Vacherot: “Achei que poderia ir longe em Xangai, mas não tanto”

Xangai (China) – A semana dos sonhos de Valentin Vacherot no Masters 1000 de Xangai ganhou um capítulo inesquecível neste sábado. O monegasco de 26 anos, vindo do qualificatório, superou Novak Djokovic em dois sets, com parciais de 6/3 e 6/4, e garantiu sua vaga na final do torneio. Após a vitória histórica, Vacherot não escondeu a emoção pelo feito inédito.

“Para ser sincero, são muitas emoções. Custou um pouco para eu me recuperar, mas quando entrei no vestiário e liguei o celular, foi difícil não chorar, só pelas mensagens de todos em Mônaco, dos meus amigos, da minha família e de todo mundo. É incrível, mas tem mais um jogo amanhã”, disse o jogador monegasco, refletindo sobre a magnitude da conquista.

Além de ser o jogador de ranking mais baixo a alcançar a decisão de um Masters 1000, Vacherot se tornou o primeiro tenista de Mônaco a disputar o título de um ATP, marco que ele celebrou com orgulho. “Sou o primeiro nas simples, mas temos dois caras no top 40 de duplas. Significa muito para mim e para o país, que é um dos menores do mundo e não tem tantos atletas. Ver toda essa alegria que estou levando de volta para casa é o que mais enche meu coração agora”, afirmou.

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Vencer Djokovic não foi apenas uma questão de desempenho técnico, mas também de controle mental, segundo Vacherot, que exaltou a oportunidade de enfrentar o sérvio. “Eu perdi Federer e Nadal na minha carreira porque meu ranking era muito baixo, e eles se aposentaram antes que eu começasse a competir nos mesmos torneios que eles. Jogar contra Djokovic uma única vez já é incrível, estar do outro lado da quadra. Me surpreende muito como eu lidei com isso mentalmente.”

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Reação rápida foi fundamental para a vitória

A partida deste sábado começou com uma quebra de Djokovic ainda no primeiro game. No entanto, o que poderia minar a confiança de Vacherot se transformou no combustível necessário para entrar de vez no jogo e buscar a vitória.

“Ele me quebrou o saque logo de cara, jogando exatamente como eu pensei que ele fosse jogar. Foi muito importante eu ter devolvido a quebra o mais rápido possível. Depois virou uma batalha. Tinha muitas coisas passando na minha cabeça, mesmo depois de ganhar o primeiro set, mas tentei focar apenas na próxima devolução que iria fazer ou no próximo saque que eu iria executar”, explicou sobre sua estratégia para conter a ansiedade.

O resultado também terá impacto direto no ranking de Vacherot, que dará um salto de 116 lugares e fará sua estreia no top 100, alcançando provisoriamente o 58º posto. “É uma grande conquista. Eu seguia acreditando que o top 100 era possível antes do fim da temporada e que Xangai era o torneio mais importante perto do final da temporada.”

“Entrei no torneio 24 horas antes do começo do quali. Talvez eu tenha visualizado que poderia jogar bem e ir longe aqui, mas, honestamente, não pensava que poderia fazer tão bem assim. Ganhar uma ou duas partidas já estava bom. Eu teria me contentado em terminar o ano na 99ª ou 100ª posição. Pensar que vou chegar pelo menos ao 58º lugar é algo que ainda preciso assimilar. Agora vou poder jogar todos os torneios mais importantes do mundo, então estou muito feliz por isso”, complementou o monegasco.

“Just to be on the other side of the court was an unbelievable experience” 🔊

A moment Valentin Vacherot won’t be forgetting in a hurry 😍#RolexShanghaiMasters pic.twitter.com/sI6FQgquyg

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