Carol e Stefani destacam visibilidade e renovação do tênis feminino

As conquistas recentes do tênis feminino brasileiro com diferentes jogadoras e a oportunidade de ter as principais atletas do país atuando em casa neste final de semana foram destacados por Luísa Stefani e Carol Meligeni, às vésperas do confronto entre Brasil e Coreia do Sul pelos playoffs da Billie Jean King Cup, em Brasília. Para elas, é o momento de aproveitar a visibilidade que o tênis ganhou nos últimos anos para impulsionar um processo de renovação e formação de novas jogadoras.

Carol, que conseguiu neste ano suas primeiras vitórias na WTA, elencou feitos recentes como a semifinal de Bia Haddad em Roland Garros e sua consequente chegada ao top 10, as medalhas de Laura Pigossi e Luísa Stefani nos Jogos Olímpicos de Tóquio e nos Pan-Americanos de Santiago, a entrada da própria Pigossi no top 100 do ranking de simples no ano passado e também a recente chegada de Ingrid Martins ao top 50 de duplas.

“Esse é um dos momentos mais especiais do tênis feminino brasileiro. É engraçado porque todas nós temos mais ou menos a mesma idade e jogamos juntas desde bem pequenas. Então, conseguir alcançar tudo isso juntas, com várias medalhas, títulos e ver cada vez mais mulheres jogando no circuito, é muito especial”, disse a paulista de 27 anos “Acho que as conquistas individuais de cada uma – a Bia foi top 10, Laura e Luísa conquistaram medalhas, Ingrid evoluindo muito- mostram para as mais novas que é possível. Enfim, esse é o momento para deixar o tênis feminino cada vez mais visível, para que a gente tenha cada vez mais meninas jogando. E no futuro, que esse time seja substituído por novas mulheres também”.

‘Elas podem ser nossas substitutas no futuro’, diz Carol
A atual número 3 do Brasil também falou sobre a grande campanha da equipe brasileira na Billie Jean King Cup Junior, Mundial da categoria 16 anos, disputado em Córdoba, na Espanha. O time formador por Carolina Bohrer, Pietra Rivoli e Helena Bueno está nas quartas de final e tem o melhor resultado do país desde o quinto lugar em 2013, quando Stefani estava no time, e pode até repetir a semifinal de 2012, com um trio formado por Bia, Carol e Ingrid.

“Eu particularmente tive contato bem próxima com todas do time, tanto a Carol, quanto a Pietra e a Helena. Todas elas jogam muito bem e estão bem animadas de jogar essa competição. Tenho memórias muito boas, inclusive foi com a Bia e a Ingrid que a gente conseguiu o terceiro lugar do mundo e a gente torce muito para que elas consigam também”, disse a campineira a TenisBrasil. “É uma competição de nível alto e uma experiência legal para saber como está o nível em relação aos outros países e acredito muito que elas posssam ser no futuro nossas substitutas na equipe da Billie Jean”.

Luísa Stefani também ficou com a feliz com a lembrança dos tempos de juvenil. Depois de ter treinado durante muito tempo nos Estados Unidos e passado pelo tênis universitário norte-americano, ela se reaproximou das novas gerações do tênis brasileiro durante o ano em que ficou afastada das competições, enquanto se recuperava de lesão e cirurgia no joelho.

“Fiquei super feliz por essa lembrança, vi até uma foto ontem. É muito bom ver que as meninas estão quebrando barreiras de novo e voltando a jogar nesse nível também nas categorias de base. Nos últimos confrontos a gente tem sempre duas juvenis acompanhando a gente. Podemos ver o crescimento delas de perto. Com algumas tenho mais contato, porque treinamos juntas ou na mesma cidade”, comentou Stefani, lembrando que as jovens jogadoras Paola Dalmônico e Isabeli Andreola estão junto com o time em Brasília.

“E obviamente depois da lesão no US Open, tive mais proximidade com o tênis brasileiro, principalmente com as juvenis, porque há muito tempo eu não tinha essa oportunidade, por estar jogando o ano inteiro fora. E tem sido muito legal a abertura que eu e as outras profissionais damos para as juvenis. A gente está sempre incentivando e tentando trazê-las para o ambiente do alto nível”, acrescentou a jogadora de 26 anos e a atual 18ª colocada no ranking de duplas.

“Nós, como referências, temos que dar o nosso melhor e trazer bons resultados para a gente e também mais visibilidade para o tênis e proximidade com as novas gerações. E a gente tem crescido cada vez mais nisso, é muito gratificante e uma grande motivação. O nosso trabalho, que eu amo muito fazer, traz coisas boas não só para mim, mas também para as próximas gerações”.

Jornalista de TenisBrasil e frequentador dee Challengers e Futures. Já trabalhou para CBT, Revista Tênis e redações do Terra Magazine e Gazeta Esportiva. Neste blog, fala sobre o circuito juvenil e promessas do tênis nacional e internacional.
Jornalista de TenisBrasil e frequentador dee Challengers e Futures. Já trabalhou para CBT, Revista Tênis e redações do Terra Magazine e Gazeta Esportiva. Neste blog, fala sobre o circuito juvenil e promessas do tênis nacional e internacional.

Comunicar erro

Comunique a redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nessa página.

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente ao TenisBrasil.