‘Muitos não acreditavam em mim’, diz De Minaur

Foto: ATP

Toronto (Canadá) – Depois de conquistar o primeiro ATP 500 da carreira, o australiano Alex de Minaur está em sua primeira final de grande porte e, caso conquiste o Masters 1000 de Toronto neste domingo, estará grudado no top 10 do ranking. Aos 24 anos, ele reconhece que a arrancada demorou, mas diz que nunca deixou de acreditar.

“Sempre me faltou ir mais longe nos grandes torneios, isso todo mundo sabe”, afirmou. “Esperei duas ou três temporadas por este momento, estive no top 20 nos últimos quatro anos e isso tem muito mérito, mas quero forçar um pouco mais. Ganhar meu primeiro ATP 500 este ano já foi uma grande alegria para mim. Venho lutando há muito tempo para mostrar que muita gente errou. Tenho muito orgulho do que faço, mas muitas pessoas não acreditam muito em mim, então fico muito satisfeito em provar que as pessoas estão erradas.”

De Minaur diz que sua primeira final de 1000 é consequência do bom ano. “Sinto-me muito bem, isto corresponde a todo o trabalho árduo, a todas as horas dentro e fora de quadra, enfim ver que tudo valeu a pena. É bom ver os resultados, porque muitas vezes você coloca todo esse esforço e trabalho duro, mas os resultados não vêm. É sempre um grande impulso conseguir chegar longe em um torneio como este”. O australiano ganhou Acapulco em março e na semana passada foi finalista em Los Cabos.

Questionado qual tipo de adversário que prefere, De Minaur afirmou que os grandes jogos o animam. “Normalmente me saio bem contra os grandes, os mais fortes, mas para isso tenho que jogar da maneira certa. Ser agressivo, fazer com que eles joguem uma bola a mais, dificultar ao máximo. Com caras de ranking menor, acabo tendo batalhas de três horas. O que mais me orgulha é a versatilidade que tenho para mudar os planos de jogo dependendo da partida.”

Diante do forte vento no estádio central durante o jogo de sábado diante do espanhol Alejandro Davidovich Fokina, o australiano destacou a parte mental. “Numa partida como a de hoje não dá para aproveitar ao máximo. As condições estavam muito duras para ambos, não permitiu jogar um tênis ideal, um tênis perfeito. Sabia desde o primeiro momento que não seria um duelo bonito, tinha que me manter positivo e não ficar frustrado com o andamento do jogo, isso me daria uma chance de me manter firme. Isso é o que me deu a vitória hoje. Não era sobre como você jogava taticamente, hoje o mais importante era o aspecto mental”.

De Minaur busca o oitavo troféu da carreira e o segundo da temporada às 17 horas deste domingo contra o italiano Jannik Sinner, para quem perdeu todos os quatro duelos já realizados, três deles na quadra sintética.

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