Anisimova: “Quando me afastei, diziam que eu nunca voltaria ao topo”

Foto: Kieran Cleeves/AELTC

Londres (Inglaterra) – A inédita classificação para a final de Wimbledon foi bastante comemorada por Amanda Anisimova, que chega à sua primeira decisão de Grand Slam. De volta ao circuito depois de uma pausa na carreira para cuidar da saúde mental, a norte-americana de 23 anos vive sua melhor temporada. Ela venceu o WTA 1000 de Doha e chegará ao top 10 após o torneio londrino. Depois de vencer Aryna Sabalenka, número 1 do mundo, nesta quinta-feira, ela enfrentará a quarta colocada Iga Swiatek no próximo sábado.

“É muito emocionante estar na final aqui. Ainda não consigo acreditar, de certa forma. Estou muito feliz por poder compartilhar esse momento com minha equipe e meus entes queridos. É algo realmente especial”, disse Anisimova, visivelmente emocionada, depois de vencer Sabalenka por 6/4, 4/6 e 6/4.

A norte-americana já havia alcançado uma semifinal de Slam ainda aos 17 anos em 2019, no saibro de Roland Garros. No mesmo ano, sofreu a perda do pai e treinador. Já em 2023, afastou-se das competições por oito meses e retornou no início do ano passado, fora do top 300, mas conseguiu escalar o ranking e voltar aos grandes palcos.

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“Quando me afastei, muitas pessoas disseram que eu nunca voltaria ao topo se ficasse tanto tempo fora. Foi difícil ouvir isso, porque eu queria voltar e conquistar grandes coisas. Então, chegar à final de um Slam é uma forma de provar que é possível retornar ao mais alto nível quando você prioriza a si mesma. Isso tem um valor enorme pra mim”, comenta a número 12 do mundo. “Eu sempre gostei muito de treinar e do processo. Então, não é como se todo o esforço tivesse ‘finalmente valido a pena’, porque eu realmente aproveito esse caminho. Com isso, os resultados acabam vindo naturalmente”.

Vitória sobre Sabalenka na semifinal

Vinda de uma difícil semifinal contra a líder do ranking, Anisimova reconheceu os momentos de tensão, mas acredita que soube tomar as decisões certas. “No terceiro set eu sabia que teria que me arriscar mais. O nível dela só aumentava, então eu entendi que não venceria apenas com os erros da minha adversária. Precisava realmente trazer meu melhor tênis e ser agressiva sempre que possível”, afirmou. “Acho que ambas ficamos nervosas por disputar a primeira final em Wimbledon. Cometemos alguns erros, mas manter o saque foi essencial”, explica a norte-americana, que marcou a sexta vitória em nove jogos contra a bielorrussa.

Admiração por Iga e confronto inédito na final

Ao comentar sobre a adversária da decisão, a norte-americana não poupou elogios. “A Iga é uma jogadora inacreditável. Ela também tem sido uma inspiração para mim. A ética de trabalho dela e todas as conquistas são realmente admiráveis”, disse a respeito da polonesa, que busca o sexto título de Grand Slam. “Sempre que assisto aos jogos dela, fico impressionada com a forma como ela se move na quadra e consegue manter um nível tão alto de tênis. Não é à toa que conquistou tanto na carreira”.

Será o primeiro encontro entre elas no circuito profissional, mas Anisimova lembrou ainda de um encontro entre elas na Fed Cup Junior, vencida pela Polônia em 2016. “Ela já jogava muito bem naquela época. Me lembro de técnicos dizendo que ela seria uma tenista importante no circuito. E estavam certos”, comentou, animada para o reencontro: “Vai ser muito especial enfrentá-la pela primeira vez no profissional. Espero conseguir apresentar um tênis de alto nível e transformar a final numa verdadeira batalha”.

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Samuel, o Samuca
Samuel, o Samuca
14 horas atrás

Desde a época em que jogou torneios no Brasil, acreditei que ela teria sucesso na carreira. Final merecida, torci por ambas nesta semifinal.

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