“Nem era para eu jogar aqui, é uma loucura”, celebra Vacherot

Valentin Vacherot (Foto: Rolex Shanghai Masters)

Xangai (China) – Depois de surpreender o circuito com uma campanha histórica no Masters 1000 de Xangai, o monegasco Valentin Vacherot ainda tenta assimilar o tamanho da conquista. Campeão neste domingo ao vencer o primo Arthur Rinderknech por 4/6, 6/3 e 6/3, ele comentou as sensações após erguer o primeiro troféu de ATP na carreira.

“Nem sequer entendo por que estou sentado aqui agora. É uma loucura. Acho que vou começar a assimilar nos próximos dias. Agora só quero aproveitar o momento”, afirmou o jogador de 26 anos, ainda bastante emocionado. Ele começou a semana no 204º lugar do ranking e vai saltar para a 40ª posição na atualização desta segunda-feira.

Assim como fez ao longo do torneio, Vacherot destacou mais uma vez a dificuldade do caminho até a conquista. Ele entrou na disputa como o 22º alternate do quali e só garantiu vaga na fase prévia menos de 24 horas antes do início. “Quando cheguei aqui, nem era para eu jogar o torneio. Entrei como suplente, me arrisquei um pouco ao vir e consegui entrar na última hora. Os desafios estavam por toda parte”.

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Durante a campanha, o monegasco eliminou nomes como Alexander Bublik, Tomas Machac, Tallon Griekspoor, Holger Rune e Novak Djokovic. Em seis dos nove jogos que disputou em Xangai, ele perdeu o primeiro set antes de buscar a virada. “Ganhei seis partidas estando atrás no placar. Salvei break-points no quali e contra o Bublik depois de perder o primeiro set. Estar aqui agora me parece surreal”, comentou.

Na decisão entre primos, ele precisou controlar a pressão emocional. “Hoje foi um pouco mais especial, é uma final. E Arthur estava do outro lado da quadra, meu primo. Não foi fácil lidar com isso, mas acho que nós dois entramos com a intenção de ganhar. Isso é o que os tenistas profissionais fazem”, afirmou. “Ele começou melhor que eu, então estou muito feliz por ter virado a situação”.

Vacherot destacou também o desempenho no momento decisivo. “Provavelmente joguei meu melhor tênis da semana no terceiro set. Devolvi quase tudo e coloquei a maioria dos primeiros saques em quadra. Isso era o que eu precisava para ganhar, porque o Arthur estava sacando muito bem”.

Federer na plateia, meta alcançada e história feita

A final em Xangai também teve a presença ilustre de Roger Federer, assistindo ao jogo das tribunas, o que não passou despercebido pelo campeão. “Não vou mentir, depois de ganhar ou perder alguns pontos eu olhava para ele para ver como reagia. Foi incrível tê-lo ali. Ontem joguei contra Novak Djokovic. Hoje conheci Roger Federer. Foi uma semana maluca”.

Mesmo com o título, Vacherot afirmou que já tinha um objetivo estabelecido antes de chegar à China. “Ainda tinha a meta de terminar a temporada entre os 100 melhores. Sabia que seria difícil, porque até ganhar challenger é complicado, mas se queria alcançar isso precisava vencer algumas partidas”.

O monegasco revelou ainda que guardava uma sensação especial sobre este torneio. “É uma loucura dizer isso, mas mesmo no verão eu tinha este torneio em mente. Sabia que seria o mais importante antes do final da temporada e que talvez tivesse uma chance de entrar. Se quisesse alcançar minha meta, precisava ir bem aqui. Mas, claro, não tinha ideia de que isso ia acontecer”.

Ao comentar o significado pessoal do título, ele reforçou a dimensão histórica do momento. “Foram momentos incríveis para mim e para o Arthur, para nossa família. Infelizmente só houve um vencedor, mas acho que nossa família ganhou, e o tênis também, porque a história que acabamos de escrever é incrível”.

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Julio Marinho
Julio Marinho
4 horas atrás

Wow, história bem legal que ficou esse torneio.

Andrei
Andrei
2 horas atrás

Vencer um Masters sendo ovacionado pelo maior de todos os tempos na platéia… nada mal.

Luiz Silva
Luiz Silva
38 minutos atrás
Responder para  Andrei

O maior de todos os tempos tem três grand slams a menos que o melhor de todos os tempos Novak Djokovic.

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