Gauff derrota Kostyuk na marra e vai às semifinais

Foto: Tennis Australia

Melbourne (Austrália) – A partida que abriu as quartas de final da chave feminina do Australian Open, nesta terça-feira, deixou bastante a desejar pelo nível de tênis. Mesmo jogando muito abaixo de seu potencial, a norte-americana Coco Gauff conseguiu fazer o suficiente para bater uma também nada inspirada Marta Kostyuk, derrotando a ucraniana com parciais de 7/6 (8-6), 6/7 (3-7) e 6/2, após 3h08 de batalha.

Depois de conseguir uma vitória sofrida, Gauff terá que jogar muito mais nas semifinais, quando tem tudo para enfrentar a bielorrussa Aryna Sabalenka, atual campeã do torneio e a mais bem cotada ao título entre as jogadoras que chegaram nas quartas. Porém, a número 2 do mundo terá antes que confirmar o favoritismo contra a tcheca Barbora Krejcikova.

Esta foi a 10ª consecutiva de Gauff na temporada, que começou com a conquista do WTA 250 de Auckland e agora chega pela primeira vez na semi em Melbourne. A norte-americana era uma das duas que não havia perdido set até as quartas de final, junto com Sabalenka, mas agora apenas a bielorrussa segue sem deixar uma parcial sequer pelo caminho.

Marcado por um nível bastante sofrível de tênis dos dois lados, o jogo teve mais de 100 erros não forçados ao todo, com 51 de Gauff e 56 de Kostyuk. A ucraniana ao menos tentou ser mais agressiva e produziu 39 winners contra somente 17 da rival, que mesmo assim saiu de quadra com a vitória.

Primeiro set com 50 erros

O primeiro set foi um desastre para ambos os lados, com muitos erros e raríssimos lances de algum destaque As duas rivais combinaram para incríveis 50 erros não forçados, 26 para Kostyuk (6 deles em duplas faltas) e 24 para Gauff (5 duplas faltas). A ucraniana até conseguiu encaixar um pouco melhor os golpes e somou 14 winners quase três vezes mais do que os apenas cinco da norte-americana.

Gauff pressionou o saque da adversária logo no primeiro game, mas perdeu os dois break-points que teve. No quarto game, com duas duplas faltas, a norte-americana foi quebrada. Ela até teve três chances de devolver o break na sequência, mas Kostyuk se salvou e cresceu, anotando nova quebra no sexto para abrir 5/1 e saque.

Apesar da confiança em baixa, a atual campeã do US Open lutou o quanto pôde, devolveu uma das quebras no sétimo, salvou um set-point no oitavo e conseguiu devolver a segunda no nono. Gauff manteve o embalo e anotou mais um break para sair de 1/5 e sacar em 6/5, só que perdeu o serviço. Veio então um tiebreak bastante tenso e cheio de erros, que acabou nas mãos da norte-americana.

Kostyuk não desiste e empata

Kostyuk não abdicou de atacar no segundo set, mesmo sem estar em um bom dia e depois de sair atrás no placar. Ela até abriu com quebra, mas depois viu Gauff se recuperar e abrir 4/2, mas não desistiu e devolveu o break no sétimo game. A norte-americana teve nova vantagem e sacou em 5/3, mas outra vez permitiu a reação da ucraniana.

Jogando bastante no errático forehand de Gauff, que não conseguia definir os pontos com o golpe, Kostyuk acabou premiada. Assim como no primeiro set a definição foi para o tiebreak, mas neste a ucraniana sobrou e anotou tranquilos 7-3. Apesar dos 21 erros não forçados, ela foi bem mais precisa que a norte-americana, já que teve 17 winners, enquanto a rival anotou só 5 e cometeu 18 erros não forçados.

Volta por cima de Gauff e vitória

Na virada dos sets, a norte-americana aproveitou a pausa para ir no banheiro e tentar colocar  cabeça no lugar depois de mais uma parcial muito ruim. A tática não poderia ser mais eficaz, com Gauff voltando com tudo para selar a vitória. Ela conseguiu sacar um pouco melhor, principalmente quando encaixou a primeira bola, vencendo 100% dos pontos disputados.

O desempenho nos games de serviço também permitiu que a número 4 do mundo fosse mais agressiva nas devoluções. Ela faturou 67% dos pontos nos saques de Kostyuk e aproveitou três dos sete break-points que teve a seu favor. A vitória poderia ter vindo em um “pneu”, mas Gauff foi quebrada sacando e 5/0 e só fechou dois games depois.

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SANDRO
SANDRO
9 meses atrás

Que jogo nervoso!!! Deve ser por isso que erraram tanto: os nervos estavam à flor da pele…

Flávio
Flávio
9 meses atrás
Responder para  SANDRO

Concordo Sandro, agora a ucraniana tem talento ,porém estava muito mais nervosa e também estava debilitada fisicamente devido as suas bolhas nos pés.

Ubiratan (Black)
9 meses atrás

“Na marra” tá meio difícil diante de todos os elementos que o jogo teve, ou não teve. Foi a expressão final na narração do ESPN também.
Eu que não sou o profissional da história, então, entendi tudo errado no jogo, vi outra história.
Diante de tanto perde e ganha dos dois lados, a vitória da Gauff poderia ser por “ter errado menos” ou ainda por “ter tido maior foco e controle mental”. O tão falado controle mental! no caso são duas jovens ainda, não preciso identificar as expressões verbais e gestos/ações/reações claras do que representou algum descontrole de um lado e de outro se viu mais serenidade aparente apesar dos contantes erros também. Ah! E isso não é coisa de mulher, os ditos machos também já reagiram de todas as formas com seus erros nesse AO e em qualquer torneio.
Ainda no termo garra, o que vi foi a Gauff mais passiva que a Kostyuk, que foi mais pras bolas.
Mas como a Gauff teve mais paciência de ficar nos pontos, de se defender, isso a deu a vantagem de ganhar na diferença dos momentos decisivos, já que as duas estavam errando muito.
Bem! tá difícil torcer nesse AO. Primeiro, Bia, claro, que foi embora. Depois fiquei com a Vika na chave de cima e ela também perdeu.
Agora queria que a Gauff avançasse para um jogo com a Sabalenka, mas tava difícil! mas não sei pra que lado tava mais complicado torcer.
Aquele primeiro 5×1 tava inacreditável. Mas elas fizeram todo perde e ganha possível no primeiro e segundo sets que empataram em 1×1.
No 3S, mesmo com os erros de ambas, a Gauff conseguiu os pontos necessários para ter a grande vantagem e conseguir levar o jogo. Mesmo sem o primeiro serviço que não apareceu. Acho que foi mais de smash que ficou na rede. Swing volley batidos no meio da quadra também, vários sem efeito, na mão da Kostyuk, sem ela precisar se mexer. São 2 tipos de ataques pra ganhar o ponto e a Gauff perdia.
As duas estavam ali, errando muito, mas correndo atrás das bolas, e a Gauff conseguiu ter mais foco e errar menos. Mas é para as duas esquecer e não jogar nunca mais desse jeito.

Cassio
Cassio
9 meses atrás
Responder para  Ubiratan (Black)

Que ganas de joder e hinchar las pelotas tenés, hermano!

Última edição 9 meses atrás by Cassio
Ubiratan (Black)
9 meses atrás
Responder para  Cassio

Cada um com seu caráter e valores.

Ubiratan (Black)
9 meses atrás

Agora que li novamente e tá “marra” e não “garra”. É outra palavra mas meu erro inicial ainda está me levando para o mesmo sentido, de marra no sentido de coragem, e como falei, achei Gauff muito passiva.

Joaz
Joaz
9 meses atrás

Que jogo sofrível de assistir.Apesar que cada jogo é uma história, Sabalenka é muito favorita nessa semi com Gauff, levando em conta o tênis apresentado por ambas nesse AO.

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