Melbourne (Austrália) – Com apenas 16 anos de idade, a russa Mirra Andreeva já tem se destacado na elite do circuito. Além de aparecer na 47ª posição do ranking da WTA, a jovem tenista já disputou uma vez cada Grand Slam do calendário e possui duas oitavas de final de no currículo.
Em Melbourne, eliminou a tunisiana Ons Jabeur, cabeça de chave número 6, cedendo apenas dois games na partida e começou na frente da tcheca Barbosa Krejcikova, nona favorita, antes de sofrer a virada. Apesar de apresentar um ótimo tênis e provar que pode ser um dos grandes nome do circuito no futuro, a jovem tenista também mostrou oscilações normais para alguém de sua idade e admitiu que sentiu a pressão de uma partida tão importante.
“Senti um pouco de pressão sobre mim mesma antes da partida, porque sabia que tinha uma vantagem antes da partida. Eu já a havia vencido duas vezes antes, mas são as oitavas de final de um Grand Slam e poderia passar às quartas pela primeira vez”, disse à imprensa após a eliminação.
Andreeva também citou algumas lições que tirou dessa derrota e revelou como lidou com os acontecimentos ao longo do jogo. “Depois de ganhar o primeiro set, pensei que estava quase lá, mas não significava que tinha vencido a partida, como já aconteceu comigo algumas vezes no ano passado. Acho que tenho que aprender com isso. Vou tentar tirar algumas conclusões deste jogo. Talvez não hoje, talvez amanhã. Vou apenas tentar jogar melhor na próxima vez que entrar em quadra”, enfatizou.
Pensando em toda campanha na Austrália, a russa, no entanto, avalia que teve mais momentos bons do que ruins. “Acho que fiz um bom torneio no geral. Joguei uma quarta rodada pela segunda vez na vida e espero que não seja a última. Há muitas coisas positivas para tirar desta viagem. Minha última partida foi muito boa, venci meu ídolo aqui. Estou ansiosa para voltar aqui no próximo ano”, destacou.
Nos últimos dias, Andreeva foi citada como uma inspiração para a britânica Hannah Klugman, de 14 anos, que afirmou se espelhar nela para subir rapidamente ao profissional. Mesmo lisonjeada com as palavras da colega, a russa preferiu manter os pés no chão e relembrar que ela também ainda é uma tenista de idade juvenil e tem muito a evoluir no circuito, não devendo aconselhar jogadoras mais jovens.
“Eu a conheço bem o suficiente, pois já treinamos juntas algumas vezes. Eu também sou meio que uma tenista juvenil e acho que não posso dar nenhum conselho para ela. Eu não sou uma estrela ou algo assim, então não acho certo, pois não tenho experiência nisso. Acredito que, eventualmente, todo mundo estará aqui [no profissional], mais cedo ou mais tarde, se eles simplesmente continuarem a trabalhar”, disse a um jornalista britânico.
Parabéns à Mirra Andreeva pela campanha no torneio, pelo tênis apresentado, pela humildade e pela consciência da situação. Tenho certeza de que será uma grande estrela do tênis feminino num futuro próximo. A Coco Gauff tinha 16 anos em 2020, já fazia sucesso no circuito e hoje faz parte da elite do tênis feminino.
Que russa bonita me Deus, agora acho que a jovem tem futuro.