Melbourne (Austrália) – O começo da rodada feminina deste sábado contou com duas partidas 100% nacionais, uma delas entre as francesas Oceane Dodin e Clara Burel e a outra entre as chinesas Qinwen Zheng e Yafan Wang. Na primeira, Dodin levou a melhor e se garantiu nas quartas, enfrentando justamente a vencedora da segunda, a cabeça de chave 12 Zheng.
Responsável pela eliminação da norte-americana Jessica Pegula, quinta favorita, Burel não conseguiu manter o embalo e acabou sendo derrotada logo na rodada seguinte pela compatriota Dodin, que marcou parciais de 6/2 e 6/4 para garantir a vitória e ir ainda mais longe em sua melhor campanha da carreira em Grand Slam.
Até então, a francesa de 27 anos nunca havia passado da segunda rodada, algo que conseguiu em apenas seis de suas 19 aparições anteriores. Justamente na 20ª, Dodin não só consegue superar a barreira da segunda partida, mas também vai mais longe e chega até as oitavas de final.
Para chegar às quartas, Dodin terá que superar Zheng, que teve trabalho com a compatriota Wang, precisando de três sets para vencer com parciais de 6/4, 2/6 e 7/6 (10-8), em batalha de 2h40. Esta é a melhor campanha da chinesa no Australian Open, mas ela já fez antes oitavas em Roland Garros, dois anos atrás, e quartas no US Open do ano passado.
Será a quarta vez que Zheng e Dodin medirão forças no circuito, a primeira fora da França, onde a chinesa venceu os dois jogos que disputaram em 2021, pelas quartas de final em Contrexeville e Montpellier. Um ano antes veio a solitária vitória da chinesa em Reims.
Insisto… as tenistas chinesas, nesta década, avançam coletivamente de forma pausada e inexorável. Destaque para, além da Zheng, a Yuan, Wang Xinyu, e Wang Yafan. China tem 7 no top-100. (Isso é consequência de política esportiva de Estado…. não é só pelo acaso de esforço isolado individual, como no Brasil)