprevisível mesma, tanto Paoline e Krejikova, mas o jogo da Krejikova é legal e vou torcer pra ela.

Robert
Robert
4 meses atrás

Para calar o mané do entrevistador dela no último jogo…. Praticamente desdenhou dela… Ridicularizou sugerindo que ela perderia.
A final será interessante….
A italianinha parece um foguete, vai ser mais um jogo duro!

Gisele Matias
Gisele Matias
4 meses atrás

O tênis feminino é imprevisível

Flávio
Flávio
4 meses atrás
Responder para  Gisele Matias

Sim neste Wimbledon foi, mas quando se fala a verdade que o tênis feminino atual está limitado que as vezes apresenta boas surpresas aí vem os torcedores da polonesa aqui negar ou teimar, pois não aceitam a verdade , então o saber analisar isso com cuidado é questão de bom senso.

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[…] adversária de Paolini na final do próximo sábado às 10h (de Brasília) será a tcheca Barbora Krejcikova, ex-número 2 do mundo e atual 32ª do ranking, que derrotou a cazaque Elena Rybakina, quarta colocada e campeã em 2022, […]

Fernando Venezian
Fernando Venezian
4 meses atrás

Mesmo torcendo pela Rybakina, não lamentei, pois admiro a escola tcheca! Não dá pra subestimar os profissionais daquele país!

Carlos
Carlos
4 meses atrás

Queria v aquele jornalista q ontem entrevistou a krejcikova , falou pra ela q a rybakina tinha 04 braços, 04 pernas..como se fosse impossível ela vencer.. acredito q ele teve justa causa pela consciência..

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