Paris (França) - Eliminado de Roland Garros em uma batalha de mais de 5h contra o suíço Stan Wawrinka, pelas oitavas de final do torneio, o grego Stefanos Tsitsipas se despediu da competição com sabor amargo. Apesar de ter caído diante de um rival que já foi campeão no saibro parisiense, levantando a taça em 2015, ele se sentiu decepcionado com o resultado e confessou ter chorado após a partida.
“Nunca experimentei algo assim na minha vida, estou exausto. É a pior sensação que se pode ter, vocês não gostariam de estar no meu lugar, me senti muito decepcionado no final”, declarou o grego de apenas 20 anos, que pela primeira vez chegou às oitavas de final, mas não conseguiu avançar para a segunda semana no Grand Slam francês.
"Havia muito tempo que não chorava depois de uma partida, foi um duelo emotivo e não foi fácil de lidar. Tentarei aprender o máximo com o que aconteceu”, acrescentou Tsitsipas. Com as quatro vitórias conquistadas no torneio neste ano, ele soma cinco ao todo, tendo vencido também um jogo na temporada passada, quando caiu na segunda rodada diante do austríaco Dominic Thiem.
Mais tarde depois de sua eliminação, o jovem grego também desabafou através das redes sociais e escreveu um emotivo texto em sua conta no Instagram.
Leia o que escreveu Tsitsipas:
“Hoje senti algo que não posso explicar. Hoje foi a primeira vez em toda minha vida, nos meus 20 anos de existência, que senti essa 'aura', a real definição da palavra competição. Não uma competição qualquer, foi diferente de outros dias, de outras batalhas, de outros momentos em uma quadra de tênis. Tem algo sobre hoje que eu não consigo explicar. É um sentimento que me faz apreciar ainda mais o esporte que escolhi seguir como carreira. O gosto amargo dessa derrota é algo inexplicável. Stan Wawrinka faz nosso esporte real e pragmático, algo raro de se encontrar no mundo, uma coisa única. Há um charme e carisma em tudo isso. Nós dois tivemos dificuldades e fomos além dos nossos limites e vivemos a experiência que o destino nos trouxe naquele entardecer parisiense depois de cinco horas de desgaste mental e físico. Eu realmente não sei se o que senti foi positivo ou negativo, é algo bipolar. Hoje, aprendi algo que nenhuma escola, nenhuma sala de aula, nenhum professor é capaz de ensinar. Chama-se viver a vida!”