Alcaraz admite falta de ritmo, mas aprova estreia

Foto: Getty Images

Melbourne (Austrália) – A estreia de Carlos Alcaraz no Australian Open foi também a primeira partida oficial do espanhol na temporada 2024. Sem competir desde a semi do ATP Finals, em novembro, o número 2 do mundo optou por alongar sua preparação para o novo ano e não disputou nenhum torneio antes de ir a Melbourne.

Até por isso, o jovem de 20 anos admitiu ter sentido a falta de ritmo no duelo contra Richard Gasquet nesta terça-feira, mas no geral aprovou seu desempenho diante do veterano francês. “Me senti muito bem, acho que joguei um bom tênis. Tive muitas oportunidades que não aproveitei, mas isso é normal depois de dois meses sem competir. Acho que hoje foi um pouco mais difícil porque já fazia muito tempo que não jogava, mas saio feliz com o jogo”, comentou.

Depois de uma temporada em que teve de lidar com diferentes problemas físicos, Carlitos afirmou que foi preciso fazer algumas mudanças no seu dia a dia para evitar que novas lesões o atrapalhem daqui em diante, sem especificar exatamente o que ele trabalhou.

“Não fiz nada de especial na pré-temporada, foi mais ou menos igual ao ano passado. Tive que melhorar muitas coisas fora da quadra e isso tem me ajudado a estar melhor fisicamente. Os problemas que tive me ajudaram a ver melhor o que eu precisava fazer, como trabalhar, comer ou descansar para melhorar fisicamente no resto do ano”, explica.

Na próxima rodada, Alcaraz terá pela frente o italiano Lorenzo Sonego, de 28 anos e para quem o espanhol perdeu o único duelo anterior, no piso duro de Cincinnati em 2021. Para Carlitos, esta pode ser uma boa oportunidade de se vingar do adversário. “Não gosto de ter o histórico negativo contra ninguém, e isso me motiva um pouco mais. Aqui, ele derrotou o [Daniel] Evans, o que não é fácil. Vou tentar continuar evoluindo e colocar o meu melhor nível para poder vencê-lo”, frisou.

Do outro lado, Sonego diz saber exatamente o que fazer para superar mais uma vez o rival, apesar de reconhecer a evolução de Alcaraz nos últimos três anos. “Ele era muito jovem e estava entre os 50 melhores do mundo. Agora é o número 2. Ele melhorou muito e sei que terei que dar o meu melhor, porque jogos como esse são os que se tornam uma grande oportunidade de melhorar.”

“Sei que o Carlos é um jogador muito mais agressivo do que quando nos enfrentamos, tem uma mão muito boa, um ótimo voleio. Tenho que jogar de forma muito agressiva e posso fazer algo com o saque dele”, revelou o italiano, que é o atual 46º no ranking da ATP.

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