Taro Daniel reclama da má distribuição do dinheiro e faz sugestão

Taro Daniel (Foto: Chengdu Open)

Nova York (EUA) – Embora haja algum esforço das entidades para auxiliar financeiramente os tenistas de ranking mais baixo, para o japonês Taro Daniel ainda há grande dificuldade para um tenista fora do top 200 se sustentar. Atualmente ocupando a 154ª colocação no ranking, tendo já sido o 58º do mundo, ele explicou ao Financial Times qual a solução que daria.

“Os Grand Slams arrecadam entre US$ 350 milhões e US$ 500 milhões por ano. Acho que a solução seria que cada jogador até 300 ou 400 no ranking recebesse um salário de US$ 100.000, dividido entre os Grand Slams e a ATP ou WTA. Seriam US$ 8 milhões de cada organização, o que não é absurdo”, afirmou o japonês de 32 anos.

A ATP lançou seu programa de segurança financeira Baseline em 2024. Ele garante ganhos anuais mínimos de US$ 300 mil para jogadores entre os 100 melhores, US$ 200 mil para jogadores entre 101 e 175 e US$ 100 mil para jogadores entre 176 e 250.

Daniel ganhou US$ 180 mil em prêmios nos seis primeiros meses do ano, mas diz que esse valor pode ser rapidamente consumido pelos custos. “Esse valor é totalmente irreal. Primeiro, está ganhando todo esse dinheiro de países estrangeiros, então vão descontar os impostos retidos na fonte. Além disso, os torneios pagam o seu quarto de hotel, mas não o quarto de hotel do seu treinador”, disse.

“Meu extrato de cartão de crédito dá pelo menos US$ 20 mil por mês só em despesas operacionais de hotel, alimentação, voos, sem contar os salários que pago ao meu time. Como tenista, você é como uma pequena empresa, mas todos os seus funcionários viajam o tempo todo”, falou Daniel que contou que o salário de um treinador itinerante no seu nível atual é de pelo menos US$ 50 mil. “Além de normalmente receber 10% do prêmio em comissão”, acrescentou o japonês.

Ele lembra que quando começou, muitos jogadores viajavam sozinhos porque os padrões não eram tão altos. “Hoje, seria muito raro alguém viajar sozinho para um Grand Slam, por exemplo. Todo mundo tem um técnico ou preparador físico. Eles provavelmente estão bem no limite financeiro. Mesmo em um Grand Slam você não está necessariamente ganhando dinheiro”.

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André Borges
André Borges
6 horas atrás

Acho a ideia de salário ruim. Acho que os custos deveriam ser suportados pela ATP, WTA, etc. Hospedagem, alimentação, transporte para X pessoas, talvez 2 ou 3 que o tenista escolhesse. A ATP WTA poderiam ter fornecedores de material esportivo de ponta, tenis, raquetes, encordoamento suportado pelo torneio. Pro tenista poder chegar lá só pensando em jogar tenis e daí pra frente o que ele avançar na chave aí sim ganha grana. Pq se sem salário fixo a gente já tem uns caras que vão só pra fazer turismo, imagina com a grana ja garantida.

Rbclima
Rbclima
5 horas atrás
Responder para  André Borges

Concordo. Mais lógico a ATP bancar os custos fixos.

Wanderlei
Wanderlei
4 horas atrás
Responder para  André Borges

Pode ser….mas só receberia o salário se estiver ranqueado

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