Felipe Priante
Rio de Janeiro (RJ) – Depois de muita espera, enfim um brasileiro conseguiu conquistar o título do Rio Open. Coube ao gaúcho Rafael Matos a honra de ser o primeiro tenista do país a triunfar no ATP 500 carioca. Neste domingo, ele e o colombiano Nicolas Barrientos venceram os austríacos Alexander Erler e Lucas Miedler em sets diretos e levantaram a taça.
“A mentalidade foi um ponto forte nesse torneio porque perdemos o primeiro set nos três primeiros jogos”, analisou o gaúcho, lembrando as três viradas que tiveram na campanha rumo ao título. Curiosamente a única partida em que eles jogaram bem do começo ao fim foi justamente na decisão, em que não deram chances aos rivais austríacos.
“Finalmente começamos bem hoje, mas mantive a mesma rotina. Há anos faço as mesmas coisas antes dos jogos. Acho que começamos bem porque a vontade estava grande”, disse Matos, que com a conquista do maior título da carreira nas duplas masculinas voltará ao top 50, subindo para o 46º lugar, voltando a ser o melhor brasileiro nas duplas.
O gaúcho não escondeu a felicidade pela conquista dentro de casa. “É muito especial, não poderia ter pedido esse título de 500 em um outro lugar. Acho que o torneio merecia isso, nas duplas já tinha batido na trave quatro vezes. É um torneio incrível, a torcida brasileira sempre apoiando e foi uma semana incrível para os brasileiros. Estamos em um grande momento do tênis brasileiro e foi bastante merecido”.
Emoção ao lembrar do tio
Contrastando com a alegria da conquista, Matos também se emocionou ao lembrar da família e do tio, que faleceu no ano passado bem quando ele estava para jogar a final do ATP 250 de Chengdu. Na entrevista coletiva após o título no Rio Open, ele lembrou do ocorrido até engasgou um pouco antes de falar sobre o assunto.
“Na final de Chengdu, meu pai me ligou e disse que meu tio tinha falecido. Ele e minha avó eram muito apegados, ele morou a vida inteira com ela e eu queria muito aquele título, não veio, mas dei o troféu de vice para ela. Minha família é tudo para mim”, falou o gaúcho de 28 anos.
As adversidades superadas no decorrer da carreira, passando tempo longe da família e sentindo falta de casa nos primeiros passos no tênis profissional também foram destacadas por Matos, assim como a parceria com o treinador Franco Ferreiro. Ele exaltou a força para superar as adversidades que tiveram no início de trabalho, principalmente na busca por resultados e na dificuldade em arrumar um lugar para treinar.
Parabéns gauchão!!!
Siga com o Barroso e será ganhador o ano todo. Avante Minuano!
O Rafa Matos tem 26 anos, e não 28.
Acho que você está enganado. Ele completou 28 no dia 6 de janeiro, já que nasceu em 1996.
Muito merecido. Parabéns, Rafael!!! Que venham mais títulos pra você nesta temporada!