Nova York (EUA) – Uma das mamães do circuito atual, a japonesa Naomi Osaka manifestou seu descontentamento com as políticas da WTA em relação às tenistas que retornam ao circuito depois de dar à luz. Em declarações recentes no Financial Times, ela falou sobre as dificuldades que enfrentou em sua volta.
“Tive algumas experiências em que não acho que a WTA tenha dado às mães o benefício da dúvida para priorizar seu bem-estar. Talvez, em alguns momentos, não tivessem uma compreensão real dos verdadeiros desafios de retornar após a gravidez”, explicou a ex-número 1 do mundo.
“É uma questão muito séria. Precisamos de total comprometimento, um esforço cuidadoso de um grupo de especialistas que envolva as próprias mães. Talvez a WTA esteja se promovendo de certa forma na esfera pública, mas suas ações privadas não correspondem”, acrescentou a japonesa, que se tornou mãe pela primeira vez em julho de 2023.
A tenista de 24 anos acredita que o circuito ainda não assume plenamente suas responsabilidades com as mães. “Vou apenas dizer que houve alguns torneios em que eu estava tentando ganhar ritmo antes de alguns grandes eventos e eles simplesmente não facilitaram meu acesso”, observou Osaka.
“Acho que tudo depende da estrutura do torneio, algo que eu realmente não havia considerado até aquele momento. Foi só no ano passado que percebi completamente o quão difícil pode ser voltar a competir depois de uma gravidez . Agora que sei, posso me planejar melhor para certas situações”, comentou a atual 14ª colocada no ranking.
Tudo isso poderá ser acompanhado em um documentário no qual ela tentará mostrar as verdadeiras dificuldades de ser mãe e tenista profissional ao mesmo tempo, um produto pensando em outras mães e, acima de tudo, em sua filha Shai. “Fiz esse documentário, em parte, como uma carta para minha filha”, disse a japonesa.
“Ter um bebê e retornar ao circuito de tênis não é algo que toda mãe faz, então eu precisava explicar para minha filha como tudo aconteceu. Não é tanto uma história sobre esportes ou tênis, mas sim uma carta de amor para minha filha. Ao mesmo tempo, espero que sirva de inspiração para qualquer mãe, em qualquer função que escolherem ”, encerrou.
Algum promotor de torneios poderia fazer um torneio só com mamães.
Acho que teriam muitos patrocinadores e seria um torneio mais leve.
Existem várias jogadoras mamães com excelente nível, até a Serena e outras aposentadas poderiam participar.