Madri (Espanha) – Embora o histórico dos britânicos no saibro não seja dos melhores, Jack Draper quebrou paradigmas nesta semana e fez uma grande campanha no Masters 1000 de Madri, onde foi até a final e acabou com o vice-campeonato, perdendo para o norueguês Casper Ruud em três sets neste domingo.
Depois da decisão, Draper mostrou confiança em si mesmo e no que é capaz de mostrar em torneios disputados na terra batida. “Sabia que era bom no saibro e esta semana provei isso. No ano passado, sofri algumas derrotas por pouco e precisava me impor para provar que sou capaz de competir em alto nível nesta superfície”, afirmou o futuro número 5 do mundo.
“Esta semana eu provei isso, e provei para mim mesmo e para os outros. Acho que a coisa mais positiva que estou tirando daqui é o fato de que ainda estou aprendendo a me movimentar e jogar nesta superfície”, acrescentou Draper, confiante em ter ainda mais margem de melhora.
Oscilação custou caro na final
Para o britânico de 23 anos, suas oscilações na decisão acabaram lhe custando caro. “Acho que houve alguns momentos em que o nível dele caiu, mas apenas com algumas faltas duplas que cometeu. Já eu, baixei o nível em alguns momentos e essa foi a diferença. Não se pode fazer isso, especialmente neste nível contra jogadores deste calibre”, analisou.
Apesar da derrota na final, ele ganha confiança para a sequência no saibro europeu. “Estou competindo com os melhores do mundo nesta superfície. Isso me incentiva muito e espero continuar assim na próxima semana em Roma e também em Paris”, comentou Draper.
Circuito cada vez mais equilibrado
Prestes a estrear no top 5, o britânico afirma que o ranking não lhe dá qualquer favoritismo em um circuito tão parelho. “Não importa em que posição eu esteja, se estou em sexto lugar no ranking, se estou em 30º ou em 20º, ainda acho que há uma boa chance de perder ou vencer a partida, porque as margens são muito pequenas”, disse o vice em Madri.
“Definitivamente, tenho muita confiança de que posso colocar qualquer um em apuros e ser perigoso para qualquer um. Mas também sei que há muitos grandes jogadores, como eu disse, que estão me atacando. Então, não me sinto favorito. Acho que estamos no mesmo nível e que, quando competimos, começamos do zero e quem for melhor naquele dia vence”, finalizou.
Absolutamente provado. Perdeu de um dos melhores saibristas dos últimos anos em um jogo bastante equilibrado. O que me deixa mais espantado com o Draper é quão bem ele se movimenta pra um cara tão grande. Fará estragos por muito tempo!