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A reta final da temporada 2023 pode ser muito valiosa para alguns tenistas que precisam reagir e encerrar em recuperação ou, de preferência, em alta. É o caso de Beatriz Haddad Maia, mas também de Holger Rune, Felix Auger-Aliassime e até mesmo de Stefanos Tsitsipas, todos envolvidos com sucesso em quartas de final nesta sexta-feira.

Bia disputa seu primeiro WTA Elite, que obviamente é muito distante da meta original de chegar ao Finals de Cancún, mas as duas vitórias em sets diretos obtidas em cima das experientes Madison Keys e Carolina Garcia são ótima recompensa de momento. Afinal, ela não vencia um top 20 desde Ons Jabeur em Roland Garros, com quatro derrotas seguidas nesse período.

Embora a atuação sobre Keys tenha sido muito superior às anteriores da fase asiática, o duelo inédito contra Garcia merece especial atenção devido ao fato de ser decisivo, ou seja, a vaga na semi seria da vencedora, um autêntico jogo eliminatório tradicional. E vimos Bia quase perfeita no primeiro set, aproveitando as oportunidades quando a francesa não encaixou o primeiro saque e cedendo apenas cinco pontos no seu próprio serviço.

Depois, Garcia ficou bem mais sólida e o jogo ficou duro. No nono game, a francesa fraquejou e cedeu de novo o saque, mas Bia não aproveitou a chance de fechar a partida, se bem que é importante dar méritos à postura agressiva das devoluções adversárias. Aí veio o receio de que a cabeça não se segurasse, ainda mais porque em seguida deixou escapar chance preciosa de quebra e viu a virada de Garcia para 6/5. A brasileira foi muito determinada, levou ao tiebreak e abriu folgada vantagem. Ou seja, uma vitória com muitos ingredientes positivos.

Com a nona vitória do ano sobre uma top 20 (e a 17ª da carreira), Bia enfrentará neste sábado a russa Daria Kasatkina, que tem um segundo saque bem atacável mas é sólida lá se trás. Se tudo der certo, a decisão será contra uma chinesa: Lin Zhu ou Qinwen Zheng, que acabou de vencer Pequim.

Esta é sua terceira semi de simples do ano, depois de Abu Dhabi e Roland Garros. Mais do que isso, é sua chance de ganhar o primeiro título desde junho do ano passado e também um inédito na quadra dura, onde fez finais em Seul (2017) e Toronto (2022). Fato interessante, de suas 32 vitórias nesta temporada, 18 vieram no sintético.

De qualquer forma, Bia já está garantida na final de duplas de domingo, um torneio um pouco desfalcado de especialistas. Ao lado da russa Veronika Kudermetova, vai atrás do segundo título do ano, depois de vencer Madri com Vika Azarenka. Sua outra final aconteceu em Indian Wells, com Laura Siegemund.

No masculino, Rune e Aliassime fizeram um grande final de 2022 e por isso a má fase atual causa grande preocupação. O dinamarquês ao menos ainda está com um pé dentro do Finals e do top 10, ainda que precise defender os 1.000 pontos de Paris, e Aliassime permanece sob o grave risco de deixar até a faixa dos 40 primeiros caso não some mais vitórias tanto na Basileira como em Bercy.

Rune iniciou a parceria com Becker e, se o tempo para trabalho técnico é muito escasso, ao menos o alemão parece ter devolvido a confiança. É bem verdade que derrotou no piso coberto suíço três tenistas medianos e fará semi justamente contra o canadense, num jogo que será no mínimo curioso. Aliassime ganhou 5 de seus 6 últimos jogos.

Tsitsipas está longe de convencer, mas ao menos parou de perder jogos de estreia e ganhou ao menos uma rodada em cada um de seus três últimos torneios. Em Viena, aproveitou uma chave muito animadora antes de reencontrar Daniil Medvedev. Será já o 13º duelo entre eles, com empate por 3 desde 2021. A eventual vitória, além de assegurar de vez o Finals, pode servir como propulsão excepcional para o grego.

Paulista de 63 anos, é jornalista especializado em esporte há mais de 45 anos, com coberturas em Jogos Olímpicos e Copa do Mundo. Acompanha o circuito do tênis desde 1980, tendo editado a revista Tênis News. É o criador, proprietário e diretor editorial de TenisBrasil. Contato: joni@tenisbrasil.com.br
Paulista de 63 anos, é jornalista especializado em esporte há mais de 45 anos, com coberturas em Jogos Olímpicos e Copa do Mundo. Acompanha o circuito do tênis desde 1980, tendo editado a revista Tênis News. É o criador, proprietário e diretor editorial de TenisBrasil. Contato: joni@tenisbrasil.com.br

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