Ruud está decepcionado com sua temporada

Foto: Pete Staples/USTA

“O ano até agora não correu como esperava”, admitiu. “Mas estava preparado para um ano difícil, pois em 2022 as minhas expectativas foram superadas. Começar como número 3 não foi a coisa mais realista quando penso em como comecei 2022. Esperava que em algum momento as coisas não iriam bem, faz parte do esporte, embora não seja divertido passar por esses períodos. O destaque foi a final de Roland Garros, sem esse resultado ficaria bastante decepcionado. É hora de voltar para casa, refletir e descansar um pouco. O objetivo ainda é estar no ATP Finals”.

Ruud perdia para o chinês Zhizhen Zhang, 67º do ranking, por 2 sets a 1, e aí reagiu notavelmente com um 6/0, mas não conseguiu sustentar o momento na série decisiva. “Ele joga tão rápido que foi difícil para mim preparar os golpes, isso é algo que preciso melhorar com certeza. Ajeitar uma espécie de contra-ataque quando meu oponente joga tão rápido. Como eu disse, o crédito vai para ele porque ele tentou e funcionou. Muitos dos tiros que ele acertou foram perfeitos. Isso é frustrante, pois é normal que alguém que aposte nesse estilo acumule vários erros, principalmente em jogos de cinco sets. Senti que não falhei naquele quinto set, pensei que os erros acabariam vindo. Lutei até o fim, não queria desistir, não queria sair de Nova York, mas dessa vez tem que ser assim”.

Os dois haviam se enfrentado no saibro de Roland Garros e o norueguês acha que a mudança de piso fez toda a diferença. “É uma superfície diferente, isso é fundamental. Hoje ele jogou melhor que da última vez, talvez se sinta mais confortável em quadra dura do que em saibro. Acho que ele cresceu jogando em quadra dura. Houve muitos momentos em que senti que acertava um bom saque, mas ele estava devolvendo a poucos centímetros da linha, o que foi muito difícil. Isso é uma vantagem para mim quando jogo no saibro, algo que não é tão fácil de fazer em outras quadras, que tenho mais tempo para rebater e jogar com topspin. Não são desculpas para derrota, mas tem sido muito difícil para mim competir por causa do estilo de jogo dele”.

Zhang por sua vez destacou a confiança. “Procurei ter sempre a mesma mentalidade, sem pensar muito, mantendo o positivo. Eu estava bastante confiante em mim mesmo, caso contrário o quinto set teria sido diferente. O tênis é assim, alguns pontos podem fazer a diferença. Havia perdido as últimas partidas no quinto set, mas dessa vez minhas escolhas foram melhores. Nesses momentos difíceis, é acreditar em si mesmo, só assim você vai acabar conseguindo”, disse o asiático, que enfrentará agora o australiano Rinky Hijikata, de 22 anos e 110º do ranking.

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