Ex-preparador físico de Sinner se defende e diz que culpa foi do fisioterapeuta

Foto: China Open

Milão (Itália) – Um dos principais envolvidos no caso de doping de Jannik Sinner, o ex-preparador físico Umberto Ferrara não havia se pronunciado, mas nesta quinta-feira ele quebrou o silêncio em uma ampla entrevista na Gazzetta dello Sport, em que explicou sua versão dos fatos. Ele reconheceu que a medicação era sua, mas explicou claramente que nunca deveria entrar em contato com Jannik quando a deu ao fisioterapeuta Giacomo Naldi.

“Eu o uso há anos, conforme prescrito por um especialista, como tratamento de suporte para uma doença crônica. Eu estava totalmente ciente da proibição e sempre o guardei com o máximo de cuidado na minha bolsa de higiene pessoal”, explicou Ferrara, que deixou claro sempre ter evitado que o spray usado pelo fisioterapeuta Giancomo Naldi, que causou a contaminação de Sinner, chegasse ao corpo do número 1 do mundo.

“Não dei nada a Naldi, apenas sugeri que ele usasse porque tinha um corte no dedo que não cicatrizava e estava dificultando seu trabalho. Expliquei muito claramente a natureza do produto e a necessidade de ele não entrar em contato com Jannik em nenhuma circunstância. Naldi não negou ter sido informado, mas disse que não se lembrava”, falou o preparador físico, continuando a explicar todo o processo passo a passo.

Ferrara contou que quando ouviu falar do clostebol, a conexão com o remédio foi imediata. “Em poucas horas, reconstruímos os passos que levaram à contaminação de Jannik e apresentei evidências da compra do spray em uma farmácia de Bolonha”, disse o preparador físico, lamentando o fim de sua colaboração com Sinner. “Fiquei muito triste, mas estava ciente de que poderia ser um dos possíveis finais”.

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Jonas
Jonas
6 dias atrás

Resumindo: o erro foi da equipe, o atleta nesse caso é vítima e não deveria estar suspenso (se essa versão for verdadeira).

Thiago
Thiago
6 dias atrás
Responder para  Jonas

O erro foi da equipe mas quem assume a responsabilidade é o atleta

Julio Marinho
Julio Marinho
6 dias atrás
Responder para  Jonas

Concordo em um ponto, nunca acreditei que Sinner tivesse qualquer viés antidesportivo. Por outro lado, alguma medida, ainda que branda, tem que ser tomada, apenas para que a regra seja clara e que outras desculpas não possam ser alegadas. No fim, bem no sentido que foi (em que pese a via sacra e bateção de cabeça): o jogador entrou em contato de maneira não intencional com a substância proibida, em nível que não gera benefício, mas por ser responsável por sua equipe, tem a pena administrativa mínima. Que Sinner possa voltar logo e nos brindar com seu tênis absurdo.

Jonas
Jonas
6 dias atrás
Responder para  Julio Marinho

Seu comentário faz bastante sentido, Julio, e só acrescento que esse caso deixa claro a diferença de tratamento no circuito.

Ainda que o italiano seja inocente, fosse outro tenista aí a gente sabe que o tratamento seria outro… falta uma padronização maior ao lidar com esses casos.

Federer eterno GOAT
Federer eterno GOAT
6 dias atrás

isso aí, Sinner, não dê bola aos críticos… vc é uma pessoa acima de qualquer suspeita, ao contrário de um certo espanhol e um certo iugoslavo…

José Afonso
José Afonso
6 dias atrás
Responder para  Federer eterno GOAT

Chegou o papagaio, rs.

Sempre no copia e cola.

SANDRO
SANDRO
6 dias atrás
Responder para  Federer eterno GOAT

Só porque o Freguêser amava perder finais para Nadal e Djokovic ele ficou sequelado…Kkkkkkkkkkkkkkk

Rockton
Rockton
6 dias atrás

Fazendo o papel de “advogado do diabo” : eu nunca vi ninguém que foi pego em doping falar: realmente eu usei e tinha a intenção de me beneficiar. Falar até papagaio fala.

José Afonso
José Afonso
6 dias atrás
Responder para  Rockton

Lance Armstrong, que chegou a ser considerado o maior ciclista de todos os tempos, falou algo bem próximo disso.

Bruno
Bruno
6 dias atrás
Responder para  José Afonso

mas depois a mentira veio à tona

Realista
Realista
6 dias atrás
Responder para  Rockton

Sim, ninguém admite. Mas há evidências como o tipo da substância e dose para saber que o caso dele foi uma trapalhada de terceiros.

Luiz Otavio
Luiz Otavio
6 dias atrás
Responder para  Realista

Pois é, bem diferente do Lance e de outros que foram pegos com grandes quantidas e produtos que faziam realmente diferença.

SANDRO
SANDRO
6 dias atrás
Responder para  Rockton

Pois eu já vi, em outras modalidades, esportistas que admitiram e pediram desculpas …

SANDRO
SANDRO
6 dias atrás

O erro, na verdade, é da WADA que mesmo reconhecendo que SINNER não foi culpado e que a quantidade ínfima e irrelevante da substância nunca causaria ganho de desempenho nenhum, estava querendo uma punição injusta do SINNER por pura perseguição indecente à vítima de contaminação!!! Simplesmente a WADA deveria reconhecer que SINNER foi vítima de contaminação que em vez de lhe dar benefícios de desempenho só trouxe prejuízos financeiros e psicológicos… A WADA deveria pedir desculpas ao SINNER por tê-lo perseguido injustamente e ressarci-lo financeiramente por danos morais e financeiros por ser impedido injustamente de exercer sua profissão!!!

Jonas
Jonas
6 dias atrás
Responder para  SANDRO

Se isso for verdade mesmo, o Sinner deveria receber uma indenização ou ter os pontos descontados devolvidos.

Ele pegou esses 3 meses de gancho porque ficou com receio da pena ser maior (corria risco de ficar 1 ano ou mais fora).

Pelo que acompanhei, os dois que foram demitidos admitiram culpa. Isso deveria ser bem relevante.

JClaudio
JClaudio
6 dias atrás

Eu não entendi…
A pomada era do Umberto Ferrara (que fazia uso), ele diz que não deu nada para o Naldi:
“Não dei nada a Naldi, apenas sugeri que ele usasse porque tinha um corte no dedo que não cicatrizava e estava dificultando seu trabalho”
(Se ele não deu a pomada, que estava na sua bolsa, logo, Baldi pegou sem autorização).
Mesmo assim diz que explicou o perigo da pomada para o organismo do Sinner.
Naldi não negou que foi informado, mas não se lembra (como Naldi pode não lembrar de algo que diz que foi informado?)
No final, Humberto Ferrara diz que “em poucas horas, reconstruímos os passos que levaram a contaminação”…ou seja, a farmácia onde Humberto Ferrara comprou a pomada, com a substância proibida.

SANDRO
SANDRO
6 dias atrás
Responder para  JClaudio

Blá Blá Blá… Blé Blé Blé… Bli Bli Bli… Bló Bló Bló… Blu Blu Blu… Gosta de se fazer de sonso para maquinar uma Teoria da Conspiração, não é mesmo???

JClaudio
JClaudio
6 dias atrás
Responder para  SANDRO

“A WADA deveria pedir desculpas ao SINNER por tê-lo perseguido injustamente e ressarci-lo financeiramente por danos morais e financeiros por ser impedido injustamente de exercer sua profissão!!!”

(Guerreiro Sandro, sua inocência é algo que salta aos olhos, o poste não pode fazer xixi no cachorro)

SANDRO
SANDRO
6 dias atrás
Responder para  JClaudio

A única coisa que “salta aos olhos” são os seus “cílios postiços” … Kkkkkkkkkkkki

Roberto
Roberto
6 dias atrás
Responder para  JClaudio

A tecnologia evoluiu, é a detecção de substâncias está muito mais eficiente. É possível que qualquer alimento, hoje tenha resíduos de substâncias proibidas, mas q não afetem o desempenho de um jogador. Porisso minha avaliação é de que o Sinner é inocente, além de vários outros jogadores. Os critérios e métodos de julgamento devem mudar para minimizar prejuízos irreversíveis à carreira de jogadores que não tiveram benefício nenhum.

JClaudio
JClaudio
6 dias atrás
Responder para  Roberto

Olá Roberto…
A detecção de substâncias proibidas sempre estará, aquém da trapaça do doping.
Uma prova, o passaporte biológico, foi desenvolvido para no futuro as entidades (laboratórios) fiscalizadores poderem, mesmo que tardiamente, descobrir o uso de substâncias ilegais (no momento os laboratórios antidoping não tem tecnologia para detectar a droga ou a mistura delas).
Atualmente, existe pesquisa sobre mistura de substâncias para conseguir ganhos, um exemplo é o próprio clostebol que misturado com metandienona foi usado na década de 70 pela Alemanha Oriental no atletismo olímpico, algo que na época não era de conhecimento científico (atletas olímpicos dopados).
O caso do Sinner é no mínimo estranho, o relato do preparador físico é estranho (na entrevista afirmou que avisou o fisio, por saber sobre o perigo da substância, disse antes de usar).
Resumindo, creio que foi bem punido (Sinner) acho mesmo que o italiano saiu no lucro (o caso é sobre imagem e dinheiro de entidades do esporte, afinal não se pode jogar a água suja fora com o bebê junto).
Abs

Última edição 6 dias atrás by JClaudio
Realista
Realista
5 dias atrás
Responder para  JClaudio

Muito coisa evoluiu dos anos 70 para cá, e acaba sendo lógico que ele não usaria algo tão antigo e ineficaz.
Se ele quisesse se dopar, usaria algo extremamente eficaz para compensar o risco.
Um tenista jovem como ele e ainda em evolução, não precisaria de um aditivo.
Talvez um tenista sem perspectivas… ou um tenista velho no topo que não quer perder seu reinado.
O desempenho dele inclusive cresceu durante esse problema, o que mostra que ele não usou esses recursos proibidos

JClaudio
JClaudio
5 dias atrás
Responder para  Realista

Olá Realista…
Na verdade não existem substâncias “antigas ou ineficazes” em relação ao doping
Apenas para exemplificar em 2700 a.C., imperadores chineses incentivava lutadores a usar plantas com doses elevadas de efedrina (até hoje usamos efedrina), as plantas provocava ânimo maior e uma coragem avassaladora (os lutadores não passariam o exame antidoping).
Substâncias são transformadas e potencializadas através do tempo.
São misturadas a outras substâncias, algumas, nunca catalogadas cientificamente.
(Como fiscalizar aquilo que não conhecemos, ainda?)

Luiz Otavio
Luiz Otavio
5 dias atrás
Responder para  Roberto

Roberto, a tecnologia do doping sempre esta a frente. So ver quantos atletas nunca foram descobertos. Ja sabem as janelas, alguns países pegam bem leve (ex. Russia). A Florence Griffith-Joyner sempre será um grande exemplo… alguem acha que ficou daquele tamanho com ovo e bacon….rs

Carlos Alberto Ribeiro da Silv
Carlos Alberto Ribeiro da Silv
6 dias atrás

Eu acho que a punição ao Sinner ficou de bom tamanho. Embora ele não tenha tido a intenção de se beneficiar ilicitamente e a quantidade de substância proibida encontrada no seu organismo não lhe proporcionou um ganho de performance, ele tem que se responsabilizar pela sua equipe, por ele ser uma pessoa adulta que responde por seus atos. Sendo assim, penso que teria que haver uma punição mínima e três meses de suspensão acredito que ficou justo.

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