Melbourne (Austrália) - Assim como fez em 2018, o norte-americano Tennys Sandgren está novamente nas quartas de final do Australian Open. O jogador de 28 anos e número 100 do mundo conseguiu repetir sua melhor campanha em Melbourne depois de vencer o italiano Fabio Fognini por 7/6 (7-5), 7/5, 6/7 (2-7) e 6/4.
A campanha até as quartas de final rende 360 pontos no ranking e faz com que Sandgren volte ao top 50 do ranking mundial. A melhor marca de sua carreira foi o 41º lugar, obtido em janeiro do ano passado, logo depois de ele ter conquistado o ATP 250 de Auckland, seu único título de primeira linha.
Take a bow @TennysSandgren 👏
The World No.100 upsets Fabio Fognini 7-6(5) 7-5 6-7(2) 6-4 to reach the quarterfinals of the #AusOpen for the second time.#AO2020 pic.twitter.com/cAyIgG16a6— #AusOpen (@AustralianOpen) January 26, 2020
O norte-americano agora espera pelo vencedor da partida entre Roger Federer e o húngaro Marton Fucsovics. Ambos seriam adversários inéditos em sua carreira profissional.
Sandgren já havia eliminado o também italiano Matteo Berrettini, número 8 do mundo, na segunda rodada, quando conseguiu a quarta vitória contra top 10 de sua carreira. Passou pelo também norte-americano Sam Querrey e pelo argentino Marco Trungelliti.
Campanha em 2018 teve grande vitórias e polêmicas
Há dois anos, Sandgren chegou às quartas de final em Melbourne depois de passar por dois jogadores do top 10, Stan Wawrinka e Dominic Thiem. Ele também derrotou o francês Jeremy Chardy e o alemão Maximilian Marterer até ser eliminado pelo sul-coreano Hyeon Chung.
Enquanto nos primeiros jogos o clima de suas entrevistas era mais ameno e caricato por conta da grafia de seu nome, a situação mudou completamente depois da veiculação de reportagens sobre o conteúdo publicado nas redes sociais do jogador. Foram encontradas postagens e curtidas relacionadas ao movimento 'alt-right', extrema direita norte-americana que apoia teses como a supremacia branca e a segregação de minorias étnicas e religiosas. Sandgren deletou as postagens e anunciou que não responderia questões sobre seu envolvimento político.
Dois anos depois do ocorrido, ele diz ao New York Times que acompanha o noticiário político de forma "menos apaixonada". "Sou relativamente bom em uma coisa, que é jogar tênis. Não quero que algum outro interesse ou hobby, e acompanhar política é um hobby, tire isso de mim. Quanto tempo é suficiente para que não falem mais desse assunto? São dez anos ou duas décadas? Não tenho resposta para isso, mas não levo a sério, porque não tem nada a ver com o que estou fazendo".