Montréal (Canadá) – Depois de um término conturbado da parceria com o croata Goran Ivanisevic, com quem acabou trabalhando apenas durante a temporada de grama, o grego Stefanos Tsitsipas retomou a parceria com seu pai Apóstolos para a disputa do Masters 1000 de Toronto, seu primeiro torneio na temporada norte-americana em quadras duras.
“Tem sido uma montanha-russa, não vou mentir para vocês”, disse Tsitsipas ao chegar a Toronto. “Sinto-me bem. Passei por muita coisa nestas duas semanas e tirar um tempo das quadras me ajudou muito. Tive tempo para refletir sobre muitas coisas, trabalhar meu corpo, visitar especialistas, médicos. Em geral, pessoas que podem realmente me ajudar “, acrescentou o grego.
O número 29 do mundo, que foi duramente criticado por Ivanisevic por causa de sua condição física, acredita estar cada vez melhor. “Não imaginaria estar na posição em que estou há três semanas, porque estava em péssima forma , principalmente física. Mas quando o físico não está lá, isso afeta todo o resto”, contou Tsitsipas.
Ele não teve problema em explicar como terminou seu relacionamento com o pai e por que decidiu reatar o relacionamento após a separação traumática: “Foi um término muito complicado e inesperado. Há muitas coisas das quais me arrependo e que não quero repetir, porque minha reação e comportamento não foram nada maduros”, contou o tenista de 26 anos.
“Não fui eu, ele me fez perder o controle, mas desde então conversamos muito e passamos muitas semanas juntos. Ele me acompanhou em alguns torneios, não como meu treinador, mas como pai. Tivemos a sorte de conversar e discutir as coisas. Agora, estou tentando recalibrar isso e fazê-lo entender que certas coisas precisam ser feitas do jeito que eu quero”, acrescentou Stefanos.
O esporte fica em segundo plano quando se trata da relação entre um pai e filho. O Tsitsipas Junto com o pai foi numero 3 do mundo e nada melhor do que treinar e jogar com paz no coração ao lado da família.
As pessoas tem uma visão equivocada sobre a importância do técnico no tênis.
O tênis é um esporte individual, onde as decisões do tenista e suas vontades falam mais alto.
Geralmente o técnico é um “prestador de serviços”, está ali para ajudar melhorar pontos específicos do jogo de alguém (saque, movimentação, melhorar uma esquerda, fazer um voleio…).
A importância do técnico está na formação do tenista, caso seja uma parceria desde o início, seguindo durante a carreira (Larri, Tio Toni, Tsisipas pai), algo raro.
Fui até procurar no original a entrevista do Stefanos pra saber se ele disse isso mesmo, tipo, culpando o pai em tudo e de fato, ele nao assume quase nada, embora se arrependa. Acho muito incômodo ve-lo culpar sempre um terceiro. Assim fica fácil… esse menino nao cresceu.
A quem se interessar:
“He (Apostolos) definitely made me lose my control, my inner control as well. But we’ve talked a lot. Since then, we’ve spent a lot of weeks together”.
Tive essa mesma impressão. Ele não cresceu emocionalmente e a culpa é sempre dos outros. O relacionamento com o pai parece roteiro de tragédia grega.
Igual o zverev
Me parece ser uma pessoa que necessita muito da parceria afetiva nas suas viagens. Equipe técnica não oferece isso. Com o pai conseguiu ser um grande tenista. Para ser o melhor tem que ser frio, abdicar do afetivo, ser um escravo do circuito, como disse Ferrero.
Estar no top 5 já pode contemplá-lo. Ganhar um bom dinheiro fazendo o que gosta. Ok!