Muito importante a realização de um WTA, como o de Florianópolis, para o tênis feminino brasileiro. Um evento destes, aliado a uma série de outras ações que já estão sendo feitas, pode colocar fim a um jejum de mais de 20 anos sem nenhuma tenista entre as cem do mundo, ou na chave de um Grand Slam. A última a alcançar este feito foi Andrea ‘Dadá Vieira lá em 1993, no US Open.
Estes dias tive a honra de estar com Dadá no Ace Bandsports. Ela confessou, nos bastidores, estar muito contente com o recente convite da CBT para colaborar na preparação do time da Fed Cup. É muito importante uma maior participação de jogadores (as) com experiência no Tour para mostrar o ‘caminho das pedras’ para quem está chegando. ´Dadá tem essa vivência, assim como Carla Tiene, a atual capitã brasileira, que também disputou por vários anos o circuito.
Jogadoras como Andrea Vieira têm muito a emprestar para o tênis feminino brasileiro. Para quem não sabe, Dadá foi uma das mais talentosas jogadoras do Tour. Pequena, de braços finos, era realmente incrível a potência e a precisão de seus golpes. Uma biomecânica perfeita, como definia um de seus treinadores, Marcelo Mayer.
Este jeito da brasileira despertava a atenção de muita gente. Lembro de certa vez em Roland Garros, quando estava com Larri Passos, Dadá jogava numa quadra secundária diante de uma adversária muito maior e mais forte. Uma preocupada torcedora francesa buscou-me indignada com o fato de se colocar uma “criança” em duelo com uma adulta. Quando soube que já se tratava de uma profissional, com mais de 18 anos, a torcedora revelou-se aliviada e partiu para os elogios. Ficou impressionada com o jogo da nossa pequena notável.
Chiquinho, Dadá foi realmente muito habilidosa, mas parou cedo demais, aos 25 anos. Carla Tiene também tinha muito talento, mas as contusões a levaram a encerrar prematuramente a carreira. Foram, muito provavelmente, as mais talentosas jogadoras surgidas nos últimos 20 anos no tênis brasileiro. Penso que têm muito a ensinar para essa nova geração que está chegando e que promete. Os acertos, os erros, os porquês de não terem uma carreira longeva, o que é bom ou ruim. Além disso, sabem como as meninas se sentem e o que dizer a elas em momentos difíceis. Dadá também é mãe, com filha adolescente, e tem noção exata do que elas passam. Acredito que a escolha da CBT foi acertadíssima. Abs!
chiquinho parece que voce gosta de sonhar. infelismente o nivel feminino e muito fraco. falta talento
INFELIZMENTE É COM ZZZZZZZZZZZZZ
Como é a hora e a vez das mulheres se a imprensa mal cobre o circuito feminino? Fui, hoje, finalmente assistir o Ace Bandsports, programa que você participa, e ninguém falou do circuito WTA, em semana com torneio brasileiro, malaio (que o canal transmitiu) e mexicano (mostraram só o masculino). O pgm só mostrou Radwanska e Wozniacki dançando em exibição e uma série de torneios para atletas veteranos (matéria que parece destacar mais patrocinadores do que a competição em si).
Agora leio no Twitter que a Laura Pigossi ganhou da Gajdosova, num ITF mexicano. Creio que só lerei a notícia na rede social. Isso pq, na mídia nacional, a vitória será pouco ou nada repercutida. Se aparecer no Tênis Brasil, será muito.