Madri (Espanha) - O Aberto de Madri, que reúne um Masters 1000 da ATP e um Premier Mandatory da WTA, pode não acontecer este ano. Inicialmente marcado para o mês de maio, o torneio em quadras de saibro na capital espanhola foi adiado para ocorrer entre 13 e 20 de setembro. No entanto, as autoridades locais recomendam o cancelamento da competição, por conta do risco de transmissão do coronavírus.
Segundo o jornal espanhol El Confidencial, a Comunidade de Madrid enviou uma carta ao diretor do torneio, Feliciano López, desencorajando a realização do evento devido ao "risco à saúde que isso acarretaria tanto para os atletas, público, e equipe operacional". Lembrando que os organizadores do torneio ainda tentam viabilizar a competição com a presença de torcedores no estádio.
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Tiriac tenta manter o torneio
Ainda de acordo com a publicação, o empresário Ion Tiriac, dono da promotora que organiza o torneio, contesta o governo local e tenta manter a competição. Por ora, Tiriac diz que não pretende cancelar o evento, mas já considera essa possibilidade.
Copy of letter Madrid Open owner Ion Tiriac has sent to Madrid authorities, reported by El Confidencial. Not closing the door yet. "We will work closely with them to see what the safest way can be to organize the event" he writes of Madrid Public Health officials pic.twitter.com/NLR2bhHQaZ
— Christopher Clarey (@christophclarey) July 31, 2020
"A Super Slam Ltd, dona da data de Madri da WTA e da ATP, garantiu o direito de mover o torneio de maio para setembro de 2020", diz Tiriac, por meio de nota oficial. "A empresa, assim como a ATP e a WTA, consideram a saúde e a segurança de jogadores, espectadores e staff como prioridade número 1. Vamos cumprir todas as regras definidas pelas autoridades locais de saúde".
"Diante de um recente aumento no número de casos de Covid-19 na cidade de Madri, o Ministério da Saúde Pública da Comunidade de Madri recomendou ao diretor do torneio Feliciano López não realizar a competição em setembro de 2020, por riscos à saúde. Vamos trabalhar em conjunto para garantir a maneira mais segura de organizar o torneio", acrescentou o excecutivo.
"Conforme estivermos mais próximos do prazo, tomaremos uma decisão de acordo com o possível impacto de novas medidas de segurança. Por essa razão, estamos trabalhando com a ATP, com a WTA e com as autoridades locais a fim de resolver essa situação o mais rápido possível".