Maria Sharapova revelou como aprendeu a lidar com a incerteza e pisar no desconhecido no seu tumultuado regresso às competições, no início do ano, depois de 15 meses de suspensão e de ter de se afastar por três torneios devido a uma contusão. A ex-número 1 do mundo escreveu sobre sua experiência em coluna na seção “The Players' Tribune” no site da WTA. A russa falou sobre suas emoções na véspera do primeiro jogo após a suspensão, diante da italiana Roberta Vinci em Stuttgart.
“Parte de mim se sentia como se já tivesse passado por isso antes: tinha tido a cirurgia no ombro em 2008 e feito quase o mesmo treino de longa duração; desta experiência, tinha certeza de que poderia ficar esse tempo afastada e recuperar meu nível de novo.
"Mas outra parte de mim sabia que havia algo particular nesse tempo afastada. Coisas sobre a suspensão: os julgamentos, estar sob a mira, a parte emocional, que era difícil de comparar a qualquer outra coisa … e quase impossível de ter alguma certeza até ter passado por tudo aquilo. Aqueles 15 meses deixaram claro para mim que havia dois níveis a que teria de retornar: o físico e também o mental.
"Havia o conhecido e o desconhecido. Havia a volta e acreditar nela.”
Sharapova revelou seus pensamentos a respeito da fama e da “máquina de validação” que o Twitter pode ser, preferindo ao invés evitar a rotina de verificar os comentários de seus colegas nas mídias sociais. “Eu não preciso saber o que estão dizendo sobre mim”, escreveu Sharapova. “Saber que estão falando, eu acho, já é o bastante.”
“Uma coisa, porém, que notei, é que às vezes há uma sobreposição entre as pessoas vendo você como tendo uma mística … e pessoas vendo você como sendo vulnerável ...
“Porque a verdade é que eu me sinto vulnerável o tempo todo, não sou diferente de ninguém. E os muros que construí em volta de mim … eles não são tão impenetráveis como as pessoas pensam.”