Com hepta em Paris, Djokovic vence 40º Masters

Foto: Corinne Dubreuil/ATP Tour

Paris (França) – Em outra temporada excepcional, Novak Djokovic alcançou neste domingo mais um número notável em sua carreira. Vencedor de três Grand Slam na temporada, o que elevou seu total ao recorde de 24, o sérvio também conquistou seu segundo Masters 1000 e se tornou o único a totalizar 40 conquistas nesse nível de torneio, ao dominar o búlgaro Grigor Dimitrov, com parciais de 6/4 e 6/3.

Na final de maior idade do Maspers de Paris, Djokovic é novamente o mais velho campeão no Palácio de Bercy, quebrando sua marca de 2021, agora aos 36 anos. Esta é sua sétima conquista no torneio em nove finais. O sérvio chega também a números expressivos na temporada, com cinco títulos em seis finais e 51 vitórias em 56 partidas disputadas desde janeiro – é a 14ª temporada em que soma pelo menos 50 -, tendo levado a melhor em 33 de 34 sobre o piso sintético.

Imbatível em seus últimos 18 jogos do circuito, Djokovic tem a marca de 31 vitórias e apenas uma derrota desde o iníco de Roland Garros. A exceção foi a decisão de Wimbledon diante do espanhol Carlos Alcaraz. Não menos importante é o total de 97 títulos na carreira, somente atrás dos 109 de Jimmy Connors e dos 103 de Roger Federer.

Djokovic irá aparecer na ponta do ranking pela 398ª vez nesta segunda-feira e tem mais de 95% de chance de encerrar a temporada como número 1 e ao mesmo tempo atingir a barreira impensável de 400 semanas, já que sua vantagem no ranking sobre Alcaraz chega agora a 1.495 pontos. Uma única vitória em Turim já será suficiente para Nole garantir sua oitava temporada finalizada como o melhor do circuito.

Freguesia aumenta para 12 a 1
O duelo entre os dois mais velhos top 20 do ranking atual teve a previsível supremacia de Djokovic, que trabalhou com paciência os pontos até obter as brechas e as quebras. Agora, são 12 vitórias e apenas uma derrota diante de Dimitrov, sendo 10 seguidas e todas as oito no piso duro. O búlgaro venceu pela única vez há mais de 10 anos.

Esta foi a terceira vez que os dois se cruzaram na temporada e no Masters de Paris e o ‘script’ não foi muito diferente. Enquanto sacou bem e conseguiu ser mais agressivo, Dimitrov equilibrou as ações e deu trabalho. Assim, Djokovic procurou antes de tudo não correr riscos no próprio serviço e depois entrar no máximo de pontos com sua excepcional devolução e com isso forçar Dimitrov a trocar bolas e usar muito o slice.

O primeiro set viu um único break-point, que Djokovic capitalizou com ataque ao backhand do adversário. O sérvio só perdeu dois pontos com seu próprio primeiro serviço, ainda que o percentual tenha sido apenas razoável (61%), mas ainda assim superior ao de Dimitrov (59%). O sérvio teve algum trabalho para confirmar o set, num momento em que a torcida ficou do lado do búlgaro e desagradou o número 1, que mais uma vez reagiu com ironia.

A situação foi muito parecida no segundo set. Djokovic jogou com regularidade e paciência até achar a brecha para a quebra, o que viria no quinto game, e por muito pouco não aproveitou outra chance no sétimo, diante de um padrão um tanto previsível de jogo de Dimitrov.00

Enquanto Djokovic agora tem três hepta no currículo, juntando-se ao Australian Open e Wimbledon, Dimitrov segue um penoso jejum de seis temporadas sem título. Desde que venceu o Finals de 2017, então seu oitavo troféu da carreira, disputou 111 torneios sem sucesso, tendo perdido neste ano também a final de Genebra. O búlgaro segue com um único Masters conquistado, em Cincinnati do mesmo 2017, quando chegou a ser terceiro do mundo.

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