Indian Wells (EUA) – O britânico Jack Draper superou a ansiedade e suas dúvidas na hora que mais precisava. Ao derrotar o espanhol Carlos Alcaraz na semifinal de sábado no Masters 1000 de Indian Wells, alcançou o maior resultado de sua carreira e enfim realizou o sonho de atingir a faixa dos 10 melhores do ranking. Ele alerta no entanto que ainda tem mais uma tarefa a cumprir neste domingo na decisão diante do dinamarquês Holger Rune, contra quem perdeu o único duelo já realizado, em Cincinnati do ano passado.
“Vencer Carlos neste torneio, nesta rodada e nesta quadra é incrível. Já vi os melhores jogadores jogarem nesta quadra na TV e é uma sensação ótima. Já estou focado na partida de amanhã, mas estou muito orgulhoso da minha conquista”, afirmou o canhoto de 23 anos. “Esta foi uma grande partida para mim. Sabia que, se vencesse, entraria no top 10. Alcaraz jogou mal no começo e então a minha energia entrou em colapso no segundo set, minhas pernas pararam de funcionar. Esse tipo de experiência é nova para mim”, contou na entrevista oficial, referindo-se ao ‘pneu’ que levou.
E como ele se recuperou tão bem? “Quando fui ao vestiário depois do segundo set, olhei no espelho e disse a mim mesmo que precisava me recompor, que não havia tempo para ficar cansado, que ainda havia muito jogo pela frente e que ele também estava sentindo coisas. Eu me preparei para o terceiro set. Com 4/2, coloquei muita energia naquele game para quebrá-lo novamente. Quando fiz isso, fiquei um pouco distraído e me senti um pouco cansado emocionalmente. Com 5/4 recuperei tudo e consegui provar minha capacidade”.
Ao ser informado sobre as declarações de Alcaraz sobre o nervosismo do espanhol, Draper considerou um elogio. “Nesse nível, sempre tenho medo de perder para um desses jogadores, e acho que isso me dá uma grande vantagem competitiva porque sei o quão bem esses caras jogam. Principalmente quando você está jogando contra os melhores, a autoconfiança é muito importante. Tenho certeza de que muitas pessoas entram em quadra pensando que não podem vencer os tops. Fiquei observando Carlos jogar a semana toda e achei que ele estava jogando muito bem, mas pensei que pelo menos poderia colocá-lo em apuros. No início da partida, eu o vi com pouca energia e cometendo muitos erros. Foi uma loucura. Considero um elogio que ele tenha ficado nervoso por mim”.
O britânico também lembrou das dificuldades físicas que encarou. “Passei por muita coisa nos últimos anos com minhas lesões e estou trabalhando duro para voltar a um nível decente. Esse era meu objetivo no final do ano passado. Queria ficar consistente e chegar ao ponto em que eu pudesse desafiar os melhores do mundo em grandes torneios. Esta vitória significa muito para mim. Estou ansioso para a final”.
Embora não goste do Draper, porque ganhou do João Fonseca, reconheço que ele jogou muito contra o Alcaraz.
Vitória merecida!
Agora torço para o Draper na final.
Mas para ele perder do Rune! Kkkkkk
Admiro a categoria do jogador Draper, independente de ter ganhado de fulano, sicrano ou beltrano… Na falta do Sinner, Draper trouxe um verdadeiro entretenimento para este torneio com o seu belo jogo!
Você tem toda razão, Sandro.
Assistir o Draper jogar neste torneio tem sido ótimo.
Muito esforçado e com o autêntico saque de canhoto, que geralmente enlouquece o oponente.
Forehand excelente e backhand sólido.
Mensagem de Aborrecente.
Jack Draper encurralou o beiçola no terceiro set de uma tal forma que não houve saída da arapuca tática… Draper é um cara que merece muito o TOP 10 por tudo o que está jogando atualmente!!!
Ou seja, o Draper está um degrau acima do Fonseca. A derrota foi super normal. Está na final de um M100p
Torcer pra Draper seguir evoluindo e ser capaz de bater Alcaraz e mesmo Sinner, nem que seja como Murray com o Big 3, mas seria bem mais interessante se ele, Rune e Fonseca chegassem ao nível dos outros dois, formando um Big 5 de respeito.
Sinceramente acho quase impossível que a nova (e excelente) geração possa alcançar os feitos monumentais de Federer, Nadal e Djokovic. Podem sim se aproximar um pouco dos três gigantes, mas acho que não tem como superar o que esses monstros fizeram no tênis mundial.