Difícil analisar o repentino anúncio de Serena Williams, de não jogar mais este ano. Abre mão de torneios fortes e milionários. Mas, sem dúvida nenhuma, pontos e dinheiro não fazem mais parte das prioridades da americana. Costumo dizer que atletas desse quilate jogam pela glória, recordes e história.
A temporada de 2015 de Serena é uma das mais brilhantes. Ganhou 53 partidas, perdeu apenas três – todas em semifinais – e ganhou cinco títulos. São três Grand Slams, mais os Premiers de Miami e Cincy.
Seu anúncio de fim de temporada puxou pela emoção. Em comunicado afirmou não ser segredo para ninguém todo o sacrifício dos últimos meses, com lesões no cotovelo, joelho, mas o que a teria machucado mais foi “um certo jogo” que afetou seu corarão, seus sentimentos.
Ora, perder faz parte do jogo. Não é fácil para ninguém, ainda mais para quem poucas vezes experimenta este gosto amargo. Compartilhei esta teoria com um tenista profissional, de grande experiência, vivência e vitórias marcantes em torneios importantes como os Slams. Contou-me que algumas derrotas machucam mais que as outras. Mas deixou claro que superar estes momentos fazem parte do perfil de um profissional.
Acredito que na decisão da tenista pesou a opinião do treinador Patrick Mouratoglou. Não é segredo para ninguém que seu envolvimento com a pupila ultrapassou a parte técnica. Ele já havia declarado que preferia ver Serena fora das quadras a jogar sem motivação. Ora, será que ele não deveria buscar formas de motiva-la? Existe uma verdade que não há combustível mais eficiente para os atletas do que as vitórias. Ninguém inventou nada melhor para levantar o ânimo de jogadores com este alto grau de competitividade. Mas, enfim, Serena Williams terá de esperar até o próximo ano – passar Natal e Revellon – pensando em como é doce o gosto da vitória. Afinal, de alguma forma lhe foi tirada a oportunidade de recuperar o ânimo, mostrar sua arte e fazer o que gosta e, não há dúvidas, faz tão bem.
Chiquinho com uma temporada destas , mesmo sendo superior as demais, acho muito difícil alguém desanimar. Pode achar ruim perder alguma partida, jogando mal, por estar acostumada a jogar bem e em alto nível, mas dai transformar isso num “dramalhão” a ponto de desistir do resto da temporada é um completo exagero. Ninguém é imbatível no tênis. Djo entrou em depressão porque não fez os 4 slans ? djo entrou em depressão por causa de alguma partida que jogou mal? Claro que não e por isto nunca precisou de ser motivado nestas circunstâncias. Como se ganhar 4 slans numa mesma temporada ( coisa que poucas atletas no mundo conseguiram), fosse uma moleza, sob pena de se não conseguir ser motivo para desistir na temporada. Detalhe: Ela já tinha ganhado 4 seguidos, apesar de não ser na mesma temporada. Algumas derrotas machucam mais ? Sim. Mas, isto não é motivo para desprezar uma temporada belíssima, com um milhão de pontos positivos a mais do que negativos. Fica parecendo que a pessoa fez um temporada péssima, o que na vdd é bem o contrário. Perdeu a a oportunidade de aumentar mais ainda a beleza de sua temporada aumentando seu número de finals etc. Chiquinho será que no fundo a Serena se acha imbatível e não aceita perder, sob pena de se perder um único jogo , ser motivo suficiente para dispensar a temporada inteira?
Renato… vc bateu num ponto dos mais interessantes. Ora bolas… Serena ganhou quatro Slams seguidos e ainda reclamou de perder nas semis do US Open. É verdade, algo para refletir. Tive um chefe no Estadão ( Miguel Jorge ) que ficava bravo quando a gente escrevia ‘imbatível’. Ninguém é, na verdade, imbatível. Não dá para achar que vai ganhar e acabou. Mas, vamos lá, Serena pode sim pensar em ganhar tudo, pois joga muito mais do que qualquer outra. Mas fica a reflexão…
Pelo que Serena vinha demonstrando dentro das quadras, sua parada não foi surpresa nenhuma. Parecia estar jogando sem prazer, contrariada, sempre de cara amarrada, desmotivada, mesmo vencendo quase tudo o que disputou na temporada. Diante disso acredito que foi uma atitude coerente. Com este afastamento ela poderá se recuperar das lesões e voltar a sentir vontade de competir.
Valeu Rui… vc sabe o que é jogar com dor. Mas, sei lá, acho que ela está pensando em algo maior que o callendar grand slam. Buscará em 2016 o Golden Grand Slam com o ouro olímpico. O que vc acha? Imagine se a Vinci vier ao Brasil no próximo ano…
Mas Chiquinho, meu caro, quem a obrigou a jogar e disputar todos os torneios mesmo? Ela não me parece, as vezes, digerir bem a derrota. Não importa quanto ela fale em perder o prazer de jogar e tudo o mais, infelizmente nos soas como conversa fiada de mau perdedor mesmo. Serena, bem que podia deixar disso! Abraço!
Acho que a Serena poderia jogar, pelo menos, mais um torneio. Assim encerraria o ano com a lembrança de vitórias. Agora só resta a ela lembrar das semis do US Open. Não dá para garantir que ganharia Pequim ou Cingapura, mas as chances de terminar a temporada com boas recordações seria melhor do que passar Natal e Ano Novo com a Roberta Vinci na cabeça.
Pois é..! Mas foi uma escolha dela encerrar o ano com derrota e não vitória. Sinceramente, numa ano de tantas vitórias e 3 GS na conta, entre outros, falar em falta de motivação me soa algo descabido.
Me admira alguém com tanto tempo de Praia, mandar um comentário desse. A WTA nao e’ um Clubezinho de Tenis da esquina. Roberta Vinci ja’ voltou a rotina e perdeu para Vênus. Seu Treinador confessou a pressão sentida no jogo, em que mal conseguia se mexer. Aos 34, vai voltar mais preparada como o fez quando perdeu para aquela inexpressiva Francesa em Rolanga.Abs!
Ao contrario dos garotos , que tudo comparam a Novak ( quando em 99 Serena venceu seu primeiro WTA , o Servio tinha apenas 12 anos ), vocês acertaram o diagnostico. Ela ja’ tinha feito o mesmo em 2011 quando perdeu a Final do USOPEN para Stosur. Wimbledon, US OPEN e Ouro Olímpico 2012, ficaram com a Rainha.Como ja’ assegurou o N 1 em 2015, a Multimilionaria Tenista deve ir com tudo para 2016 ,além de uma possivel aposentadoria.Abs!
Só pra deixar um abraço ao Rui Viotti Filho, com quem joguei por duas vezes na época que disputava torneios da Federação. Um verdadeiro gentleman.
Seu comentário foi ótimo, concordo em todos os pontos. Aprendi a gostar de tenis assistindo as proezas(dentro e fora dos courts) de Serena Williams, torci e sofri com ela no US open e estava super ansiosa para vel-la jogar no China open e Finals. De cara fiquei triste com essa decisão mas, como vc disse:”atletas desse quilate jogam pela glória, recordes e história.” e acho que ela está antevendo o ano de 2016 onde ela poderá (tentar) ganhar O GOLDEN SLAN e com isso suplantar todos os records do tenis feminino e cravar seu nome definitivamente como a maior de todos os tempos.
Leila… bem lembrado… o ano que vem será ainda mais exigente do que já foi 2015. Tem Olimpíada no Rio… um desafio e tanto e Serena chegar ao Golden Grand Slam seria mesmo a coroação para sua brilhante carreira.
Sempre “conheci” Serena como uma mulher forte, segura e com um “super mental”. também acho que essa decisão partiu em muito do seu técnico e que ele – como técnico – deveria saber como motivá-la mas… ano que vem aqui no Brasil vai ser só festa para a Rainha Serena.
Maria Serena merecera todos os tributos ano q vem no Brasil. Muito legal sua admiração por ela
Assim como a Venus Williams ressurgiu acho que a Serena também fará a mesma coisa, ainda com mais garra ano que vem, não acha Chico?