Moyá ainda não sabe o que fará depois que Nadal aposentar

Roma (Itália) – Embora a campanha do espanhol Rafael Nadal no Masters 1000 de Roma não tenha sido muito longa, caindo na segunda rodada diante do polonês Hubert Hurkacz , deu tempo para que seu treinador, o compatriota Carlos Moyá conversasse com a SuperTennis TV sobre o momento do pupilo, que conseguiu disputar três torneios seguidos e decide se vai disputar Roland Garros ou não.

Questionado sobre o que fará depois que Nadal parar, ele foi bem sincero. “A verdade é que nem sei, ainda não pensei nisso, o foco é aproveitar o momento. Sei que cada jogo que ele disputa pode ser o último, sei que tudo isso não vai voltar no futuro por causa da relação especial que temos há tantos anos. Procuro aproveitar esses momentos e dar 100%”, afirmou Moyá.

“Não sei o que o futuro trará, mas acho que eu gostaria de ficar tranquilo por alguns meses em casa, sem pressão, estando com a família. Depois de tantos anos viajando, é bom ficar em casa, tenho certeza que não vou ficar entediado, mas talvez alguns meses depois eu fique entediado e queira fazer alguma coisa”, acrescentou o ex-número 1 do mundo.

Moyá disse também que trabalhar com Rafa é uma pressão bacana de se ter. “Estou com um dos grandes da história, alguém que teve pressão para vencer praticamente todos os torneios que disputou. Tenho a sorte de o conhecer desde os 11 anos, conhecê-lo assim como ao resto da família ajuda muito no dia a dia, embora as situações tenham mudado”, comentou o técnico.

“Temos que ajudá-lo a se sentir bem em quadra, mas dando espaço para ele nas horas vagas e com a família. Rafa é o primeiro a se cobrar. Fora de quadra às vezes você tem que estar um pouco por cima porque também tem o sentimento dele e a vontade dele de fazer as coisas, é aí que a gente tenta contribuir e agregar”, disse Moyá.

O treinador também falou sobre as mudanças no trabalho com Nadal nesta reta final de carreira. “Entendemos a situação, conhecemos o ser humano que o Rafa é e tentamos conversar porque as prioridades dele agora não são as mesmas de cinco anos atrás. Devemos exigir, mas também dar liberdade quando necessário”, finalizou.