Felipe Priante
Do Rio de Janeiro, especial para TenisBrasil
Principal surpresa desta edição do Rio Open, o francês Alexandre Muller começou o torneio eliminando na estreia o ídolo da casa João Fonseca e vai encerrar sua participação na final, buscando o maior título de sua carreira e o segundo no geral. A primeira conquista veio logo na primeira semana de 2025, levantando a taça no ATP 250 de Hong Kong.
“Vai ser diferente porque é a primeira de ATP 500. Estou feliz com minha semana aqui no Rio e feliz com o meu desempenho”, destacou o francês, que começou o ano em grande estilo, mas não teve bons resultados desde então e só agora voltou a ir longe em um torneio.
“Estava lutando com uma lesão na perna desde Hong Kong e estava difícil jogar em bom nível, mas estou me sentindo bem em quadra e isso é uma das coisa mais importante para mim. As pernas estão boas, só preciso dormir um pouco mais porque minhas últimas partida terminaram tarde. Espero ter uma boa noite de sono e que tudo ocorra melhor”, acrescentou Muller.
Aos 28 anos de idade, ele vai entrar no top 50 pela primeira vez após o Rio Open e acredita que a maturidade tenha sido fundamental para sua ascensão. Ele destacou duas vitórias importantes, ambas no ano passado, que ajudaram bastante. “Acho que tenho mais confiança em mim do que no começo da minha carreira, que não era fácil. As vitórias sobre (Andrey) Rublev em Roma e (Félix) Auger-Aliassime em Xangai me fizeram acreditar que era um bom jogador e isso foi importante”.
Outro fator que considerou importante foi o trabalho feito na pré-temporada, que para o francês foi fundamental para os resultados nestes primeiros meses de 2025.
Algoz de Fonseca, Muller lamentou ter sido o responsável pela estrela da casa e gostou que mesmo assim recebeu apoio dos fãs brasileiros. “Todo mundo estava falando de João, mas para mim é uma grande semana e todo mundo está sendo muito legal comigo”, comentou o atual número 60 do mundo.
Afetado pela Doença de Crohn, uma doença intestinal inflamatória e crônica que afeta o revestimento do trato digestivo, Muller explicou como essa questão afeta o dia a dia. “Antes das partidas é mais complicado fazer um aquecimento, tenho que ir ao banheiro 3 ou 4 vezes durante esse período. Tenho que me manter bastante hidratado durante o jogo e geralmente termino com pouco líquido”.
Espero que seja campeão
O francês terá a torcida de muitos brasileiros, porém o Baez é um guerreiro! Será uma batalha duríssima!
Ser portador da Doença de Crohn e ainda jogar em alto nível? Ganhou minha torcida. Só quem possui uma Doença Inflamatória Intestinal sabe o sofrimento, ainda mais em períodos de crises. Que o francês mantenha a calma e se cuide para não ter nenhum contratempo durante a partida.
Caramba, doença de Crohn, não desejo nem para o meu pior inimigo, merece ser campeão.